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Pensadores

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Por:   •  24/3/2015  •  2.311 Palavras (10 Páginas)  •  191 Visualizações

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ADM

Freud

A teoria psicanalítica foi desenvolvida pelo psiquiatra austríaco Sigmund Freud no fim do século XIX/início do século XX e está intimamente relacionada a sua prática psicoterapêutica. É uma teoria que procura descrever a etiologia dos transtornos mentais, o desenvolvimento do homem e de sua personalidade, além de explicar a motivação humana. Com base nesse corpo teórico Freud desenvolveu um tipo depsicoterapia. Ao conjunto formado pela teoria, a prática psicoterapêutica nela baseada e os métodos utilizados dá-se o nome de psicanálise.

Os níveis da consciência ou modelo topológico da mente[editar | editar código-fonte]

O ser humano, no entanto, não se dá conta de todo esse processo de geração e liberação de energia. Para explicar esse fato, Freud descreve três níveis de consciência1 :

• O consciente (al. das Bewusste), que abarca todos os fenômenos que em determinado momento podem ser percebidos de maneira conscientes pelo indivíduo;

• O pré-consciente (al. das Vorbewusste), refere-se aos fenômenos que não estão conscientes em determinado momento, mas podem tornar-se, se o indivíduo desejar se ocupar com eles;

• O inconsciente (al. das Unbewusste), que diz respeito aos fenômenos e conteúdos que não são conscientes e somente sob circunstâncias muito especiais podem tornar-se. (O termo subconsciente é muitas vezes usado como sinônimo, apesar de ter sido abandonado pelo próprio Freud.)

Freud não foi o primeiro a propor que parte da vida psíquica se desenvolve inconscientemente. Ele foi, no entanto, o primeiro a pesquisar profundamente esse território. Segundo ele, os desejos e pensamentos humanos produzem muitas vezes conteúdos que causariam medo ao indivíduo, se não fossem armazenados no inconsciente. Este tem assim uma função importantíssima de estabilização da vida consciente. Sua investigação levou-o a propor que o inconsciente é alógico (e por isso aberto a contradições); atemporal e aespacial (ou seja, conteúdos pertencentes a épocas ou espaços diferentes podem estar próximas). Os sonhos são vistos como expressão simbólica dos conteúdos inconscientes.

Através da compreensão do conceito de inconsciente torna-se clara a compreensão da motivação na psicanálise clássica: muitos desejos, sentimentos e motivos são inconscientes, por serem muito dolorosos para se tornarem conscientes. No entanto esse conteúdo inconsciente influencia a experiência consciente da pessoa, por exemplo, através de atos falhos, comportamentos aparentemente irracionais, emoções inexplicáveis, medo, depressão, sentimento de culpa. Assim, os sentimentos, sonhos, desejos e motivos inconscientes influenciam e guiam o comportamento consciente.

As fases do desenvolvimento psicossexual[editar | editar código-fonte]

Uma importante parte da teoria freudiana é dedicada ao desenvolvimento da personalidade. Duas hipóteses caracterizam sua teoria5 :

• Freud foi o primeiro a afirmar que os primeiros anos das vida são os mais importantes para o desenvolvimento da pessoa e

• o desenvolvimento do indivíduo se dá em fases ou estádios psico-sexuais. Freud foi, assim, o primeiro autor a afirmar que as crianças também têm uma sexualidade.

Freud descreve quatro fases distintas, pelas quais a criança passa em seu desenvolvimento. Cada uma dessas fases é definida pela região do corpo a que as pulsões se direcionam. Em cada fase surgem novas necessidades que exigem ser satisfeitas; a maneira como essas necessidades são satisfeitas determina como a criança se relaciona com outras pessoas e quais sentimentos ela tem para consigo mesma. A transição de uma fase para outra é biologicamente determinada, de tal forma que uma nova fase pode iniciar sem que os processos da fase anterior tenha se completado. As fases se seguem umas às outras em uma ordem fixa e, apesar de uma fase se desenvolver a partir da anterior, os processos desencadeados em uma fase nunca estão plenamente completos e continuam agindo durante toda a vida da pessoa5 .

A fase oral[editar | editar código-fonte]

A primeira fase do desenvolvimento é a fase oral, que se estende desde o nascimento até aproximadamente um ano de vida. Nessa fase a criança vivencia prazer e dor através da satisfação (ou frustração) de pulsões orais, ou seja, pela boca. Essa satisfação se dá independente da satisfação da fome. Assim, para a criança sugar, mastigar, comer, morder, cuspir etc. têm uma função ligada ao prazer, além de servirem à alimentação. Ao ser confrontada com frustrações a criança é obrigada a desenvolver mecanismos para lidar com tais frustrações. Esses mecanismos são a base da futura personalidade da pessoa. Assim, uma satisfação insuficiente das pulsões orais pode conduzir a uma tendência para ansiedade e pessimismo; já uma excessiva satisfação pode levar, através de uma fixação nessa fase, a dificuldades de aceitar novos objetos como fonte de prazer/dor em fases posteriores, aumentando assim a probabilidade de uma regressão5 .

A fase oral se divide em duas fases menores, definidas pelo nascimento dos dentes. Até então a criança se encontra em uma fase passiva-receptiva; com os primeiros dentes a criança passa a uma fase sádica-ativa através da possibilidade de morder. O principal objeto de ambas as fases, o seio materno, se torna, assim, um objeto ambivalente. Essa ambivalência caracteriza a maior parte dos relacionamentos humanos, tanto com pessoas como com objetos5 .

A fase oral apresenta, assim, cinco modos de funcionamento que podem se desenvolver em características da personalidade adulta5 :

1. O incorporar do alimento se mostra no adulto como um "incorporar" de saber ou poder, ou ainda como a capacidade de se identificar com outras pessoas ou de se integrar em grupos;

2. O segurar o seio, não querendo se separar dele, se mostram posteriormente como persistência e perseverança ou ainda como decisão;

3. Morder é o protótipo da destrutividade, assim do sarcasmo, cinismo e tirania;

4. Cuspir se transforma em rejeição e

5. O fechar a boca, impedindo a alimentação, conduz a rejeição, negatividade ou introversão.

O principal processo na fase oral é a criação da ligação entre mãe e filho5 .

A fase anal[editar | editar código-fonte]

A segunda fase, segundo Freud,

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