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Crise No Cantareira

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Por:   •  30/9/2014  •  507 Palavras (3 Páginas)  •  238 Visualizações

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Entenda a crise no Cantareira

Sistema de represas em SP passa por seca recorde.

Governo pede economia e descarta racionamento.

Além da captação de água do volume morto desde maio, o governo do estado também começou, em março, a usar água dos sistemas Alto Tietê e Guarapiranga para compensar a queda na produção do sistema Cantareira e tentar evitar o racionamento.

No início de julho, o comitê que acompanha a crise no Cantareira também decidiu que a Sabesp deveria fazer nova redução no volume de água retirada dos reservatórios. A companhia previa usar 20,9 metros cúbicos por segundo em julho, mas o GTAG recomendou à Agencia Nacional de Águas (ANA) e ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) que meta o uso de 19,7 metros cúbicos por segundo durante o mês. Depois disso a situação será reavaliada.

A Sabesp tem o direito de uso dos recursos hídricos do Sistema Cantareira após uma outorga concedida em 2004. No início de julho, a Agência Nacional de Águas prorrogou até 31 de outubro de 2015 a outorga concedida para a companhia, que venceria em agosto.

A Sabesp, empresa de capital misto que atua em serviços de água e esgoto em 364 das 645 cidades paulistas, tem o governo de SP como principal acionista.

O Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema Cantareira também foi criado em fevereiro pela Agência Nacional de Águas e pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE) para estudar formas de lidar com a crise hídrica da região.

A profundidade da crise no Alto Tietê a partir de um cenário bem menos negativo do que o observado no Cantareira nos mostra o esgotamento de determinadas concepções de gestão, marcadas por uma leitura passivizante da cidadania, por uma compreensão privatizante da condução do patrimônio público, por uma práxis alienante, provinciana e eleitoreira do ponto de vista da relação entre administração pública e política. A cada dia, nos aproximamos mais e mais desse ponto do não-retorno, em que se torna inviável o pleno desabastecimento de água para milhões de paulistas. Longe da indignação – e, porque não, do desespero – o que vemos é a indiferença, o cinismo e a produção de factoides governamentais (como a falsa disputa com o Rio de Janeiro pela água). Torcer pela chuva, agora, é muito mais do que otimismo: é ato de fé, de devoção sacrossanta, um esforço metafísico. Não é dessa estratégia de gestão de políticas públicas de que precisamos para superar esta crise tão aguda.

Curiosamente, cabe registrar que cerca de 20% dessa economia, ainda conforme o gráfico acima, teria ocorrido a partir do que a legenda classifica como “avanços”. Em outro slide, abaixo, chegamos ao possível entendimento de que essa categoria se trata da utilização do sistema Rio Claro para abastecer um determinado contingente populacional que, até então, recebia água do Alto Tietê (mais precisamente o bairro da Vila Alpina) – e, antes, do Cantareira. Enquanto isso, o bônus propriamente dito teria sido responsável pela economia absolutamente irrisória de pouco mais de 3% de toda a redução, ou 0,03 m³/s.

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