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RELAÇÕES ENTRE ESTADO E CIDADANIA EM MAQUIAVEL.

Por:   •  26/5/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.935 Palavras (8 Páginas)  •  994 Visualizações

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Tema: RELAÇÕES ENTRE ESTADO E CIDADANIA EM MAQUIAVEL.

  1. Introdução

Na história da humanidade é certo que existe relacionamento com mundo, o homem não se encontra isolado, mas em solidariedade com o seu semelhante. O edifício cultural humano foi-se erigindo ao longo dos tempos não pela acção de um só individuo, mas pelo esforço conjunto de grupos humanos e mostra a convergencia de organição social desde tempos muitos antigos. Esses estágios de estruturação e hierarquização social envolveram organizações dos grupos, na necessidade de as comunidades se organizarem, se disciplinarem, ou seja, de possuírem um mínimo de normas capazes de facilitar a vida comum entre seus membros.

Desde Platão, a filosofia política ressalta seriamente o projecto, da realidade do mundo, até certo ponto fez, o papel de árbitro em defesa dos valores e da dignidade da pessoa humana. Mais do que nunca, nos nossos dias, o pensamento filosófico torna-se indispensável na governação dos estados, como a arte e prática da governação das sociedades humana.

E assim sobressaem certos homens, que pelas funções tornam-se membros activos e primordial. Pelos dotes, o homem nas simples sociedades, torna se cidadão nos estados e vão originar uma classe de elite, que se vai impondo e constituindo em poder, ou seja, aquele que possui o poder de dar a sua opinião, graças a um contrato que ele mesmo estabelece com os outros para poder preservar os direitos naturais.

 É este problema que foi matéria de discussão pelos contratualistas e que actua nos estados dos nossos dias. O que é estado? O que é ser cidadão num estado? E qual o seu fim?”, são as grandes questões cujas respostas comportam o espírito do contrato social assim como lemos em Jonh Luck.

Várias foram as formas como os estados funcionaram e como funciona, no que tange respeito à relação entre os seus dirigentes e os cidadãos. Vários foram os pensamentos propostos pelos pensadores a respeito desta matéria da relação entre estado e cidadão. O cume da discussão foi a época dos contratualistas no qual diziam, o estado é fruto dum contrato social entre os homens e um soberano.

 Hobbes na sua reflexão dizia que, os homens que fazem o estado necessitavam de ser rigidamente controlados por serem naturalmente maus e suas tendências serem sempre para prejudicar o outro. Para tal, os homens tinham que ser controlados à força, por um soberano absoluto para incutir a ordem.

 Para Rousseau, os dirigentes do estado só podiam ser os racionalmente iluminados, pois nem todos o são. Este modo de pensar punha a margem o cidadão tornando assistente das acções do estado. Uma vez que a liberdade politica num cidadão consiste nessa tranquilidade de espírito que provém da opinião que cada um tem da sua segurança; e, para que se possua esta liberdade, é necessário que o governo seja tal que um cidadão não possa temer um outro cidadão.

  1. Contextualização

Nicolau Maquiavel escreveu num País onde o contexto foi marcado por conflitos políticos, religioso, sociais e o equilíbrio secular criado pelo cristianismo, entre o real e o ideal, entre o homem e Deus, isto mostra um de estado totalmente totalitarista em que o cidadão é apenas elemento passivo, sob imergido de obediência cega, incondicionalmente o monarca cujo poder se considera proveniente de Deus, ou seja, o monarca foi escolhido directamente do Divino e, por isso, seu poder é inquestionável.

Consequentemente a religião sem dúvida influenciava nas questões do Estado para legitimar o poder completo do rei e as ideias que aparecia tinha tendência a afirmar que o homem era dispensável para a legitimação do Estado, sobretudo, as de Thomas Hobbes e Robert Filmer, este último que defendia o absolutismo monárquico, o direito divino dos reis e a desigualdade dos homens entre si no respeitante a liberdade. (Brito, 2001:18).

Os extremismos no princípio da autoridade, no conhecimento pela razão, na religião fanática e na monarquia que reinavam sobre a Europa, muito em especial na Inglaterra e que define o tipo de Estado, são os primordiais alvos do pensamento de Maquiavel. Suas reflexões pretendia moderar todos esses extremismos precedentes e, segundo os quais desejavam construir uma relação entre o Estado e cidadão na base da liberdade de pensamento, de posse, de religião e de acção.

Há direitos naturais que o homem possui e o estado não pode retira-los dele. Pelo contrário, a sua existência deve defender o que é natural ao homem, tal é o caso da liberdade, primeiro no mundo como homem depois no estado como cidadão.

É neste contexto que Maquiavel propôs o seu liberalismo para responder e inverter o tipo de estado e cidadão que se construía com uma monarquia totalitária, uma monarquia que, por excluir os cidadãos, estava exposta aos conflitos.

 

3.Problematização

Ao escrever O Príncipe, Maquiavel desejava guiar os governantes, alertando-os sobre as armadilhas da selva política. Seu livro é um manual de auto-preservação para líderes mundiais.  
A obra-prima de Maquiavel pode ser considerada um guia de conselhos para governantes. O tema central do livro é o de que para permanecer no poder, o líder deve estar disposto a desrespeitar qualquer consideração moral, e recorrer inteiramente à força e ao poder da decepção. Maquiavel escreveu que um país deve ser militarmente forte e que um exército pode confiar somente nos cidadãos de seu país – um exército que dependia de mercenários estrangeiros era fraco e vulnerável.  
Maquiavel afirma ainda que um líder deve buscar o apoio de seu povo. Para a surpresa de muitos, o autor explicou que ao assumir o poder “deve-se cometer todas as crueldades de uma só vez, para não ter que voltar a elas todos os dias. Os benefícios devem ser oferecidos gradualmente, para que possam ser melhor apreciados.” 
Maquiavel também ensinou que para obter sucesso, um líder deve estar cercado por ministros leais, competentes e confiáveis.  Um dos temas mais importantes de O Príncipe é o debate sobre a seguinte questão: “é preferível que um líder seja amado ou temido?” Maquiavel responde que é importante ser amado e temido, porém, é melhor ser temido que amado. Ele explica que o amor é um sentimento volúvel e inconstante, já que as pessoas são naturalmente egoístas e podem frequentemente mudar sua lealdade. Porém, o medo de ser punido é um sentimento que não pode ser modificado ou ignorado tão facilmente.  Maquiavel também afirma que, se necessário, um governante deve mentir e trapacear. O autor declara que é melhor para um líder caluniar do que agir de acordo com suas promessas, se estas forem resultar em consequências adversas para sua administração e seus interesses. Da mesma forma que Maquiavel acreditava que os líderes deveriam ser falsos quando preciso, ele os aconselhava a ficarem atentos em relação às promessas de outros: eles também podem estar mentindo caso seja de interesse deles.

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