TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Geografia Bíblica Entre Testamentos

Exames: Geografia Bíblica Entre Testamentos. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/6/2013  •  6.152 Palavras (25 Páginas)  •  592 Visualizações

Página 1 de 25

OS 4OO ANOS ENTRE OS TESTAMENTOS

Entre as profecias de Malaquias e João Batista se estende um período de 400 anos, ou seja, entre as palavras de Malaquias: "Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim: e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais...", e as palavras de João Batista: "E naqueles dias apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus". Neste período há um profundo silêncio divino de 400 anos, sem uma voz profética.

A Bíblia pula do livro de Malaquias para o livro de Mateus. Por que nós que estudamos a Bíblia não podemos fazer o mesmo?

A principal razão para estudar esse período é que os livros do Novo Testamento foram escritos para falar às pessoas que viviam na época em que foram escritos. O fato de falarem a nós é sinal de que são inspirados, mas não uma indicação do seu propósito original.

Vivemos em uma época diferente, em que se pensa diferente da época de composição do Novo Testamento. Se quisermos compreender seu sentido, teremos de mergulhar no mundo do Novo Testamento. Fatos importantes, que deram novas direções ao curso da história, aconteceram na Palestina entre as conquistas de Alexandre (334-323 a.C.) e a destruição de Jerusalém em 135 d.C. Temos que compreender as razões históricas que explicam o fundo histórico do Novo Testamento; entender também as Razões culturais que explicam a origem e desenvolvimento dos costumes,instituições e vida religiosa do povo judaico do período do Novo Testamento; e porque não dizer, entender a razão Messiânica que demonstra como Deus preparou o mundo para o advento.

Além disso, Jesus era um Galileu do primeiro século, um judeu. Para podermos compreender os seus ensinos, temos de tentar ouvi-lo como os galileus do primeiro século o ouviram. Apenas depois de compreender o sentido do Novo Testamento no seu contexto original seremos capazes de interpretá-lo para o nosso tempo.

A PALESTINA DO PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO

O Mundo do NT é muito diferente do AT. As mudanças que ocorreram no decurso de quatro séculos afetaram todas as áreas da vida. Muitas dessas mudanças têm correlação entre si.

MUDANÇAS POLÍTICAS E CULTURAIS

Os romanos agora dominam a Palestina, em vez dos persas.

Agora são o pensamento e a cultura dos gregos (helenismo) que ameaçam desviar o povo de Deus, em vez dos deuses dos cananeus como Baal e Moleque.

MUDANÇAS GEOGRÁFICAS

A Palestina está dividida nas regiões da Judéia, Galiléia e Samaria; no lado oriental do rio Jordão está Peréia e Decápolis. Além disso, passaram a existir comunidades judaicas (algu¬mas de tamanho considerável) em algumas das principais cidades do Império Romano, tendo cada comunidade as suas sinagogas. Essas comunidades são chamadas coletivamente Diáspora ou Dispersão.

1 – MUDANÇAS RELIGIOSAS

PARTIDOS RELIGIOSOS: Os partidos dos fariseus e dos saduceus (bem como os partidos políticos dos zelotes e dos herodianos) não existiam no Antigo Testamento. Funcionários religiosos: Mestres da lei ("escribas") e rabinos (professores) desempenham um papel de importância. Os principais sacerdotes, como um grupo com identidade própria, não se acham no AT.

INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS: O Templo e toda a respectiva área foram transformados, tomando-se por base a estrutura modesta construída pelos judeus que regressaram do exílio na Babilônia, em um complexo magnífico. Além disso, cada cidade agora tem uma sinagoga, um lugar para prestar culto e para estudar a Palavra de Deus.

IDIOMA E ESCRITOS

O idioma comum na Palestina já não é o hebraico, mas o aramaico.

O idioma do comércio e das comunicações em todo o Império Romano é o grego.

Essas mudanças de idioma exigiram traduções da Bíblia hebraica (nosso AT): a Septuaginta, uma tradução para o grego, e os targuns, paráfrases em aramaico.

SÃO QUATRO SÉCULOS DE MUDANÇAS POLÍTICAS

1. O PERÍODO PERSA, 430-332 a.C.

A história do AT termina por volta de 430 a.C., com o profeta Malaquias. Os babilônios, que tinham destruído Jerusalém em 586 a.C., foram conquistados pelos medos e persas. O rei persa, Ciro, permitiu que os judeus regressassem a Jerusalém em 536 a.C. Sob a liderança de Esdras e Neemias, o Templo e os muros da cidade foram reconstruídos. Portanto, no fim do AT, Judá era uma província persa.

Não se sabe muita coisa a respeito da história judaica nesse período somente que o domínio persa foi, na maior parte, brando e tolerante.

2. O PERÍODO GREGO, 331-167 a.C.

Até esse tempo, as grandes potências mundiais tinham estado na Ásia e na África. Mas avultava ameaçador no horizonte ocidental o poder da Grécia, em plena ascensão.

Os primórdios da história da Grécia estão envoltos em mitos. Acredita-se que tiveram início por volta do século XII a.C., a época do livro dos Juízes. A Guerra de Tróia, imortalizada na Ilíada e na Odisséia de Homero, foi travada em torno de 1000 a.C. no tempo de Davi e de Salomão.

O início da história da Grécia propriamente dito geralmente tem sido contado a partir da primeira Olimpíada, em 776 a.C. (poucos anos antes da fundação da cidade de Roma que, segundo a tradição, ocorreu em 753 a.C.). A cultura e a arte grega foram extraordinariamente originais e criativas (ao contrário da arte romana posterior, que era muito mais rústica e imitativa). A cultura grega alcançou o apogeu na cidade de Atenas no século v a.C., a Idade de Ouro da Grécia. A esse período pertenceram os grandes estadistas, filósofos e dramaturgos.

Alexandre, o Grande, era filho do rei Filipe da Macedônia, no norte da Grécia. Em 336 a.C., aos 20 anos de idade, assumiu o comando do exército grego e avançou impetuosamente contra os países que tinham estado sob o domínio do Egito, da Assíria, da Babilônia e da Pérsia. Já em 331 a.C., o mundo inteiro jazia aos seus pés.

Quando Alexandre invadiu a Palestina em 332 a.C., tratou os judeus com grande consideração, poupou Jerusalém e lhes ofereceu incentivos para se estabelecerem em Alexandria, no Egito. Fundou cidades gregas em todos os domínios que conquistou,

...

Baixar como (para membros premium)  txt (38.6 Kb)  
Continuar por mais 24 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com