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Teoria Iluministas De Autonomia Segundo Rousseal E Kant

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Por:   •  24/9/2013  •  3.286 Palavras (14 Páginas)  •  822 Visualizações

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Trabalho Completo A Moralidade Em Rousseau e Kant.

A Moralidade Em Rousseau e Kant.

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Categoria: Filosofia

Enviado por: Camila 30 novembro 2011

Palavras: 3887 | Páginas: 16

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s teorias da moralidade de Rousseau e Kant, começando por um breve histórico do pensamento moral iluminista, movimento o qual ambos os filósofos pertenceram. Logo analisarei a teoria de Rousseau, sua influência sobre Kant, a teoria moral de Kant, fechando com a analogia, feita por Bárbara Freitag, dos pensamentos filósofico-morais dos dois filósofos, à peça que deu nome ao seu livro, “Antígona”.

1. A MORALIDADE NA ILUSTRAÇÃO

O Iluminismo, surgido no século XVIII, caracterizou-se por uma brusca mudança das idéias. Ele trouxe a revolta contra as autoridades, contra o autoritarismo, contra o poder da Igreja. Foi marcado pelo racionalismo, a crença inabalável na razão humana. Para os iluministas, sua tarefa era a de criar um alicerce para a moral, a ética, a religião, que estivesse em sintonia com a razão imutável do homem. Esse período na Europa era marcado pela superstição e incerteza e os iluministas teriam a tarefa de “iluminar” a população, criando, assim, a Enciclopédia e a pedagogia. Acreditavam ainda que, quando conhecimento e razão se estivessem difundido, a humanidade faria grandes progressos. Além disso, pregavam o retorno à natureza, principalmente na teoria de Rousseau, ou seja, todo o mal estaria na sociedade civilizada, já que o homem seria bom por natureza. Criaram ainda o cristianismo humanista, que seria a religião natural, uma religião em consonância com a “razão natural” do homem (GAARDER, 1995).

O pensamento iluminista culminou com a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, que pregava os direitos naturais do cidadão, ou seja, para se ter esses direitos basta nascer como ser humano. Consistiu basicamente na luta contra a censura, pelo direito à liberdade de pensamento, contra a escravidão e para a inviolabilidade do indivíduo.

Então as três principais características das teorias morais iluministas foram o racionalismo, a existência de uma lei interior inata e a igualdade entre os seres humanos.

2. A TEORIA MORAL DE JEAN – JACQUES ROUSSEAU

Como, em uma palavra, perguntando sempre aos outros o que somos e não ousando jamais interrogarmo-nos a nós mesmos sobre esse assunto, em meio a tanta filosofia, humanidade, polidez e máximas sublimes, só temos um exterior enganador e frívolo, honra sem virtude, razão sem sabedoria e prazer sem felicidade (ROUSSEAU).

Rousseau, citado por FREITAG (1992), em seu pensamento filosófico, traz a idéia de um princípio inato que permite às pessoas o julgamento de bom e mau, justo e injusto, certo e errado e chamou-o de consciência.

Para PADOVANI & CASTAGNOLA (1984), este filósofo foi a figura mais singular desta época, reconhecido em toda parte como o criador de uma teoria filosófica de grande valor que traz uma discussão entre o problema pedagógico, representado no Emílio e o problema político, exposto em O Contrato Social. Rousseau fundou, então, uma teoria que apresenta os caminhos para a felicidade individual e da sociedade.

No Emílio, Rousseau traz a idéia de que a tarefa do educador não é a de ensinar a virtude e a justiça, e sim possibilitar ao educando o discernimento, através do uso da razão, das fontes internas e externas de perturbação, para que possa manter a sua natureza sem ser corrompido. O Emílio é dividido em quatro livros de acordo com a idade da criança. É um processo, é uma educação progressiva que começa com o aperfeiçoamento do corpo, para que supere a seleção natural. Na segunda parte ele já dá ênfase aos órgãos dos sentidos e o educando entra em contato com princípios morais gerais, formando a base para a razão intelectual. No terceiro livro o educando já é educado para a razão e, no final, há o aperfeiçoamento da razão pelo sentimento, possibilitando, no quarto livro, um primeiro contato com a sociedade, transformando todos os conceitos morais, com que o educando já tinha entrado em contato na teoria, em conceitos concretos. Nessa última fase, o educando utilizará de toda a preparação racional e moral que lhe foi passada, a fim de que haja o verdadeiro discernimento de todas as perturbações que podem ser causadas à sua consciência, para que não seja corrompido nem pelos seus próprios vícios, nem pelos vícios da sociedade.

Com essa obra, Rousseau pretendia a conservação da pureza natural que todos os seres humanos deveriam ter, para então entrarem em contato uns com os outros na sociedade, uma sociedade ideal, regida pelos princípios do Contrato Social, que constitui a sua outra obra.

Segundo Rousseau, todos os homens nascem livres e a liberdade é um imperativo. Então, o contrato social seria uma associação de indivíduos inteligentes que têm sua liberdade protegida pelos interesses da própria coletividade, já que cada um se dá para a sociedade da mesma forma, mas cada um só obedece a si mesmo, preservando sua total liberdade. Para a formação de uma sociedade assim, é necessária a igualdade de todos os indivíduos que a compõe para que não se cogite a existência de um poder tirânico e que se garanta o estado de natureza.

Em seu Discurso sobre a desigualdade, ROUSSEAU (1983, p.277), explica o processo da desigualdade , que tem “constituído seu primeiro termo o estabelecimento da lei e o direito de propriedade; a instituição da magistratura, o segundo; sendo o terceiro e último a transformação do poder legítimo em poder arbitrário”. Nesse último grau da sociedade, se formaria um segundo estado de natureza, porém diverso do primeiro, já que seria formado pelo poder do mais forte, pelo excesso de corrupção. Afirma que, somente descobrindo este caminho que foi trilhado para a chegada à desigualdade, o homem encontraria a solução para os problemas de moral e de política, compreendendo como o gênero humano muda de acordo com a época, desde o estado natural até o estado de desigualdade. Assim, ROUSSEAU (1983, p. 281) enfatiza que, “a

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