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QUESTIONÁRIO JUSTIÇA O QUE É A FAZER A COISA CERTA

Por:   •  22/6/2019  •  Seminário  •  3.313 Palavras (14 Páginas)  •  657 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DOUGLAS EVALD

HIAGO X. TESSAROLO

 MARIANA DOS REIS BRAVIM

 MATHEUS FALQUETO

JUSTIÇA O QUE É A FAZER A COISA CERTA

VITÓRIA - ES

2019

DOUGLAS EVALD

HIAGO X. TESSAROLO

MARIANA DOS REIS BRAVIM

MATHEUS FALQUETO

 

 

 

 

 

 

 

JUSTIÇA O QUE É A FAZER A COISA CERTA

 

 

 

 

 

Trabalho apresentado à disciplina de Filosofia e Ética em Ciências Contábeis do Centro de Ciências Jurídicas Econômicas da Universidade Federal do Espírito Santo.  Prof. Donato Oliveira

 

 

 

 

VITÓRIA - ES

2019

Texto base: Michael J. SANDEL. JUSTIÇA - O Que é Fazer a Coisa Certa.

 

1) Capítulo 2: O Utilitarismo   Qual é a Concepção ética utilitarista de J. Bentham e de J. S. Mill? Que críticas o autor faz ao utilitarismo ético? Vocês concordam ou discordam do autor? Por que?

O utilitarismo é uma doutrina ética defendida principalmente por Jeremy Bentham e John Stuart Mill, que afirma que a ações são boas quando tendem a promover a felicidade, e más quando promovem o oposto a felicidade, o princípio da máxima felicidade. Que as boas ações e os bons comportamentos são úteis. Ou seja, estabelece quais ações são “mais corretas”, buscando entender os fundamentos da ética e da moral a partir das consequências das ações.  O capítulo abordado inicia-se com uma história para pôr a prova o leitor. No verão de 1884, quatro marinheiros ingleses estavam à deriva em um pequeno bote salva-vidas no Atlântico Sul, a mais de 1.600 km da costa. Os quatro homens à deriva se chamavam Brooks(marinheiro), Parker(taifeiro), Dudley(capitão), e Stephen(primeiro-oficial). Nos primeiros três dias, comeram pequenas porções dos nabos. No quarto dia, pegaram uma tartaruga. Conseguiram sobreviver com a tartaruga e os nabos restantes durante mais alguns dias. Depois ficaram sem ter o que comer por oito dias. Parker, o taifeiro, estava deitado no canto do bote. Bebera água salgada, contrariando a orientação dos outros, e ficara doente. Vendo a vulnerabilidade de Parker e a falta de expectativa de um resgate, no 20º dia Dudley decide por matar Parker e, durante quatro dias, os três homens se alimentaram do jovem órfão Parker. Só que, no 24º, logo após cometerem o canibalismo as custas do jovem Parker, chega um navio para resgata-los e ambos são levados a julgamento.

 

“O mais forte argumento de defesa é que, diante das circunstâncias extremas, fora necessário matar uma pessoa para salvar três. Se ninguém tivesse sido morto e comido, todos os quatro provavelmente teriam morrido. Parker, enfraquecido e doente, era o candidato lógico, já que morreria logo de qualquer maneira. E, ao contrário de Dudley e Stephens, não tinha dependentes. Sua morte não privaria ninguém de sustento e não deixaria mulher e filhos de luto.” - Página 40  

 

Das infinitas formas a se considerar o crime, todas partem de um ideal utilitarista que coloca em peso o lado positivo e negativo da decisão dos três acusados, pensando em uma balança julgando o que seria mais prejudicial ou menos prejudicial, ponderando os atos dos réus. Medindo o ato dos três assassinos “por consequência”, não dando tanto valor a questão a moral do direito natural de Parker. Afinal, eles não eram de fato assassinos até que a situação os levou a essa escolha extrema.  

 

Na visão de “maximizar a felicidade”, da filosofia utilitarista, a vida de Parker, se colocada em uma balança, foi vista como pouco valor em detrimento da preservação da vida dos outros três náufragos. Se considerarmos que manter Parker vivo implicaria na morte dos demais náufragos, a vida de um para preservar a vida dos outros três. Porque, segundo Bentham, todo argumento moral deve se inspirar na ideia de maximizar a felicidade.

Pode-se observar que a filosofia utilitarista não respeita o direito individual, colocando a vontade/felicidade da maioria sobre a minoria. Considera respeitar a decisão da maior quantidade de indivíduos desprezando a decisão do grupo em menor quantidade. Uma moralidade baseada na quantificação, um desrespeito aos valores humanos básicos, como a liberdade e até a vida.

 

“Na Roma antiga, cristãos eram jogados aos leões no Coliseu para a diversão da multidão. Imaginemos como seria o cálculo utilitarista: Sim, de fato o cristão sofre dores excruciantes quando o leão o ataca e o devora, mas pensemos no êxtase coletivo dos expectadores que lotam o Coliseu. Se a quantidade de romanos que se deleitam com o espetáculo for muito maior do que a de cristãos, que argumentos teria um utilitarista para condenar tal prática?” – Página 44

 

Contudo, John Stuart Mill, vindo uma geração após Bentham, tenta humanizar a filosofia utilitarista de Bentham. Conciliando os direitos individuais com as doutrinas de Bentham, dizendo que as pessoas devem ser livres para fazerem o que quiserem contanto que não façam mal as outras, ou seja, desde que não prejudique ao próximo “a independência é absoluta”. Porém, permanece com a maximização da felicidade ao convencionar a crença da maioria como uma moral absoluta, não deixando a quantificação de Bentham como balança moral.

 

A opinião do grupo a respeito da filosofia utilitarista é que, de certo modo, fazer valer a moral com base na apenas na quantificação, maior soma, de indivíduos que concordam que um tipo de comportamento é certo ou não é violar a individualidade humana. A sociedade é composta por um agrupamento de indivíduos onde cada um possui sua singularidade, um grupo de multiplicidade. Claro que, a vida coletiva não seria possível e cada indivíduo decidisse proceder de acordo com seus impulsos e desejos pessoais, sem respeitar os interesses dos demais membros. Mas, para a harmonia social, é preciso se fazer o uso de uma moral quantitativa e qualitativa, não apenas quantitativa, como propõe o utilitarismo.

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