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ÉTICA A NICÔMACO

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Por:   •  9/10/2013  •  10.289 Palavras (42 Páginas)  •  542 Visualizações

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ÉTICA À NICÔMACO

INTRODUÇÃO

O tema do presente texto é a ética Aristotélica. É uma pesquisa baseada no livro Ética à

Nicômaco de Aristóteles.

A motivação inicial foi descobrir qual é o bem que o ser humano busca para sua

realização segundo o Estagirita. Ao decorrer do trabalho indicamos também os problemas

dos valores importantes para a pessoa; ademais buscamos responder qual é o lugar da

ética em nossas vidas? As hipóteses encontradas na ética Aristotélica indicam a vida ideal

como vivência das virtudes, junto com os outros, e que essa vivência é a felicidade.

Justificamos esse tema pela necessidade de estudar o problema da moral nas relações

humanas, pela necessidade de voltar ao início da ética e indicar os principais conceitos

propostos por Aristóteles, ressaltando a relevância desta proposta ética.

O trabalho está dividido em três capítulos. Iniciamos o primeiro capítulo

contextualizando a época vivida pelo autor, o caminho por ele percorrido, as obras por ele

escritas e a classificação das ciências iniciadas por Aristóteles.

O segundo capítulo trata do resumo da Ética à Nicômaco, dividido em quatro pontos.

Neles são abordados o objeto do agir humano, a divisão das virtudes, a estrutura de um

ato moral e a classificação das virtudes.

O terceiro capítulo retoma alguns aspectos da ética Aristotélica e dá a eles uma visão

mais atual, reforçando algumas idéias defendidas pelo estagirita.

Como método utilizo a leitura, a interpretação exegético-hermenêutica e a escrita*.

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

Dentre tantos motivos que podemos encontrar para o fato, a primeira certeza que temos é

que a Filosofia tal como a concebemos, teve origem na Grécia antiga. A filosofia na

Grécia surge através de condições socio-econômico-culturais, como o evento original e

originário, e isto representa um salto qualitativo - é um evento quantitativo - pois nunca

antes se havia privilegiado a razão na tentativa de compreender o universo, a vida

humana, a vida política, a vida virtuosa e os valores da felicidade. O povo grego

incumbiu-se dessa tarefa, no Século VI ou V a.C.

O período que procuramos trabalhar é a fase das grandes sínteses do pensamento grego.

Esse período, que coincide com o século IV a.C., tem dois grandes autores: Platão e

Aristóteles.

1.1 Autor e Obras.

O autor da Ética À Nicômaco, Aristóteles, nasceu na Macedônia, cidade de Estagira,

Tassalônica, na costa nordeste da península da Calcídia, no ano de 384 a.C. Seu pai

chamava-se Nicômaco, exercia a profissão de médico do rei da Macedônia, Amintas II;

residiam na corte ou na Cidade Real.

No ano de 367a.C., quando Aristóteles contava com 17 anos, foi enviado a Atenas para

completar sua educação, certamente atraído pela intensa vida cultural da cidade, que lhe

acenara possibilidade de estudo. Ingressou na Academia de Platão e estudou ali até o ano

de 348 a.C., data da morte do mestre Platão.

No ano de 342 a.C. Aristóteles foi encarregado da educação de Alexandre, filho do Rei

da Macedônia, que estava com 13 anos. No ano de 336 Alexandre sucedeu seu pai no

reinado e iniciou suas conquistas; a relação entre mestre e discípulo mostraria-se estável,

pois o rei Alexandre enviou a Aristóteles material para estudo e ajuda financeira.

Depois que terminou a educação do Rei Alexandre, Aristóteles voltou a Atenas e iniciou

uma escola nas proximidades de um templo dedicado ao deus Apolo; por isso ela recebeu

o nome de Liceu.

Na organização da escola, haviam disciplinas (esotéricas) para seus discípulos pela

manhã e à tarde para o público mais amplo (exotéricas). Sua escola era chamada de

Perípatos (passeio) e, seus seguidores, denominados “peripatéticos”, pois as aulas eram

administradas durante um passeio realizado pelo mestre e seus discípulos.

Com a morte do Rei Alexandre, aumentou, em Atenas, a rivalidade contra Aristóteles,

que foi acusado de favorecer o Rei Macedônico – por ter sido o mestre do grande

soberano. Para fugir de seus inimigos, refugiou-se em Calsis, onde possuía bens imóveis

maternos, deixando Teofastro na direção da escola peripatética. Retirou-se de Atenas

dizendo que ‘não queria que os atenienses pecassem pela segunda vez contra a filosofia’,

relembrando a morte de Sócrates. Sua morte viria no ano seguinte, em 322 a.C.

Aristóteles deixou inúmeras obras, mas entre aquelas deixadas por ele e as conhecidas

hoje, como pertencentes ao Corpus Aristotélicum, há uma grande diferença. Primeiro,

pela consideração de que muitas obras foram definitivamente perdidas e, segundo,

questiona-se

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