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Parmênides (540-470 aC)

Seminário: Parmênides (540-470 aC). Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/10/2014  •  Seminário  •  449 Palavras (2 Páginas)  •  190 Visualizações

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Parmênides (540-470 a. C.)

Tendo vivido em Eléia, sul da Magna Grécia (que é configurada na atual Itália), Parmênides é o principal expoente da escola eleática. Defendendo a imobilidade do ser, afirmará que os contrários jamais podem coexistir. Elaborou importantíssima teoria filosófica na medida em que influenciou de forma decisiva o pensamento ocidental. Ocupou-se longamente em criticar a filosofia heraclitiana, opondo ao "tudo flui" (panta rei), de Heráclito, a imobilidade do ser. Na sua teoria entende como absurdo e impensável considerar que uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempo. À contradição opõe o princípio segundo o qual 'o ser é' e o 'não-ser não é'. Mais tarde, os lógicos chamarão isto de princípio de identidade, base de toda construção metafísica posterior (ARANHA e MARTINS, 2003, p. 119). Considerando que só o ser existe, deve ser para sempre, de forma única, permanente, imóvel, imutável e eterna. Ou seja, não pode mudar a todo instante. Por isso, ele pode concluir que o ser é único, imutável, infinito e imóvel.

Para explicar a questão do movimento (as coisas nascem, morrem, mudam de lugar...), Parmênides afirmará que as mudanças, as contradições e os aspectos diferentes que o mundo apresenta são simples ilusões, aparências, fruto de opiniões e não de conhecimento do verdadeiro ser (PAIM, PROTA e RODRIGUEZ, 1999, p. 49). Tudo isto existe apenas no mundo sensível, e este é o mundo da ilusão. Desta forma, só o 'mundo inteligível' é verdadeiro, pois está submetido ao princípio o qual hoje chamamos de identidade e de não-contradição (ARANHA e MARTINS, 2003, p. 119). Em consenso com ARANHA & MARTINS (2003), afirmamos que a teoria parmenídea produz como consequência a identidade entre o ser e o pensar, ou seja, a ideia de que o que eu não posso pensar equivale a dizer que não existe. O que está fora de mim deve ser idêntico ao meu pensar e, deste modo, o ser é pensável e por isso existe. Assim, ser e pensável se equivalem (PAIM, PROTA e RODRIGUEZ, 1999, p. 49). Parmênides estaria aqui inaugurando a lógica com esta teoria, que se encontra no seu poema Sobre a Natureza. Dividido em três partes - introdução, "via da verdade" e "via da opinião" -, o poema parmenídeo permite deduzir que ele inaugura ao mesmo tempo a lógica e a metafísica. Enquanto a lógica se coloca contra a "via da opinião", a metafísica investiga o que está por trás das coisas naturais e físicas; procura algum princípio ou essência das coisas. Em Parmênides, a ideia abstrata de Ser indica precisamente o conjunto de toda realidade como a sua essência (PAIM, PROTA e RODRIGUEZ, 1999, p. 49). Por isso a identidade entre o ser e o pensar.

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