Londres

A arte de rua já virou uma das atrações turísticas de Londres, com grafites tão elaborados que ganham até moldura. A galeria de arte a céu aberto tem atraído muitos turistas para a cidade. Como nem sempre é fácil encontrá-las, se multiplicam os passeios turísticos que, com a orientação de guias, ajudam o visitante a descobrir as principais obras e seus significados.

Na capital britânica, a arte está em todo o lugar, mas muita gente passa e não vê ou não se dá conta de que aquilo que já foi maldito, perseguido pela polícia e pelas autoridades, hoje é considerado talento legítimo. Em 2010, o primeiro ministro David Cameron deu de presente ao presidente Barack Obama um quadro de Ben Eine, famoso em Londres por pintar gigantescas letras multicoloridas nos muros e paredes da cidade.

O comerciante Hussein conta que um pintor pediu para usar a parede de um prédio seu como tela. Ele só impôs uma condição: não poderia ter mensagens de violência ou de ódio religioso. "É ótimo porque atrai muitos visitantes", conta.

O pintor, Harley, diz que fez uma homenagem a uma instituição de caridade e ficou feliz que o dono do prédio tenha aceitado: “Eu não ganho nada, ele não ganha nada e todo mundo pode ver essa obra".

O mais conhecido artista de rua de Londres, Banksy, se recusa a mostrar o rosto. Ele já lançou um livro em que aparece pintando um muro, mas com uma máscara. Esta semana, um quadro dele foi leiloado nos Estados Unidos por mais de R$ 1,5 milhão. Obras de Banksy são reproduzidas por toda a parte, como em camisetas, vendidas como lembranças de Londres.

A arte de rua se uniu à tecnologia e hoje existem vários aplicativos para celular, que mostram onde encontrar as obras mais famosas. É só seguir o caminho para encontrá-las.

O próprio Banksy fez uma crítica aos que apenas sujam os muros das cidades: "Todo artista está disposto a se sacrificar por sua obra, mas nem todos fazem o sacrifício de aprender a desenhar". Os que decoram as ruas de Londres provam que aprenderam bem.

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