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Resenha: Ética e Educação - Caminhos buberianos

Por:   •  14/4/2018  •  Resenha  •  568 Palavras (3 Páginas)  •  345 Visualizações

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RESENH: ÉTICA E EDUCAÇÃO – CAMINHOS BUBERIANOS

A obra de Martin Buber foi construída em torno do problema do homem. Para ele, o ser humano vem assistindo impotente a prepotência do princípio político sobre o social e ético, ameaçando assim sua autonomia e autoafirmação de liberdade.

Não há em Buber imperativos do agir ético, mas uma descrição de atitudes que nos auxiliam a identificar o caminho para uma vida ética.

No que tange o campo da Filosofia da Educação, Buber usa da noção dialógica fundada sobre a relação inter-humana bastante complexa, configurando como elemento catalisador da sua concepção de homem, de sociedade e de educação, essa última, não sendo confinada em construtos antropológicos ou psicológicos.

A relação entre ética e Educação está é abordada em três aspectos:

- a educação ética, compreendida como iniciativa educacional, que visa ajudar o educando a se tornar ser ético, contribuindo para a formação humana, ou seja, a educação tem o pape de ajudar o educando s se construir um ser ético;

- a ética pedagógica, que trata da ética do agir do educador. Essa é voltada para questões éticas envolvidas na colaboração dos educadores em projetos pedagógicos;

- a ética da comunidade dos educadores, é constituída pelos pais, parentes, professores, amigos e outros membros de convivência dos sujeitos que contribuem na formação humana e sua integralidade

As reflexões sobre a ética e a Educação a partir da exposição do caminho do homem por Buber, o caminho do educador significa nadar contra a corrente da sociedade em que vivemos (KURZWEIL, 1986). As tarefas educacionais são definidas a partir da tarefa que está destinada ao educando. O educador é responsável em zelar para que o educando não perca de vista esse seu caminho individual, sendo o estímulo para a autocontemplação a medida pedagógica a ser tomada. Cabe a ele ainda, estar constantemente atento em relação aos mais variados desvios do caminho do educando: não deixar que se engane com desafios que extrapolem a sua capacidade; não sobrepor as preocupações com as mudanças dos outros sobre a sua; ajudar a resistir ao egoísmo; e a dialogar com as coisas e pessoas ao seu encontro. Essa condução, não deve representar para o educador nem para o educando, abnegação da alegria ou de felicidade neste mundo, mas vivenciar a partir da satisfação de contribuir na humanização do mundo. Trata-se de um caminho de exigência individual, em prol de uma nova forma de convivência ética, condição sine qua non para uma sociedade transformada, apoiada na colaboração voluntária.

A visão da Educação e da ética tem múltiplos pressupostos, só fazendo sentido, quando cada pessoa tem seu caminho próprio, via autocontemplação, de saber sempre mais sobre si e seu caminho; de fortalecimento de sua determinação; de busca de coerência no/entre pensar, falar e agir; de ser humilde se entregando às tarefas do mundo; de instaurar a relação dialógica entre as pessoas e o mundo ocupa.

É possível verificar, nesses pressupostos, que Buber não se enquadra nem nos princípios da modernidade, com primazia na razão, nem na pós-modernidade do império da vontade, como também não nas posições religiosas de cunho dogmático-impositivo. É criado, assim, por Olmedo uma categoria extraordinária para Buber, a de “extramoderno” (2008, p. 288), demosntrando a distância entre as posições, mas não como impedimento de educar nos caminhos da ética buberiana meio às turbulências das duas: modernidade e pós-modernidade.

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