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Crise Híbrida

Por:   •  27/9/2015  •  Dissertação  •  991 Palavras (4 Páginas)  •  347 Visualizações

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Desde os primeiros anos de escolaridade, aprendemos que a água era um bem natural, infinito e renovável, que possivelmente “nunca se findaria”, desenvolvemos consciência que podíamos desfrutar desse bem sem medo, desde que contribuíssemos para sua preservação. Pois bem, o que nossas saudosas professoras não nos contaram (ou não sabiam) é que após poucos anos (20 ou 30), essa noção de “contribuir para sua preservação”, seria o que hoje chamamos de “economia”. Ou como as campanhas publicitárias chamam, de poupar para não faltar. Mas espera... A água não é um bem renovável? O que então deve estar acontecendo? Mais do que fundamentos descabidos, ao longo desses poucos anos não houve um planejamento social efetivo do crescimento populacional, e do exagero na utilização não só da água, mas de diversos outros recursos naturais que também findarão um dia.

Com o incentivo a longo prazo, a expectativa de vida do brasileiro se estendeu de maneira bem significativa, com isso, podemos afirmar que consequentemente ficou “melhor” viver em nosso país, se restringirmos dados estatísticos ao estado de São Paulo, vamos perceber também que houve um grande aumento populacional, devido a migrações locais, e remanejamento ocupacional da grande massa trabalhadora, que deixou os entornos do estado e vieram para os centros urbanos em busca de melhores condições de vida. Isso é fator histórico e inegável, porém acompanhado desse aumento populacional surge também um aumento do custo de vida, mas as possibilidades de insumos governamentais também aumentam... Com isso a população desprende-se da lógica de sobrevivência e deixa-se levar pelo desenfreado incentivo a natalidade nacional, por meio de programas assistenciais e outros intermédios. Claro que não há nenhum interesse em criticar tal situação, até por que esse não é o foco da argumentação, mas precisamos chegar ao ponto que é crucial ao problema: A densidade demográfica do Estado de São Paulo. “De 4,8 milhões em 1960, o número de habitantes da capital pulou para 11,8 milhões em 2013. Isso só a capital mesmo, sem contar as outras cidades da região metropolitana. A urbanização, que aumenta a poluição dos rios e dificulta o acesso à água potável, também entrou na mistura, junto com todos aqueles outros vilões que a gente já conhece: verticalização, impermeabilização do solo, falta de planejamento, sobrecarga do sistema de abastecimento e coleta. A Sabesp estima que, em São Paulo, 25% da água se perca no caminho entre a distribuidora e as torneiras das casas”. (fonte: http://super.abril.com.br/crise-agua/ofundodopoco.shtml).

Com uma população concentrada nos grandes centros urbanos, o uso desenfreado da água foi uma consequência lógica de necessidade, não podemos isentar também os poderes públicos que deveriam prestar serviço de prevenção desta situação. Obviamente devem haver estudos logísticos das redes de água potáveis no Estado, porém qual será a falha deste sistema? Acreditamos ter em mente uma pergunta sem resposta objetiva. Se pararmos para analisar a situação socioeconômica do nosso estado, vamos observar que há um disparate na distribuição e consumo em diversas regiões, como por exemplo: temos os bairros dos Jardins, Butantã e Vila Mariana entre os que possuem maiores médias de consumo entre os meses de Janeiro e Julho do ano passado, enquanto Guaianazes, Américanópolis e Campo Limpo estão entre os menores índices de consumo no mesmo período (fonte: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/as-regioes-que-mais-esbanjam-agua-em-sao-paulo). Podemos perceber que os bairros “elitizados” de nossa cidade são os que mais gastam água! Reforçando que não é de nosso foco criticar pontos socioeconômicos, porém, são dados que são relevantes na organização de uma lógica funcional para desmembrarmos a compreensão de que realmente não houve um planejamento público efetivo na distribuição da água. Afinal a empresa que administra

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