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Senso Comum

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Por:   •  16/2/2014  •  529 Palavras (3 Páginas)  •  374 Visualizações

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Pensar em ciência, em senso comum e na relação que ocorre diariamente entre estas duas formas de saber num contexto epistemológico é uma análise que poderia ser feita sob diversas perspectivas. Porém, se quisermos fazê-la de modo que esta análise possa contribuir para fornecer uma concepção menos inadequada sobre a imagem da natureza da ciência e conseqüentemente possamos sair de uma concepção parcial ou errônea da área e venhamos conseguir uma tomada de consciência ampliada sob o que não apenas a ciência é, mas também como o senso comum contribui e se insere no debate do conhecimento, então, parece ser necessário a esta atitude realizar uma reflexão histórico-filosófica acerca não simplesmente do que é ciência hoje, mas, fundamentalmente, entender a origem, o processo e os produtos do conhecimento humano como um todo.

Para isso, tentaremos recolocar à ciência sua estima devida, evitando para ela uma visão de super eficiência, ao passo que tratamos o senso comum como algo que também possui o seu valor e lugar no hall do conhecimento. Isto é, em síntese, simplesmente valorizar o senso comum sem menosprezá-lo e valorizar a ciência, sem superestimá-la. Tal coisa corresponderia, em termos feyerabendianos, a evitar uma ciência absolutista e um atropelo étnico-cultural, proporcionando um respeito a um determinado povo e sua forma de saber.

Por um lado, ultimamente o conhecimento humano tem se desenvolvido de forma significativa, especificamente, o conhecimento científico “avança” a cada dia e de certo modo determina (e também é determinado por) nossa sociedade. Entretanto, nem sempre foi assim.

Há muito tempo o conhecimento predominante era somente aquele proveniente dos meios populares, pois não havia um conhecimento científico, visto que a princípio o conhecimento não era dividido, existia apenas um tipo de saber. Na Grécia antiga, por exemplo, ele começou a se separar apenas quando os mitos já não “satisfaziam” mais as necessidades de explicação dos fenômenos ocorridos no mundo. Dito de outro modo, a produção de conhecimento estava diretamente ligada com necessidades do cotidiano.

Por diversos motivos passamos, então, a buscar um pensamento mais critico, principalmente a respeito de todas as coisas que nos afetam diariamente, mesmo que, por vezes, esta busca envolvesse coisas que por gerações foram tidas como verdadeiras. Entre as consequências essa nossa busca, uma delas fez com que o conhecimento fosse, na medida em que “progredimos”, dividido em dois, a saber, o senso comum e o de não-senso comum.Entre outros, disse Rubem Alves: “A ciência não é uma forma de conhecimento diferente do senso comum. Não é um novo órgão. Mas, apenas uma especialização de certos órgãos e um controle disciplinado de seu uso” .

Por isso, a ciência e o senso comum estão ligados inicialmente por algum ponto quanto à base de seus conhecimentos, mas, afastam-se em seguida, quando a ciência se especializa. De outro lado e por sua vez, quando comparado com o científico, o saber popular “perde” todo o valor que possui, seja diante dos olhos do povo ou ainda de muitos universitários. Talvez isso se deva ao caráter quase mítico da imagem da ciência e conseqüentemente à grande autoridade dos cientistas (numa torre de marfim), também adquirida através dessa imagem. Infelizmente, não só adquirida, como reforçada diversas

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