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A música Punk No Brasil

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Por:   •  1/10/2013  •  935 Palavras (4 Páginas)  •  344 Visualizações

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Três acordes, uma contagem de 4 números para começar e muito barulho, assim podemos resumir a música punk em si, porém diferentemente da maioria das vertentes do rock clássico, a preocupação do punk rock, não é a melodia, mas sim as letras.

No geral as canções vem carregadas de ideologia, variando de região para região, de banda para banda, porém sempre com um norte bem parecido que é o protesto contra o preconceito, a opressão e o status quo que a sociedade burguesa carrega.

Apesar de o estilo ter nascido nos Estados Unidos, o punk rock ganhou espaço rapidamente entre os estudantes mal remunerados da cidade de São Paulo, era um som rápido, cheio de atitude, que falava sobre a vida e as preocupações juvenis da época, então da chegada ao Brasil em meados de 77, ao surgimento das primeiras bandas (Restos de Nada e AI5) em 79 foi um pequeno espaço de tempo.

“Se o punk é o lixo, a miséria e a violência, então não precisamos importá-lo da Europa, pois já somos a vanguarda do punk em todo mundo” (BUARQUE DE HOLANDA, Francisco)

(Restos de Nada, São Paulo, 1979)

Bandas surgiam todos os dias em todas as partes da grande metropole paulistana e no começo dos anos oitenta (80), já contavam com bandas que hoje em dia são clássicas como Ratos de Porão, Psykoze, Garotos Podres, Inocentes e talvez o maior expoente nesse estilo a banda Cólera.

O aparecimento de tantos grupos foi muito importante, pois, disso nasceu o primeiro grande festival brasileiro desse estilo o “O Começo do Fim do Mundo”. Nesse grande instante de mobilização dos punks brasileiros tivemos a participação de bandas de grande representatividade como Inocentes, Cólera e Ratos de Porão. De fato, esse evento representou a postura “faça você mesmo” que incitou a organização independente de material gráfico, shows, festivais e a gravação de algumas canções.

(Festival, “O COMEÇO DO FIM DO MUNDO, São Paulo, 1982)

Concomitante a isso, surgiu também a coletânea SUB, o primeiro trabalho em estúdio de bandas punks, que traziam algumas canções do CÓLERA, do Ratos de Porão e da já falecida PSYKOZE. Esse disco trazia uma capa vermelha e uma inscrição em preto, era simples, sujo e também gravado da forma mais precária possível, porém foi o grande precursor da discografia de música punk brasileira.

Como em oitenta o Brasil ainda vivia em fase de Ditadura Militar, todos os discos gravados por artistas, tinham que passar pelo crivo dos censores de cultura, inclusive as bandas que estavam começando a gravar naquela época, com isso muitos grupos punks tiveram suas obras flageladas pelos censores e muitas canções foram modificadas para burlar a censura e ir para os discos, porém em apresentações "ao vivo" eram executadas na integra, como por exemplo a música "Papai Noel Filho Da Puta" da banda Garotos Podres, que no disco tornou-se "Papai Noel, Velho Batuta". Inclusive a música Johnny do Garotos Podres, foi a ultima música censurada em território brasileiro, sendo cortada do disco "MAIS PODRES DO QUE NUNCA" no final do ano de 1985.

O punk rock nacional começou a ser reconhecido lá fora quando o CÓLERA, foi para a Europa em 1987, fazer a primeira tour de uma banda brasileira em território europeu, fazendo show em vários países do velho continente.

Também teve grande importância a banda OLHO SECO, que começou a fazer hardcore em terra tupinikins e logo foi reconhecido pelos americanos que passaram a ouvir outras bandas brasileiras por tabela.

De 1977 para o ano vigente, muitas coisas mudaram,

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