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Introdução e concepção sobre a população

Por:   •  16/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.760 Palavras (8 Páginas)  •  399 Visualizações

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CURSO: Licenciatura em Geografia

Componente Curricular:

Geografia da População

Data: 07/07/2016

Docente:

Bruno Silveira

8º Semestre

Discente:

Leila Diane Teixeira Gomes dos Santos

DAMIANI, Amélia. População e Geografia. São Paulo: Contexto, 2009.

Texto: Capitulo I e II – Introdução e Concepções sobre população

  • “A Geografia, hoje, não se contenta mais com leitura do espaço como invólucro de conteúdos indiferentes, que tardiamente a preenchem”. (p.7)
  • “A população constitui a base e o sujeito de toda a atividade humana.” (p.8)
  • “A rigor, os limites entre essas formas de conhecimento são, difíceis de discernir. É possível enxergar mais de uma virtualidade numa mesma obra.” (p.10)
  • “Voltar a teorias ou reflexões sobre população, como as de Malthus e os neomalthusianos, e as de Marx e seus seguidores como críticos dos primeiros, não significa esgotar as leituras de população existentes; nem que se começou a pensar em população a partir do século XVIII, através de Malthus.” (p.11).
  • “Essa era se inicia com a separação de grandes massas humanas dos meios de subsistência e produção, lançadas ao mercado na qualidade de trabalhadores livres. Esse processo tem sua expressão clássica na Inglaterra, exatamente, onde se produz o pensamento de Malthus.” (p.12).
  • “[...] Mas de um processo de expropriação violento iniciado no século XV, que privou da terra os camponeses livres, assumiu várias formas, e durou séculos. Esse processo é chamado por Karl Marx de acumulação originária, ponto de partida da acumulação capitalista, já que a relação do capital pressupõe a separação entre trabalhadores e a propriedade sobre as condições de realização do trabalho.” (p.12).
  • “No momento em que Malthus escrevia final do século XVIII e início do século XIX, vivia-se, na Inglaterra, o desenvolvimento da grande maquinaria, substituindo a manufatura; alguns o denominam de industrialismo.” (p.12)
  • “[...] Esse sistema revolucionou a vida de milhares de trabalhadores, expulsando-os de seus empregos; o trabalho do homem adulto em determinadas fases produtivas foi substituído pelo trabalho da criança e da mulher; e, deslocado para novos ramos de produção.” (p.12).
  • “Malthus traz para o interior de sua leitura da população s discussão do pauperismo. É preciso verificar em termos: se cria um véu que o esconde, ou interpretação que o desvenda.” (p.13)
  • “Segundo ele, a Europa apresentava diversas dificuldades: menor quantidade de espaços cultiváveis e solos férteis (a produção em solos menos férteis aumentaria os custos de produção), e, especialmente, uma tendência à concentração de investimentos produtivos na manufatura, deixando terras sem cultivar” (p.14).
  • “Não estaria Malthus fugindo ou subestimando as relações sócias e econômicas, particulares ao momento histórico que viveu, como fonte explicativa da pobreza, refugiando-se, como princípio motor de sua teoria, numa relação numérica abstrata? Neste caso, ele não estaria colaborando para perpetuar essa pobreza? Muitos o consideram o ideólogo da economia burguesa; em outros termos, seu defensor e legitimador.” (p.15)
  • “O desenvolvimento da indústria impediu o desenvolvimento da produção agrícola? Hoje, não se produz infinitas vezes mais do que em sua época, como proporcionalmente menos quantidade de trabalhadores agrícolas.” (p.15).
  • “Malthus não só está vivo através do pensamento neomalthusiano do século XX - que recuperou seus ensinamentos, avançando em novas direções ou vulgarizando-os, como orientou a construção da demografia, ao conferir importância sócio – econômica aos problemas populacionais.” (p.16).
  • “A sobrepopulação ou população excedente em Marx não é o resultado da desproporção entre o crescimento da população e dos meios de subsistência. Entre outros termos, a produção de uma superpopulação absoluta.” (p.16).
  • “Para Marx, o pobre não é somente aquele privado de recursos, mas aquele incapaz de se aproprias dos meios de subsistência, por meio do trabalho.” (p.16).
  • “A superpopulação é relativa e não está ligada diretamente ao crescimento absoluto da população mas aos termos históricos do progresso da produção social, de como se desenvolve e reproduz o capital.” (p.17).
  • “O capital cresce, em outras palavras, dá se a acumulação de capital Cresce, porque se ampliam os antigos negócios (alguns podem ser extintos) e surgem novos ramos produtivos.” (p.18).
  • “O trabalhador desocupado, ou semi-ocupado, isto é, ocupado em atividades intermitentes, irregulares, de baixíssimos salários, transforma-se numa pressão viva para rebaixar ou manter baixos os salários daqueles efetivamente ocupados: já que, estes últimos, podem ser substituídos pelo primeiro.” (p.18).
  • “Este trabalhador adulto, diante da concorrência, seria pressionado a aceitar formas de exploração de seu trabalho, extensa ou intensivamente ainda mais lesivas. Quanto maior a jornada de trabalho, de um trabalhador em particular, menos trabalhadores novos serão empregados, Isso abrevia a vida do trabalhador, por seu desgaste acelerado.” (p.19)
  • “Portanto, além de do incremento dos meios de produção, também as formas de exploração do trabalho expulsam trabalhadores do mercado, produzindo uma população miserável, excedente.” (p.19)
  • “Compliquemos ainda mais a situação: o ciclo produtivo de qualquer indústria, isto é, os períodos em que produz mais ou menos mercadorias, os períodos de produção acelerada e da crise, não seguem o mesmo ritmo do crescimento natural da população. São muito curtos. E nesses intervalos, ora absorve, ora expulsa trabalhadores.” (p.19).
  • “O malthusianismo e o neomalthusianismo (identificado como o pensamento malthusiano, que se estabelece após a Segunda Guerra Mundial, e é voltado à leitura do crescimento populacional nos países ditos subdesenvolvidos e seu reflexo mundial), embora não preservem integralmente Malthus, no sentido de não o seguirem à risca, atualizando-se sempre em relação aos novos problemas sociais e econômicos colocados historicamente, equivalem a um entendimento desses problemas, a partir da comparação entre a quantidade de população (seu crescimento natural) e as possibilidades de abastecimento e recursos vitais de um território.” (p.20).
  • “Na verdade, data da década de 20, na Europa, a teoria do ótimo de população. Sensível a diferentes ritmos de crescimentos da população, e preocupada com o decréscimo agudo da natalidade em países europeus, essa teoria se preocupava em considerar a quantidade ótima de população, para determinado grau de ciência, técnica e recursos disponível, o que asseguraria o mais alto nível de renda por habitante.” (p.20 – 21).
  • “O malthusianismo ou neomalthusianismo é, a nosso ver, uma ideologia. Uma ideologia que se traduz em estratégias políticas reais e relativamente eficazes.” (p.21).
  • “De qualquer forma, definir o neomalthusianismo, como ideologia, não significa que ele seja uma representação da realidade alheia ou puramente ilusória, mentirosa.” (p.22).
  • “Em muitos casos, o malthusianismo aparece explicito e confesso – como na Liga Malthusiana, uma entre as inúmeras organizações do gênero existentes nos Estados Unidos, voltadas aos estudos e políticas de população – ou diluído em discursos, que sequer tem consciência de sua origem.” (p.23).
  • “A fome era medida pela relação entre a quantidade absoluta de bens uteis disponíveis, e o número de homens.” (p.23).
  • “Apesar de muitos considerarem que os programas de desenvolvimento dos países de Terceiro Mundo teriam um efeito redutor da natalidade, admite-se, que quase por unanimidade, a necessidade de políticas de controle de natalidade.” (p.24)
  • “O modelo de família que, sub-reptícia ou claramente, é veiculado pelos meios de comunicação é o da família nuclear, que tem um ou dois filhos,” (p.25)
  • “Para além das variações detectadas, o fundamental é examinar os compromissos que envolvem esses componentes. Eles podem ser traduzidos em fórmulas, codificados em quantidades, mas é preciso situá-los no interior de sua relação com outros fenômenos sociais, que podem explica-los, constituindo o que poderíamos chamar de suas causas determinantes ou condicionantes sociais.” (p.28).
  • “O índice de mortalidade geral equivale à relação entre o número de óbitos em determinado ano e a população total neste ano; multiplica-se   resultado por mil, para evitar excesso de decimais.” (p.30).
  • “Contudo, se examinarmos país por pais, mesmo nos remetermos a variações regionais, locais, sociais, obteremos taxas de mortalidade que vão desde 24 por 1000 na Etiópia, até 6 por 1000 na Albânia.” (p.30).
  • “[...] Embora com reservas, esse indicador seria sensível aos padrões de vida da população, Portanto, revelaria, com sua queda, melhoras nesse padrão, no começo da industrialização, pelo menos por algum tempo.” (p.31).
  • “A esse respeito, Paul Singer detecta o aumento da mortalidade infantil como expressão direta da redução dos salários, a partir da década de 60, em muitas cidades industriais do Brasil, A mortalidade infantil expressaria a superexploração do trabalhador.” (p.31).
  • “Ao arrolar os principais fatores da redução da mortalidade no mundo, cujas taxas, nos primórdios do século XIX, estavam acima de 40 por mil habitantes, aparecem fatores socioeconômicos, os fatores sanitários e os progressos da medicina.” (p.32).
  • “Os progressos da medicina datam de meados do século XIX em diante, com a introdução da noção de assepsia e a descoberta de anestésicos. No final no século XIX, destacam-se os bactericidas e a imunologia, citando entre outros, os trabalhos de Pasteur. A pesquisa em quimioterapia, iniciada na década de 1930, avança até nossos dias.” (p.32).
  • “O índice de natalidade equivale ao número de nascimentos num dado ano, multiplicado por 1000 e dividido pela produção total no ano e local considerados:” (p.35).
  • “A fecundidade, em princípio, sofreria a variação da idade de casamento, que, por sua vez, sofre a influência de fatores culturais (religiosos), econômicos (como crise econômica e atraso da idade de matrimônio), e políticos (como a política demográfica da China, que penalizava casais com mais um filho.” (p.36).
  • “É preciso, no entanto, considerar o domínio da natureza pelo homem (antigamente e hoje) o que relativiza o impacto dos números. E mais, discutir os termos da ideologia produtivista, que permeou o crescimento econômico no mundo.” (p.36)
  • “A uma explicação de cunho especialmente motivacional, em que um estilo urbano-industrial devida levaria à redução da fecundidade, pelo seu caráter individual e racional, foi sendo acrescentada uma explicação mais substantiva do processo de desenvolvimento, dando maior relevância a fatores sócias e econômicos”. (p.37).
  • “Do ponto de vista da teoria da transição demográfica, datada de 1929, as várias etapas de desenvolvimento das sociedades corresponderiam a diferentes padrões de relacionamento entre mortalidade e natalidade, sendo que, com a consolidação da industrialização, seria reduzida a fecundidade.” (p.37).
  • “Já Paul Singer relaciona a fecundidade, enquanto fecundidade diferencial, às estratégias de sobrevivência e reprodução das várias camadas sociais, Para ele, a reprodução de grande maioria de assalariados está em função da quantidade de salário real que lhe é designada.” (p.38).
  • “Do ponto de vista das camadas burguesas, a repartição da herança, e o controle dos negócios definiriam os termos de sua produção.” (p.38).
  • “O importante a considerar é que além de motivações de um melhor padrão de consumo, outras razões sócio-econômicas, também explicariam o tamanho da prole. Seria preciso estudar a perda de funções da família no mundo moderno e tendências contrapostas a esse processo, para aprofundar a análise.” (p.38).
  • “Consideramos que a família, ainda a esse respeito, aparece como uma instituição mediadora de necessidades objetivas, inclusive, como reprodutora da estrutura do poder vigente.” (p. 39)

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