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Teodicéia

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Por:   •  28/8/2014  •  Tese  •  742 Palavras (3 Páginas)  •  293 Visualizações

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A Teodiceia é a parte da teologia que estuda e tenta explicar a coexistência de um Deus que tem bondade infinita com o mal. São Tomás faz jus ao ser humano sensitivo-corporal, e também alega que o caminho que leva ao conhecimento de Deus deve passar pelas coisas sensíveis.

Primeiramente, é exposto o argumento do primeiro motor, seguindo uma lógica já construída anteriormente por São Tomás. O primeiro motor seria a primeira via, que é a mais manifesta. Ele explica que para mover alguma coisa, é preciso que passe esta coisa da potência ao ato, sendo que este ato condiz com a realidade. Logo, tudo o que é movido é movido por outro, porque nada pode ser movido inicialmente por algo que seja potência; o movimento deriva do ato. Deste modo, São Tomás dá o exemplo do fogo, dizendo que o mesmo torna a madeira de cálido potencial para cálido atual. Sendo assim, é impossível estar em ato e em potência ao mesmo tempo. Seguindo esta lógica, é impossível que algo seja motora e movida do mesmo modo, logo é impossível mover-se a si mesmo. Algo que está em movimento teria que ser movido por um ato anterior, que também foi movido por um ato anterior e assim por diante. Porém, não é possível que exista este ciclo eterno, logo é necessário um primeiro motor, que fez com que a primeira coisa se movesse e assim por diante, e este primeiro motor é o que chamamos de Deus.

O segundo argumento é o argumento da primeira causa eficiente. É possível observar que nas coisas sensíveis observamos uma ordem de causas eficientes, onde há uma ordem de causa e efeito contínuos, onde a causa precede o efeito. Logicamente, não é possível que uma coisa preceda a si mesma, assim como é impossível proceder-se eternamente neste ciclo de causas e efeitos. São Tomás também explica que, se a causa for removida, o efeito também será removido, então sem causa primeira, não haveria causa média e nem causa final. Sendo assim, há a necessidade de existir uma causa eficiente primeira, e esta seria Deus.

O terceiro argumento é o argumento do existente necessário. Neste argumento, é explicado que, dentre as coisas, encontramos algumas coisas que podem ser e não ser, enquanto essas podem ser geradas e corrompidas, e então podem ser e não ser. Deste modo, é impossível que as coisas da natureza existam desde sempre, pois o que pode não existir, alguma vez já não existiu. Sendo assim, todas as coisas que existem já não existiram, logo houve o tempo em que nada existia. Porém, se este fosse o caso, nenhuma coisa existiria hoje em dia, pois todas as coisas só podem ser geradas a partir de algo já existente. São Tomás também diz que todos os seres tem algo necessário, sendo esta necessidade fora de si e não há como um ser ter a necessidade própria dentro de si mesmo. Então, não é possível proceder eternamente com coisas já existentes cujas necessidades estão em outro, logo é necessária a existência de um ser onde a necessidade está em si mesmo, e este ser é Deus.

O quarto argumento é o argumento pelos graus do ser. São Tomás diz que algumas coisas são mais verdades do que outras, só que, para que seja possível tal comparação, é necessário algo que contenha o máximo deste ser. Como por exemplo, sabe-se que uma maçã é menos doce do que o mel, porém, precisaríamos de um ser maximamente doce para que fosse possível afirmar este fato. Há, portanto, algo verdadeiramente

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