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Geográfia

Por:   •  18/10/2015  •  Abstract  •  1.692 Palavras (7 Páginas)  •  271 Visualizações

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OS DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS BRASILEIROS

A extensão territorial de mais de 8,5 milhões de km² e a localização predominante na zona intertropical levam o Brasil a ter duas características internacionalmente reconhecidas: ser um país com dimensões continentais e abrigar uma das mais ricas biodiversidade do planeta.

Segundo Ab’Sáber, domínio morfoclimático consiste em um conjunto especial de certa ordem de grandeza territorial, onde haja um esquema coerente de feições de relevo, tipos de solo, formas de vegetação e condições climático-hidrológicas.

DOMÍNIO AMAZÔNICO – TERRAS BAIXAS FLORESTADAS EQUATORIAIS

Constitui-se no maior domínio brasileiro, com cerca de 5 milhões de km², e abrange os estados da Região Norte, além de parte do Maro Grosso e Maranhão. Destaca-se pela continuidade de suas florestas, pela grandeza de sua rede hidrográfica e também pelas variações de seus ecossistemas.

        Por causa de sua localização equatorial, que permite forte insolação, e da atuação das massas de ar quentes e úmidas (mEc e mEa), o domínio Amazônico se caracteriza por baixa amplitude térmica e ausência de estações secas. Nesse domínio localiza-se a maior bacia hidrográfica do planeta, com cerca de 6 milhões de km², correspondente aproximadamente 20% de toda água doce do globo.

        Em relação aos solos, no domínio amazônico predominam os latossolos (41%) e os argissolos (33%), tipos de solo pouco arenosos.

        A exuberância dessa vegetação ocorre por causa do equilíbrio estabelecido com o solo. Mas, com o desmatamento, o solo fica exposto, e o processo erosivo pode destruir a camada superficial de matéria orgânica decomposta, tornando-o, ao longo do tempo, impróprio para o desenvolvimento vegetal.

        De acordo com a proximidade dos cursos de água, a floresta equatorial amazônica, também conhecida como hileia, pode se dividida em: mata de igapó, mata de várzea, campinarana e mata de terra firme.  

        Atualmente, o equilíbrio do domínio Amazônico corre um grande risco, por causa da intensificação do desmatamento e das queimadas, que visam atender a expansão dos projetos agropecuários na região. Em relação á ocupação e ao uso do espaço Amazônico, no total, são cerca de 20 milhões de habitantes e uma densidade demográfica média de 3 pessoas po km².

CERRADO – CHAPADÕES TROPICAIS INTERIORES COM ERRADOS E FORESTAS-GALERIAS

        O Cerrado predomina na parte central do território brasileiro e constitui o segundo maior domínio morfoclimático do Brasil, com cerca de 2 milhões de km². Em virtude de sua localização, esse domínio apresenta clima predominantemente tropical, com verões úmidos e invernos secos, médias anuais de temperaturas que variam de 22 ºC a 23 ºC, mas com amplitudes térmicas anuais elevadas. As precipitações apresentam médias anuais entre 1 200 e 1 800 milímetros.

        Marcada predominantemente pelo planalto Central, relevo plano e ondulado, onde predominam as chapadas e os chapadões, essa região apresenta altitudes que variam de 300 a 1100 metros e formações que constituem um divisor de águas.

        Os solos do Cerrado são geralmente, muito porosos e permeáveis, facilitando a drenagem. Por predominarem basicamente os latossolos, bastante ácidos e com poucos nutrientes, há necessidade de correção para propiciar o desenvolvimento agrícola.

        A vegetação desse domínio é de formação tropical e composta basicamente de plantas herbáceas e arbóreas, que apresentam, geralmente,  raízes profundas e em grande quantidade, adaptadas para buscar água em lençóis subterrâneos De acordo com as suas características a vegetação do cerrado pode ser dividida em vários grupos: Cerrado, Cerradão, Campos e Matas de galerias ou de encostas.

        Existem ainda outros tipos de vegetação no domínio, como os buritizais, as veredas e os campos úmidos.

MARES DE MORROS – ÁREAS MAMELONARESTROPICAOS ATRÂNTICAS FLORESTADAS

        Com cerca de 650 km², esse domínio, também conhecido como Mata Atlântica, estende-se ao longo do Brasil tropical atlântico. Sua distribuição marca todo o litoral oriental brasileiro, da costa do Rio grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Em São Paulo, esse domínio, o mais diversificado do país, penetra o interior.

        Esse domínio caracteriza-se por climas tropical úmido, tropical de altitude e subtropical úmido e apresenta precipitações que variam de 1 100 e 1 800 milímetros. A Amplitude térmica varia, podendo ser elevada na parte sul, onde predomina o clima subtropical úmido, e menos na porção nordeste desse domínio.

        Seu relevo planáltico apresenta características mamelonares, com formações predominantemente de morros convexos arredondados, que sofreram intensa decomposição de suas rochas.

        A hidrografia densa, formada de rios perenes e alimentada pelo alto índice pluviométrico, é responsável por abastecer cerca de 70% da população do país, que esta concentrada na região de domínio da Mata Atlântica.

        Quanto à vegetação, esse domínio é marcado pelas florestas tropicais úmidas, compostas de plantas latifoliadas e perenes, de formação densa e heterogênea.

        A Mata Atlântica, como é comumente chamada, apresenta um dos maiores índices de biodiversidade do planeta, com centenas de espécies endêmicas. Algumas instituições propõem iniciativas com o objetivo de conter o desmatamento.

  • Zona litorânea

O litoral brasileiro apresenta mais de 9 mil quilômetros de extensão considerando todas as suas reentrâncias. Nele ocorrem diversas formações vegetais, genericamente chamadas de vegetações litorâneas, sendo que muitas vezes essas informações se associam à Mata Atlântica. Entre eles podemos destacar os banhados, os manguezais e as matas de restinga.

CAATINGA – DEPRESSÕES INTERMONTANAS E INTERPLANÁLTICAS SEMIÁRIDAS

        Esse domínio, com cerca de 850 km²n abrange a região denominada “Polígono das Secas” no Nordeste brasileiro.

        Com um clima tropical quente e seco ou semiárido, esse domínio se caracteriza por apresentar temperaturas médias entre 25 ºC e 29 ºC e médias pluviométricas anuais entre 260 e 800milímetros.

        O relevo é marcado pelas depressões interplanálticas por causa da presença de serras, chapadas, planaltos e depressões.

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