As Construções em Madeira

R= São estruturas circulares observadas ao redor da medula, no tronco de algumas árvores. Formados pela diferenciação nas atividades do câmbio vascular, que em determinadas condições (calor e chuva, por exemplo) se encontra de forma ativa, dando origem ao xilema e floema secundários, e em outras condições (frio e seca, por exemplo) encontra-se de forma adormecida, pausando a formação de xilema e floema secundários. Esse gradiente da sua atividade, em função de determinadas condições (muitas vezes climáticas) origina os anéis de crescimento, permitindo a partir deles, analisar diversas características como a idade da planta, o seu processo de desenvolvimento e o padrão das mudanças climáticas em determinado período.

R= Nas madeiras macias (coníferas) cerca de 90% do volume é composto de fibras longitudinais, que são o elemento portante da árvore. Além disso, elas têm a função de conduzir a seiva por tensão superficial e capilaridade através dos canais formados pelas cadeias de células. As fibras das árvores coníferas têm extremidades permeáveis e perfurações laterais que permitem a passagem de líquidos. Algumas coníferas apresentam ainda canais longitudinais, ovalizados, onde são armazenadas resinas. Nas coníferas as células do parênquima são orientadas transversalmente do centro do tronco (medula) para a periferia formando as fibras radiais, denominadas raios medulares.

Nas madeiras duras (dicotiledôneas), as células longitudinais são fechadas nas extremidades; a seiva, então, circula em outras células de grande diâmetro, com extremidades abertas, justapostas, denominadas vasos ou canais. As fibras têm apenas a fundação de elemento. Nas dicotiledôneas o parênquima se distribui transversal e longitudinalmente.

R= A característica que conduz a anisotropia da madeira é a orientação de suas células, principalmente a orientação de suas fibras. A madeira primariamente possui 3 direções, com características físicas diferentes, são elas: longitudinal, radial e tangencial. As direções radial e tangencial (perpendicular as fibras principais) são semelhantes quanto as suas propriedades, porém a direção longitudinal em função do fator de resistência das fibras principais se diferencia bastante das outras.

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R= Quando a madeira é posta a secar, evapora-se a água contida nas células ocas, atingindo-se o ponto de saturação das fibras, no qual as paredes das células ainda estão saturadas, porém a água no seu interior se evaporou. Este ponto corresponde ao grau de umidade de cerca de 30%.

R= As causas dos defeitos da madeira citados no item 1.5 do texto, podem ser organizadas da seguinte forma:

Constituição do tronco: nós, gretas ou ventas, esmoada ou quina morta e fibras reversas, são defeitos que podem ter origem no processo de formação e constituição do tronco;

Processo de serragem: fibras reversas, além das causas naturais também podem ser causadas pelo processo de serragem da peça em plano inadequado;

Processo de secagem: abaulamento, arqueadura e fendas, resultam de um processo inadequado de secagem.

R= Antes de ser utilizada nas construções, a madeira serrada deve passar por um período de secagem para reduzir a umidade. A secagem pode produzir deformações transversais diferenciais nas peças serradas, dependendo da posição original da peça no tronco. Por isso a madeira deve ser utilizada já seca (grau de umidade em equilíbrio com a umidade relativa do ar, evitando-se, assim, danos na estrutura tais como empenamentos e rachas oriundas da secagem.

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