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Teoria do Conhecimento

Por:   •  17/5/2016  •  Resenha  •  2.117 Palavras (9 Páginas)  •  281 Visualizações

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Universidade Federal do Ceará

Programa de Pós-graduação em Enfermagem

Curso: Doutorado em Enfermagem

Disciplina: Filosofia da Ciências

Discente: Aline Cruz Esmeraldo Áfio

Teoria do Conhecimento

Introdução

A reflexão sobre a natureza do nosso conhecimento dá origem a uma série problemas filosóficos, que constituem o tema da teoria do conhecimento. A maior parte desses problemas foi debatida pelos filósofos antigos e, ainda hoje, a concordância é escassa sobre a maneira como devem ser resolvidos. Parte-se do princípio de que a teoria do conhecimento é um ramo de estudo da filosofia, sendo a própria definição de filosofia tratar-se de problema filosófico, devido as divergências conceituais imensas das proposições filosóficas, caracterizando as dificuldades enfrentadas pelos estudiosos da área chegar a um consenso.

Hessen (1980) propõe dois métodos para chegar a definição essencial da filosofia, indutivo e dedutivo. Dilthey indica que se devem observar os conceitos propostos e determinar um objetivo comum para formular a representação geral da filosofia. Partindo desse pressuposto, as análises das proposições dos filósofos definiram-se como método indutivo.

A apreciação do pensamento filosófico mostrou variações na definição de filosofia que permitiu a sua caracterização em dois elementos essenciais: concepção do eu e do universo. Concluindo que “a filosofia é uma auto-reflexão do espírito sobre seu comportamento de calor teórico e prático e, ao mesmo tempo, uma aspiração ao conhecimento das últimas conexões entre as coisas, a uma concepção racional do universo” (HESSEN,1980).

A análise pelo processo dedutivo permite situar a filosofia no sistema total da cultura, no contexto das funções superiores do espírito, desse modo observa-se a relação entre a filosofia e cultura, na análise da ciências, arte e religião. Enquanto as ciências particulares tomam por objeto uma parte da realidade, a filosofia dirige-se à totalidade do real. O conhecimento filosófico, dirigido à totalidade das coisas, é essencialmente distinto do conhecimento das ciências particulares, que vai ao encontro de domínios parciais da realidade. A filosofia é também essencialmente distinta da arte. A interpretação do mundo feita pelo artista provém tão pouco do pensamento puro quanto a concepção de mundo do homem religioso. À medida que os representa, eleva este ser e este acontecer concretos ao nível do mundo da aparência, do irreal.

Desse modo, a filosofia é dividida em três partes: teoria da ciências, teoria dos valores e concepção do universo. Com relação a teoria da ciências, a filosofia é a teoria do conhecimento científico, a teoria de valores, análise do comportamento prático do espírito, e concepção do universo, envolve a metafísica e a teoria do universo, que investiga problemas de Deus, liberdade e imortalidade.

 A teoria da ciências também envolve a lógica que se distingue da teoria do conhecimento, pois investiga sob a ótica de teoria do pensamento correto, baseada em princípios formais, como formas e leis. Já a teoria do conhecimento, se orienta pela teoria do pensamento verdadeiro, ou seja, é baseada em pressupostos considerados corretos pelo pensamento humano. Assim, a partir da análise do conceito de verdade moral, o conhecimento científico está susceptível a mudanças repentinas, pois são modificados de acordo com o que se acredita ser correto em um determinado período histórico.

Teoria do Conhecimento

 A teoria do conhecimento busca explicações filosóficas do conhecimento humano. A estrutura geral do conhecimento está baseada na relação entre dois componentes: sujeito e objeto.

O sujeito e o objeto mantêm uma relação indissociável, O sujeito deve dominar o objeto, e este deve ser totalmente compreendido. Todo objeto é passível de ser apreendido e independe da capacidade do sujeito possuir a consciência cognoscente, ou seja, capacidade de adquirir conhecimento.

Pode-se comparar a aquisição de conhecimento do objeto pelo sujeito com as pesquisas científicas, nas quais pesquisadores, sujeitos, buscam compreender determinado objeto. Na enfermagem, estes estão envolvidos com cuidar do próximo.

O conhecimento pode ser verificado no âmbito de três esferas distintas, psicológica, lógica e ontológica. Embora, nenhuma destas consiga explicá-lo de modo coerente, envolvendo sujeito e objeto. Os elementos envolvidos são: sujeito, "imagem" e objeto.  sendo o sujeito abordado na esfera psicológica, a  "imagem” na esfera lógica, e o objeto na ontológica. 

Enquanto processo psicológico num sujeito, o conhecimento é objeto da psicologia. A "imagem" do objeto no sujeito é uma estrutura lógica e, enquanto tal, objeto da lógica. O ser, porém, é objeto da ontologia. Quando se ignora isso e se encara o problema do conhecimento, de forma unilateral, haja vista que em nenhuma das esferas descritas analisa os dois elementos, sujeito e objeto, simultaneamente. Contudo, a descrição do fenômeno do conhecimento não é suficiente para explicá-lo, questões sobre a origem e a essência do conhecimento não são explicadas.

Ao analisar o conhecimento sob a ótica da fenomenologia, podem-se citar cinco problemas, como o dogmatismo, ceticismo, subjetivismo e relativismo, pragmatismo e criticismo.

Do ponto de vista do dogmatismo, o conhecimento não chega a ser um problema, sendo uma visão errônea da essência do conhecimento, que diz que o conhecimento é adquirido a partir de um problema. Assim, as pesquisas científicas, que buscam novos conhecimentos, são guiadas a partir de problemas.

A primeira forma de dogmatismo diz respeito ao conhecimento teórico, as duas últimas, ao conhecimento dos valores. O dogmatismo ético lida com o conhecimento moral, o religioso, com o conhecimento religioso.

Na visão do ceticismo não é possível ter conhecimento como apreensão efetiva do objeto, haja vista que o conhecimento pode sofrer influências do meio, como a cultura do sujeito. Ao analisar de acordo com o conceito de verdade moral, se dois sujeitos realizam pesquisas sobre o mesmo objeto e encontram resultados distintos, não é possível dizer quem está certo ou errado, pois não há conhecimento errado. Logo, não tem-se a certeza da veracidade desse conhecimento.

O subjetivismo e relativismo se assemelha ao ceticismo, pois afirmam que a verdade tem validade limitada, ou seja, depende do sujeito que irá analisar esse conhecimento dito como verdadeiro, ao contrário do ceticismo que é mais radical ao afirmar que não tem conhecimento verdadeiro.

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