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TUDO O QUE É SÓLIDO DESMANCHA NO AR - MARSHALL BERMAN E

Por:   •  7/4/2016  •  Abstract  •  1.414 Palavras (6 Páginas)  •  499 Visualizações

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE - PPGEDUC - DEDC - CAMPUS I

BASES FILOSÓFICAS DA CONTEMPORANEDADE

MESTRANDA: JOANA MARIA LEÔNCIO NÚÑEZ

TUDO O QUE É SÓLIDO DESMANCHA NO AR - MARSHALL BERMAN E

ILUMINISMO E CONTRA-ILUMINISMOS (Sobre a Modernidade e o seu Projeto Inacabado) – SERGIO PAULO ROUANET

No primeiro texto Berman inicia discorrendo sobre o que é a MODERNIDADE - experiência de tempo e espaço, de si mesmo e dos outros, das possibilidades e perigos da vida compartilhada por homens e mulheres em todo o mundo. Ser moderno é encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação, mas também nos ameaça com a destruição do que temos, que sabemos e o que somos. A experiência ambiental da modernidade anula todas as fronteiras geográficas e raciais, de classe e nacionalidade, de religião e ideologia. O autor a divide Modernidade em três etapas, a saber: Primeira fase, do início do século XVI até o fim do século XVIII, a primeira voz segundo Berman desta primeira fase da modernidade foi a de Rousseau, com “A nova Heloísa”, foi o primeiro a usar a palavra moderniste, e autor de algumas das tradições modernas, do devaneio nostálgico à auto-especulação psicanalítica e Democracia. A segunda fase a partir da Revolução francesa e suas reverberações ate o século XIX, nesta fase o autor destaca as vozes de Nietzsche, que é geralmente aceito como fonte de muitos dos modernismos do nosso tempo, e Marx, que não é comumente associado a qualquer modernismo. A partir do século XX, a última fase, o brilho e a profundidade da vida moderna na obra de Grass, Garcia Marquez, Fuentes, Cunningham, Nevelson, Fassbinder, Herzog, entre outros que nos rodeiam, certamente nos dão motivos de orgulho, em um mundo onde há tanto de que se envergonhar e tanto que temer, mas destaca o autor que o escritor do século que tem algo a dizer sobre a modernidade foi Michel Foucault, e o que ele disse foi é uma interminável, torturante série de variações em torno dos temas weberianos do cárcere de ferro e das inutilidades humanas, cujas almas foram moldadas para se adaptar às barras. Foucault é obcecado por prisões, hospitais, asilos...

Afirma que esta foi a modernidade que em 500 anos desenvolveu:

  • Grandes descobertas nas ciências, com a mudança da nossa imagem do universo e do lugar que ocupamos nele;
  • A industrialização da produção, que transforma conhecimento científico em tecnologia, cria novos ambientes humanos e destrói os antigos, acelera o próprio ritmo de vida, gera novas formas de poder corporativo e de luta de classes;
  • Explosão demográfica, que penaliza milhões de pessoas arrancadas de seu habitat ancestral em direção a novas vidas com rápido e as vezes catastrófico crescimento urbano;
  • Sistemas de comunicação de massa, cuja informação é detida por uma minoria que muitas vezes manipula a informação ao seu bel prazer;
  • Estados nacionais cada vez mais poderosos, burocraticamente estruturados e geridos, que lutam com obstinação para expandir seu poder;
  • Movimentos sociais de massa e de nações, desafiando seus governantes políticos ou econômicos, lutando por obter algum controle sobre suas vidas;
  • Mercado capitalista mundial, drasticamente flutuante, em permanente expansão.

O argumento básico deste texto, segundo Berman, é de fato, que os modernismos do passado podem devolver o sentido de nossas próprias raízes modernas, raízes que remetem há duzentos anos. Elas podem ajudar a conectar nossas vidas às de milhares de indivíduos que vivem a centenas de milhas, em sociedades radicalmente distintas da nossa e a milhões de pessoas que passaram por isso há um século ou mais. Pode ser que voltar atrás seja uma maneira de seguir adiante: lembrar os modernistas do século XIX para ter a visão e a coragem de criar os modernistas do século XXI. Finaliza afirmando que esse ato de lembrar pode ajudar a levar o modernismo de volta às suas raízes, para que ele possa nutrir-se e renovar-se, tornando-se apto a enfrentar as aventuras e perigos que estão por vir.

[...] No texto de Rouanet: Iluminismo e Contra-iluminismos, o autor inicia destacando que a Modernidade é um “tema moderno” e muito atual, já que um sem números de artigos escritos tratam desta temática. Defende que modernização e Iluminismo são a mesma coisa, ambos são tentativas de modernização e de transformação de sociedades arcaicas em sociedades regidas pela razão científica e filosófica observa que o iluminismo era um movimento heterogêneo onde cabiam desde filósofos democráticos radicais como Rousseau até liberais não democráticos como Voltaire que desejavam mudanças na religião e nas leis.

O autor enfatiza que o iluminismo propunha um projeto de homem individualizado a fim de emancipa-los de todas as servidões e ajuda-los a transitar para um novo mundo, onde as heteronomias e as servidões fossem extintas. Principais pontos do Iluminismo: o Universalismo – abrangendo a todos os homens, onde não existiriam diferenças nacionais; o Personalismo ou Individualismo - onde o individuo se destaca da matriz do coletivo; e, a Emancipação – tanto em nível de Pensamento, como da Política e Economia, onde os indivíduos deveriam ser emancipados dos preconceitos, da tirania política e das necessidades e do pensamento religioso.

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