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Socialismo E Religião

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Por:   •  9/10/2013  •  868 Palavras (4 Páginas)  •  188 Visualizações

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Prece de Lamentação

Senhor! Quero soltar meu grito sufocado, não somente o meu grito de dor, mas o grito de tantos irmãos que vivem num mundo opressor.

Tive oportunidade de buscar o saber de forma apaixonada, me tornando um exímio leitor. Me deparei com uma sede insaciável que me faz busca, buscar e nunca saciar.

Conhecer é sofrer. Essa é a razão maior do meu lamento. O saber livresco só fez aumentar meu ceticismo. Passei a ter uma visão global através de uma formação filosófica, tronco de uma árvore que sintetiza os ramos de todas as outras ciências e descobri que os homens apenas brincam de resolver os problemas da humanidade. Propõem um verniz de mudanças super-estruturais e não encaram verdadeiras mudanças infra-estruturais. São belas receitas que rendem magnificas monografias, belas análises sociológicas e uma infinidade de livros, mas quem luta por mudanças radicais? Quem encara o homem na sua totalidade? O saber humano enriqueceu ou empobreceu com as especializações? Sabemos cada vez mais de cada vez menos.

Os pobres, seus prediletos, foram instrumentalizados, se tornaram alvos de comoventes discursos, tanto por parte da Igreja, como por parte de outros segmentos da sociedade. O discurso é unificado, mas quem tem uma prática coerente na transformação de uma realidade tão desumana? A igreja afirma que fez opção preferencial pelos pobres, será? A prática não confirma totalmente essa opção. Primeiro é preciso que ela se faça pobre com os podres, consigo dar um passo a mais, lutando por uma promoção verdadeira, indo além de uma prática assistencialista que só contribui para anestesiar as consciências as e eternizar uma dependência.

Não desisti de buscar. Pensei que o saber teológico iria me aproximar mais de ti. Lamentavelmente não obtive o resultado desejado. Me deparei com “criancinhas” balbuciando o seu nome, tentando explicar o inexplicável. Tentando explicar algo que é um grande mistério. Diante de tantas duvidas, tantas interrogações não respondidas, deu vontade de eliminar o problema Deus, mas Dostoievsk me fez pensar diferente quando li em uma de suas obras que se eliminarmos Deus, tudo é permitido. Me rendi. Creio em meio ás incertezas. Creio, embora tudo seja ocultado a minha fé. Me convenci que o homem não pode viver sem fé; tem que crer em algo, em alguém ou uma causa que vale a pena morrer por ela; se assim for, afoga-se em si mesmo.

Eis aí ó Pai grande contradição reinante. Um mundo “crente” com prática descrente. O mundo afirmando que crê em ti, mas convivendo pacificamente com um capitalismo sem coração; promovendo “guerras santas”. Povos fanáticos matando e morrendo em nome da fé. Um país como o nosso se orgulhando de ser o maior país católico do mundo, mas ao mesmo tempo, sendo um dos mais pobres em valores evangélicos e um dos mais desiguais do planeta em distribuição de renda. Diante de tanta injustiça como reza pela paz? Creio numa paz que virá como fruto da justiça.

Fico me perguntando: Que Deus é esse que cremos? Um Deus privatizado? Um Deus que me aliena? Um Deus que não me compromete? Um Deus ideologizado que oprime e não liberta? Que Deus é esse?

Seu próprio Filho virou um produto de consumo a gosto do “consumidor” no grande “supermercado da fé”. Foi desvinculado de seus verdadeiros valores evangélicos, numa

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