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Brasil Tem 5ª Maior Inflação Do G-20

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Por:   •  13/5/2014  •  Artigo  •  4.898 Palavras (20 Páginas)  •  186 Visualizações

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Brasil tem 5ª maior inflação do G-20

Entre as 20 mais poderosas economias do mundo, o Brasil ostenta hoje a quinta maior inflação medida em 12 meses – 6,09%, conforme divulgou o IBGE nesta sexta-feira. O índice nacional fica atrás apenas dos 25,0% da Argentina; dos 10,8% da Índia; dos 8,6% da Indonésia; e dos 6,4% de África do Sul e Rússia.

O Brasil tem somente a 56ª economia mais competitiva do mundo atualmente, após perder oito posições em ranking divulgado neste ano. Para Carlos Rodofolfo Schneider, coordenador do Movimento Brasil Eficiente, a inflação nacional explica em grande parte o atual momento.

“E o que explica essa inflação são os grandes gastos do governo, que investe pouco”, diz ele.

De acordo com o empresário, a atual política econômica expansionista dos últimos anos mantém nas alturas o custo Brasil – termo empregado para os estraves estruturais, burocráticos e econômicos que encarecem o investimento no País.

Com a inibição do investimento em infraestrutura e logística, diz ele, a produtividade também cai. E, caindo a produtividade, consequentemente, um país não tem como competir de igual para igual com as demais economias.

“Entramos num clico ruim que mina a competitividade nocional”, afirma Schneider. “E a inflação está na ponta desse processo.”

Mas a inflação, por si só, não diz nada. Caso um país consiga crescer com altos índices de preços, ela não pesa tanto assim – diz Samy Dana, professor da Fundação Getulio Vargas. Mas, como lembra, a inflação no Brasil hoje é quase três vezes maior do que o ritmo de crescimento da produção nacional de bens e serviços.

Embora, em geral, o panorama econômico do Brasil – de baixo crescimento e inflação constantemente elevada – seja atribuído pelo governo federal à crise internacional, números bem inferiores são registrados onde estão seus principais focos. Nos Estados Unidos, a alta de preços em 12 meses é de 2,0%; na União Europeia, é de 1,6%.

No entanto, toda a responsabilidade da inflação convertida em baixo investimento não cabe só ao governo. Em apenas dois anos, entre 2010 e 2012, a participação da Formação Bruta de Capital Fixo (bens de capital) e Estoque das empresas caiu de 20,2% para 17,6% no PIB do Brasil. Ao mesmo tempo, o consumo das famílias subiu de 59,3% para 62,3%.

Ou seja, enquanto as empresas investem cada vez menos, as famílias consomem cada vez mais. “O problema não é de consumo elevado, mas de oferta baixa”, diz Dana. “E os problemas de gestão das empresas impedem que esse descompasso diminua.”

O custo Brasil, segundo ele, incentivado pelos gastos do governo, inibe, sim, os investimentos. Mas, por outro lado, a falta de eficiência do empresário também pesa para elevar os preços e diminuir a produtividade. “A gente ainda não está preparado para um mundo competitivo”, diz.

http://blogs.estadao.com.br/radar-economico/2013/09/06/brasil-tem-5a-maior-inflacao-do-g-20/

exemplo de taxa de juros

'Sem ajuste fiscal, taxa de juros vai a dois dígitos'

Ex-ministro defende meta de déficit nominal zero para recuperar a credibilidade da política econômica do governo

O Banco Central (BC) terá de elevar os juros para uma taxa de dois dígitos para combater a inflação, caso o governo não contribua com um ajuste fiscal (redução de gastos públicos), afirmou o ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Antônio Delfim Netto. "Se deixar tudo na mão do BC e se ele for cumprir o seu papel, isso vai gerar uma recessão muito mais profunda do que em qualquer outra condição", disse.

Para Delfim, a presidente Dilma Rousseff deveria buscar o déficit nominal zero (ou seja, uma economia suficiente para pagar todas as despesas do governo, incluindo os juros da dívida), pois um controle rigoroso das contas públicas é fundamental para restaurar a credibilidade da política econômica. Essa estratégia, avalia, contribuiria para reduzir os juros futuros e estimularia os investimentos. A seguir, os principais trechos da entrevista:

Por que o sr. defende uma política fiscal austera e déficit nominal zero?

Porque só a política monetária (taxa de juros) é incapaz de controlar essa inflação. Os juros sozinhos impõem um custo social gigantesco, muito maior que o necessário. Mas o governo está mudando. Ele deixou o dólar flutuar um pouco mais, acabou aceitando a ideia de que precisa de uma política monetária um pouco mais ativa. Falta um complemento fundamental que é uma mudança radical no entendimento da economia brasileira.

Há muitas críticas de economistas que acreditam que o governo vai gerar um superávit primário (economia para pagamento dos juros da dívida pública) menor que 2% do PIB neste ano.

Tem de esquecer o superávit primário. Temos de ir para o déficit nominal zero. O que interessa é o déficit fiscal.

O que ocorreria se a presidente Dilma Rousseff anunciasse agora que vai buscar o déficit nominal zero?

Se ela disser "eu vou buscar o déficit nominal zero nos próximos três anos", o efeito ocorre hoje, pois ela tem credibilidade. E estamos nas vésperas de recuperar a credibilidade. Está na mão dela fazer isso. O governo precisa fazer com que todos os gastos avancem menos que o PIB, sobretudo despesas correntes. Graças aos enormes truques contábeis, ninguém mais acredita em nada. A tal quadrangulação fiscal realizada no fim do ano foi a gota que derrubou a água do copo.

E isso melhoraria o sentimento dos empresários para investir e rebaixaria os juros futuros?

E criaria também um ambiente favorável para as novas concessões públicas, como estradas, aeroportos, ferrovias. A presidente é uma mulher inteligente, preparada e pragmática. Tudo o que ela fez está correto. A forma de fazer você pode discutir. Ela agiu bem na mudança das regras da poupança, na desoneração de impostos federais da folha de pagamento, no acordo do aumento salarial do serviço público. Só que na execução tem muito atrito. Daqui a dois anos tudo isso estará no lugar certo e vai ajudar o crescimento.

A adoção do déficit nominal zero pode ocorrer no curto prazo?

Sim. O mercado tem a percepção de que a situação fiscal no Brasil é uma esculhambação. Há uma crença no mercado, que não é a minha opinião, de que o governo já não sabe mais qual é o déficit público

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