O Racismo Educação

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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI

UMA BREVE ANÁLISE ACERCA DA EDUCAÇÃO COM BASE NO RACISMO

Lisane Wathier Zimmer

Lajeado, novembro de 2018

Lisane Wathier Zimmer

UMA BREVE ANÁLISE ACERCA DA EDUCAÇÃOCOM BASE NO RACISMO

Trabalho apresentado na disciplina de Temas Contemporâneos, da Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES, para avaliação do semestre.

Professora: Maribel Girelli.

Lajeado, novembro de 2018[pic 3]

1. INTRODUÇÃO

Pode-se dizer que o racismo no Brasil se iniciou em 1.500 com a chegada de Pedro Álvares Cabral, que descreveu os nativos do território brasileiro como “índios” por ser pardo, andarem nus e por não seguirem uma religião.

Devido ao grande desconhecimento a população indígena foi dominada e escravizada pelos portugueses, sendo exterminada ao longo do tempo, devido à resistência a escravidão e com o surgimento de doenças.

Como solução os portugueses iniciaram o tráfico de africanos transformando-os em mercadorias e objetos comercializáveis para o trabalho escravo. Desde então, a escravidão dividiu a sociedade brasileira em duas partes, o grupo dos brancos considerados livres e o grupo de negros que apenas serviam aos brancos, sendo assim, até a chegada da abolição em 13 de maio de 1988 que não obteve muito sucesso, pois, os negros ainda não tiveram acesso pleno ao mercado de trabalho.

Este acontecimento histórico fez com que o racismo no Brasil se mantivesse por muitas décadas, trazendo consequências negativas para a população negra e índios resistindo nos tempos atuais. Hoje o racismo pode ser compreendido através de teorias sociológicas que explicam as suas três principais dimensões.  

A primeira dimensão de racismo encontra-se fixado na consciência social e nas doutrinas, que inferiorizam naturalmente outro grupo devido sua origem e raça.

A segunda dimensão de racismo seria a prática de atitudes, ações e comportamentos negativos contra outro grupo ou pessoa, motivados pela rejeição, preconceito e/ou discriminação a partir de ideologias.

E a terceira surgiu no século XXI, quando o racismo se tornou institucional após ser olhado com maior dimensão. A partir dai tornou-se fundamental conhecer a origem do racismo e suas estruturas para entender o porquê se mantém até nos dias de hoje.

1. CONCEITO DE RACISMO

Dentro do conceito geral de racismo, existe subdivisão que o classificam:

1. Racismo Individual: Advindos de atitudes individuais, manifestado por meio de estereótipos, comportamentos e interesses pessoais.

1. Racismo Institucional: Preconceito advindo de Instituições política, econômica, no qual muitos indivíduos (negros, mulheres, índios) são marginalizados e rejeitados, seja diretamente ou indiretamente.

1. Racismo Cultural: Ressalta a superioridade entre as culturas existentes, manifestada segundo crenças, religião, costumes, línguas, dentre outras. Esse tipo de racismo pode incluir elementos do racismo institucional e individual.

1. Racismo Primário: Fenômeno emocional e psicossocial manifestado sem justificativa. Assim, o etnocentrismo é considerado um racismo secundário, enquanto o racismo terciário é o preconceito baseado em teorias científicas.

1. Racismo Comunitarista (Diferencialista): Baseado no conceito de que raça não é natureza, mas cultura ou etnia. Esse tipo de racismo configura o preconceito contemporâneo (anti-racismo) manifestado de acordo com as diferenças existentes. Por esse motivo, hoje temas como identidade cultural, comunidade, nação reforçam o racismo comunitarista a partir das diferenças.

1. Racismo Ecológico (Ambiental): Discriminação da natureza, como por exemplo, da "mãe terra" ocasionado pelas destruição do meio ambiente, afetando grupos e comunidades baseados na aplicação desigual da legislação.

Nesse sentido, “Racismo é a discriminação social baseada no conceito de que existem diferentes raças humanas e que uma é superior às outras”. Esta noção tem base em diferentes motivações, em especial as características físicas e outros traços do comportamento humano.

Consiste em uma atitude depreciativa e discriminatória não baseada em critérios científicos em relação a algum grupo social ou étnico.

O dia 21 de março foi estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. A data foi escolhida em memória aos mais de 60 mortos do massacre ocorrido na África do Sul nesse mesmo dia no ano de 1960.

A Declaração Universal dos Direitos do Homem foi criada com o objetivo de proteger os direitos fundamentais dos seres humanos condenando todo o tipo de discriminação pela cor, gênero, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição.

2.1 COMO É SER NEGRO NO BRASIL?

Se o racismo é um sistema de opressão, é necessário existir um oprimido e um opressor, caracterizando uma relação de poder. Neste caso, seria uma determinada etnia se considerar superior à outra. Por isso que, quando nos deparamos com o termo “racismo”, a primeira coisa que vem à mente é o tipo de racismo cometido contra a população negra.

Mas o que é ser negro, de fato?

Primeiramente, é interessante elucidarmos alguns conceitos. No Brasil, o racismo ocorre baseado no fenótipo. Ser negro no Brasil é diferente de ser negro nos Estados Unidos, por exemplo. No Brasil, por mais que uma pessoa possua fisionomia característica da população negra, como lábios mais carnudos, nariz mais achatado, cabelo crespo/cacheado e afins, se a cor de pele dela for branca, ela é considerada branca pelo senso comum. Mesmo que um de seus progenitores seja negro. Contudo, se a mesma situação acontece nos Estados Unidos, você pode ser chamado de negro e, portanto, estar sujeito a sofrer racismo. Cada país teve um processo de colonização diferente.

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