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O Kant e o Cristianismo

Por:   •  12/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.292 Palavras (6 Páginas)  •  264 Visualizações

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Kant e o criticismo

Immanuel Kant (1724-1804) é considerado como o maior filósofo após os antigos gregos. Nasceu em Konigsberg, Rússia Oriental, e era filho de um artesão humilde, estudou no colégio Fridericianum e na universidade de Konigsberg, onde se tornou professor catedrático.

Nunca se casou e não tinha filhos como, também, nunca saiu de sua cidade natal, sua reflexão filosófica foi muito abrangente pois " Todo interesse da minha razão (tanto o especulativo quanto o prático) concentravam-se nas três seguintes perguntas: 1- Que posso saber? 2- Que devo fazer? 3- Que me é dado esperar?" (KANT, 1988, p.833. Grifo no original ).

O momento mais importante da obra de Kant, as publicações do período crítico, só aconteceram aos seus 57 anos. A sua teoria do conhecimento ou a sua epistemologia aparece já na primeira obra crítica: Crítica da Razão Pura (1781).

Duas respostas antagônicas a questão da origem e da possibilidade do conhecimento existiam desde os antigos gregos: O racionalismo e o empirismo.

O esforço epistemológico de Kant pretendeu dar conta da ciência da época, explicando como foi possível a produção científica, em especial, a geometria Euclidiana e a mecânica Newtoniana.

Kant estava impressionado com o esplendor da ciência Niana. O interesse de Kant pela física, aos 31 anos, levou-o a escrever a História Universal da Natureza e Teoria do Céu (PASCAL, 1999), onde propôs uma hipótese para a origem do sistema solar; posteriormente de modo independente, o físico Laplace (1749-1827) também a defendeu, ficando assim conhecida como a hipótese de Kant-Laplace (VERDE, 1991).

No seu período pré-crítico, Kant aderiria ao nacionalismo; com a leitura de Hume que ele sentiu a necessidade de repensar a filosofia:

"Confesso-o francamente, foi a advertência de David Hume que primeiramente interrompeu, há já muitos anos o meu sono dogmático e que deu uma orientação completamente diferente as minhas investigações no campo da filosofia especulativas" (KANT apud SANTOS, 1981, p.25).

A teoria do conhecimento de Kant foi consequência do seu esforço para salvar a ciência do ceticismo de Hume.

Kant não duvidava da possibilidade de se chegar ao conhecimento, pois a ciência dos séculos  XVII e XVIII constituía-se no atestado desta possibilidade. A reflexão do filosofo  concentrou-se na análise de condições que possibilitaram o conhecimento. Já no inicio da crítica da razão pura (1781) ele indica o caminho que iria recorrer:

"Que todo nosso conhecimento começa com a experiência, não há dúvida alguma, pois, do contrário, por meio do que a faculdade de conhecimento deveria ser despertada para exercício senão através de objetos que tocam nossos sentidos e em parte põe em movimento a atividade do nosso entendimento para compara-las, conecta-las ou separa-las e, desse modo, assimilar a matéria bruta das impressões sensíveis a um conhecimento dos objetos. Que se chama experiência? Segundo o tempo, portanto, nenhum conhecimento em nós precede a experiência, e todo ele começa por ela. Mas embora todo nosso conhecimento comece com a experiência, nem por isso todo ele se origina justamente da experiência. Pois poderia bem acontecer que mesmo o nosso conhecimento de experiência seja um composto daquilo que recebemos por impressões e daquilo que a nossa própria faculdade de conhecimento (apenas provocadas por impressões sensíveis) fornece de si mesma, cujo aditamento não distinguimos daquela matéria prima antes que um longo exercício nos tenha tornado aptos a sua abstração (KANT, 1987, p.1. Grifo no original )" .

Kant afirmou que apesar da origem do conhecimento ser a experiência, existem certas condições a priori para que as impressões sensíveis se convertam em conhecimento. “Todo o conhecimento das coisas provenientes só do entendimento ou da razão pura não passa de ilusão; só na experiência há verdade” ( KANT apud PASCAL, 1999; p.45) .

Kant denominou de transcendental o enfoque que procura determinar e analisar as condições a priori de qualquer experiência. Todo o conhecimento que em geral modo de conhecimento de objetos, mas com o nosso modo de conhecimento de objetos na medida em que este deve ser possível a priori. Um sistema de tais conceitos denominar-se-ia Filosofia Transcendental (KANT, 1987, p.26) .

No inicio da crítica da razão de que "somos possuidores de certos conhecimentos a priori e mesmo o entendimento comum jamais está desprovido deles" (KANT, 1987; p.3). "conhecimentos a priori são os que ocorrem independente de toda a experiência" (KANT, 1993; p.82), sendo inexistentes sem a experiência.


O criticismo é o ponto de vista de intermediário entre dogmatismo e ceticismo, compartilhando com o dogmatismo uma confiança axiomática na razão humana; está convencido que o conhecimento é possível e de que a verdade existe. Enquanto essa confiança induz o dogmatismo a aceitar de modo inconsciente toda afirmação da razão humana e a não reconhecer nenhum limite para a capacidade humana de conhecimento, o criticismo, aproximando-se do ceticismo, junta a confiança no aconselhamento humano em geral uma desconfiança com relação a qualquer conhecimento determinado. Ele põe a prova toda a afirmação da razão humana e nada aceita inconscientemente (HESSEN, 1999).

Seu comportamento não é nem cético nem dogmático, mas criticamente inquisidor – um meio termo entre a temeridade dogmática e o desespero cético.

Segundo Hessen (1999), o verdadeiro fundador do criticismo é Kant cuja a filosofia é chamada exatamente assim. Kant passou tanto pelo dogmatismo quanto pelo ceticismo chegando ao ponto de vista em que ambos são unilaterais onde o dogmatismo tem uma confiança cega na capacidade da razão humana, e o ceticismo pé a desconfiança adquirida, sem critica prévia contra a razão pura.

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