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Geografia E Hidrografia.

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Por:   •  12/8/2014  •  1.514 Palavras (7 Páginas)  •  509 Visualizações

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Região de contato entre séries geológicas diferentes do proterozoico, compostas de rochas cristalinas, o que dá ao território paisagens diferenciadas. Insere-se na grande unidade geológica conhecida como cráton do São Francisco, referente ao extenso núcleo crustal do centro-leste do Brasil, estável tectonicamente no final do paleoproterozoico e margeando áreas que sofreram regeneração no neoproterozoico.

Predominam as rochas arqueanas integrantes do Complexo Belo Horizonte e sequências supracrustais do período paleoproterozoico. O domínio do Complexo Belo Horizonte integra a unidade geomorfológica denominada Depressão de Belo Horizonte, que representa cerca de 70% do território da capital mineira e tem sua área de maior expressão ao norte da calha do Ribeirão Arrudas. O domínio das sequências metassedimentares tem sua área de ocorrência a sul da calha do Ribeirão Arrudas, constituindo cerca de 30% do território de Belo Horizonte. As características deste domínio são as diversidades litológicas e o relevo acidentado que encontra expressão máxima na Serra do Curral, limite sul do município.

Engloba uma sucessão de camadas de rochas de composição variada, representada por itabiritos, dolomitos, quartzitos, filitos e xistos diversos, de direção geral nordeste-sudeste e mergulho para o sudeste.

As serras de Belo Horizonte são ramificações da Cordilheira do Espinhaço e pertencem ao grupo da Serra do Itacolomi. Contornando o município estão as Serras de Jatobá, José Vieira, Mutuca, Taquaril e Curral. O ponto culminante do município encontra-se na Serra do Curral, atingindo 1.538 metros.

Hidrografia

Localizada na Bacia do São Francisco, Belo Horizonte não é banhada por nenhum grande rio, mas por seu solo passam ribeirões e vários córregos, em sua maioria canalizados. A capital é atendida por duas sub-bacias, do Ribeirão Arrudas e do Ribeirão da Onça, afluentes do Rio das Velhas. As duas sub-bacias estão situadas na região do Alto Velhas e abrangem os municípios de Belo Horizonte e Contagem, que somam uma área de 525,58 km² e localizadas na margem esquerda do Rio das Velhas. Trata-se da região mais urbanizada da bacia, com uma população estimada em 2.776.543 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE de 2000.

Serra do Curral vista de dentro do Parque das Mangabeiras.

O Ribeirão Arrudas, atravessa a cidade de oeste para leste. Mais ao norte, integrando a bacia do Onça corre o Ribeirão Pampulha, represado para formar o reservatório de igual nome, um dos recantos de turismo e lazer da cidade. O Ribeirão Arrudas deságua no município de Sabará e o Ribeirão da Onça no município de Santa Luzia, ambos no Rio das Velhas.

Os ribeirões Arrudas e da Onça são responsáveis pela drenagem da maior parte dos esgotos da Região Metropolitana de Belo Horizonte e sofrem ainda com a diminuição das áreas de drenagem e ocupação desordenada de encostas e fundos de vale, problemas causados pela intensa ocupação das áreas dessas sub-bacias. Logo que esses cursos d’água despejam suas águas no Rio das Velhas, é observada uma acentuada degradação da qualidade do rio.

Macrodrenagem de Belo Horizonte e Bacias Elementares.

O processo de urbanização do município procurou esconder os cursos d'água. A canalização foi uma prática usual e seguia um certo ritual. Inicialmente, os córregos serviam de drenagem dos esgotos e resíduos industriais, o que provocava sua morte biológica. Consequentemente, ele passava a ser foco de vetores e era canalizado. A orientação atual da administração municipal é pela não canalização desses cursos d'água.

Nestes ribeirões, não são encontrados peixes na maior parte de sua extensão. Contanto, em alguns afluentes em melhores condições, como por exemplo nas drenagens do Parque das Mangabeiras, ainda podem ser encontrados lambaris e pequenos cascudos. Na represa da Pampulha, pertencente à sub-bacia do ribeirão da Onça, existem cerca de 20 espécies, algumas delas exóticas, como a tilápia, de origem africana.[40]

A cidade, que se encontra na Bacia do São Francisco, sofre com o abandono da concepção inicial de se fazer o tratamento dos esgotos ou a depuração pelo solo, decidindo-se pelo lançamento das águas sem tratamento prévio em seus córregos e ribeirões. Isto desencadeou um longo processo de poluição.

Os trajetos dos córregos e ribeirões não foram utilizados como referências naturais na composição do traçado da área urbana planejada inicialmente embora estivessem à vista em vários trechos da cidade em seus primeiros anos. Todos eles seriam progressivamente canalizados em seus percursos dentro do perímetro da Avenida do Contorno.

Ao longo desse processo, os córregos, primeiro, foram canalizados a céu aberto, sendo gradativamente cobertos por avenidas sanitárias. Os esgotos seriam despejados nesses cursos d'água sem nenhum tratamento, transformando definitivamente a paisagem e ocultando a natureza debaixo da terra. A visualização da passagem dos córregos pela cidade foi sacrificada, cedendo aos imperativos da necessidade funcional da fluidez e do aumento da largura das ruas para o tráfego de veículos. Surgiram algumas importantes avenidas, como Avenida Silviano Brandão (canalização do córrego da Mata), Avenida Dom Pedro II (canalização do Córrego do Pastinho), Avenida Nossa Senhora do Carmo e Uruguai (canalização do córrego Acaba-Mundo).

Canalização do Ribeirão Arrudas no cruzamento com a Avenida do Contorno, na década de 1920.

O início da ocupação da Região Metropolitana de Belo Horizonte apresentou um padrão urbano bastante precário, que trouxe as marcas do improviso, do inacabado e da carência absoluta, originando um significativo comprometimento imediato do meio ambiente, devido à devastação da cobertura vegetal, à ocupação de várzeas e à poluição, cada vez maior, das bacias do Ribeirão Arrudas e do Ribeirão da Onça.

Como na bacia do Arrudas, observou-se o agravamento das condições sanitárias da bacia do Ribeirão da Onça-Pampulha. Contribuintes do Rio das Velhas, ambas receberam esgotos domésticos e industriais in natura da região urbana de Belo Horizonte, constituindo-se no maior poluidor do Rio das Velhas e, por extensão, da bacia do Rio São Francisco.

Um importante

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