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Ética Segundo Rousseau e Kant

Por:   •  10/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.348 Palavras (6 Páginas)  •  2.003 Visualizações

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       UNIVERSIDADE FEDERAL xxxxx xxxxx

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                   CURSO: xxxxxxxxxxx

       DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À FILOSOFIA

 

 

 

 

 

 

 

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ÉTICA SEGUNDO ROUSSEAU E KANT

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2016

  Em meados do século XVIII, no auge do período da Idade Moderna, tempo de imenso avanço científico juntamente com a expansão do acesso ao conhecimento, emerge uma nova tendência global, que abalaria todos pilares da civilização ocidental da época: O Iluminismo. O movimento é também conhecido como Século das Luzes, pois após o longo período de “escuridão” na Idade Média ou seja, ocultação do saber, a razão tinha se anteposto a religião e a Igreja já não tinha mais o controle sobre a informação, não podia mais censurá-la do povo.

   Nesse cenário então, surgem grandes filósofos como o suíço, Jean-Jacques Rousseau, que tinha como preocupação o comportamento moral dos homens e que acreditava numa consciência instintiva. Segundo o filósofo, o homem nasceria de certa forma livre, mas ainda sim, para viver em coletivo, era acorrentado pelas regras. Os animais diferentemente dos seres humanos, são guiados pela sua vocação, eles fazem parte e seguem as regras da natureza, estão condicionados a seguir uma rotina pelo resto de suas vidas, ainda que também possuam sentir afeto. Já os seres humanos possuem memória, aprendem sobre a educação, cultura e política, e possuem também a habilidade de evoluir, aprendendo com as experiências que adquirem ao longo de sua jornada.

   “Tudo é bom quando sai das mãos do Autor das coisas, e tudo degenera entre as mãos do homem.”(ROUSSEAU. Emílio ou da educação, 1762, p. 9), Rousseau acreditava num contrato social cujo homem nascia bom, porém a sociedade com suas exigências e com a vaidade, o corrompia. Todavia, somente através da educação o indivíduo conseguiria substituir suas vontades individuais, pelas vontades gerais, sempre mantendo-os equilibrados. Ele idealizava uma civilização virtuosa como a de Roma, a qual o homem seja livre mas sempre prezando pelo bem comum.

  Rousseau defende a importância da educação e como ela reflete na formação ética do indivíduo. “No estado em que se encontram as coisas, um homem abandonado a si mesmo, desde o nascimento, entre os demais, seria o mais desfigurado de todos. Os preconceitos, a autoridade, a necessidade, o exemplo, todas as instituições sociais em que nos achamos submersos abafariam nele a natureza e nada poriam no lugar dela.”(ROUSSEAU. Emílio ou da educação, 1762, p. 9), ou seja, um homem sem a educação natural, o homem desfigurado, seria alguém repleto de vícios e intolerâncias, completamente diferente de um homem natural que se permitiria agir com ética e gentileza.

   Alguns anos depois, em um cenário iluminista e inspirado em Rousseau, surge o filósofo prussiano Immanuel Kant, considerado um dos mais importantes pensadores da Idade Moderna. Os princípios do utilitarismo prevaleciam na época, cujo o ideial era a busca de prazer e que para isso precisaríamos ser morais. Kant não concorda com tal discurso e cria um novo conceito que defendia a ética deontológica, ou seja, somos seres morais porque assim devemos ser e sendo assim e não só por conta de boas inclinações, o dever só se cumpriria pelo dever. Somos seres morais porque assim devemos ser, não por interesse ou inclinações, mas para alcançarmos a felicidade plena usando a racionalidade para agirmos de forma ética e virtuosa, não deixando os vícios, o apetite e a vontade irracional se sobrepor em uma situação, pois não haverá ética dessa forma.

   Para o pensador, a felicidade é momentânea e quando miram-se os objetivos nela, muito pouco dos valores realmente importa, menosprezando-os, portanto a solução não é buscá-la apenas como fim mas também como instrumento, visando priorizar o senso e a ética. “A moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade.”(KANT. Crítica da Razão Prática, 1788, p. 90) a melhor forma de  se conquistar a felicidade é de maneira honesta e limpa.

   Kant acreditava que as pessoas deveriam ser tratadas com respeito e gentileza, assim a ética teria de ser um bem comum e a liberdade individual se harmonizaria com a universal. E essa liberdade ou autonomia no pensamento, viria apenas após a maioridade intelectual ser conquistada, e para isso, indivíduo precisa se desprender da preguiça e da ignorância, ousando na busca ao saber. E isso não significa que o indivíduo  precisa ter diplomas ou anos de estudo, mas sim curiosidade e autodeterminação.

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