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Período Arqueano

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Por:   •  23/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.612 Palavras (7 Páginas)  •  221 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O Eon Arqueano se estendendeu por 1,5 bilhões de anos e está subdividida em quatro eras: Neoarqueano (2,5 a 2,8 bilhões anos atrás), Mesoarqueano (2,8 a 3,2 bilhões anos atrás), Paleoarqueano (3,2 a 3,6 bilhões ano atrás), e Eoarqueano (3,6 a 4,00 bilhões anos atrás).

No início do Arqueano, a atmosfera era muito diferente do que nós respiramos hoje, naquela época, era provavelmente uma atmosfera redutora de metano, amônia, vapor de água e outros gases que seriam tóxicos para a maioria da vida em nosso planeta hoje. A temperatura era uniforme, provavelmente, reflexo da presença de grandes quantidades de gases de efeito estufa.

A crosta da Terra esfriou o suficiente para que as rochas e placas continentais começassem a se formar. Porém, no início do Arqueano o fluxo de calor na Terra era quase três vezes maior do que é hoje. Esse calor adicional era o resultado de uma combinação de calor remanescente da acreção planetária, do calor do jovem núcleo da terra e o calor produzido por radioatividade dos elementos. A atividade tectônica da Terra era muito intensa, resultando em uma taxa muito rápida de reciclagem de material crostal. Isso pode ter impedido a formação da crosta e dos continentes até o manto resfriar e a abrandar as correntes de convecção.

Acredita-se que a atmosfera arqueana era praticamente desprovida de oxigênio, porém havia a presença de água em estado líquido, o que é evidenciado por alguns gnaisses produzidos por metamorfismo de protolitos sedimentares. No final do Arqueano as placas tectônicas já poderiam ter sido semelhantes ao da Terra moderna, pois há bacias sedimentares bem preservadas, evidência de arcos vulcânicos, fendas e colisões de placas continentais e abrangência generalizada eventos orogênicos sugerindo a formação e destruição de um e talvez várias supercontinentes nesse tempo. São conhecidas profundas bacias oceânicas formada no Arqueano.

O vapor de água era abundante e os primeiros oceanos já tinham se formado. Não se sabe ao certo quando, mas em um dado momento, um conjunto complexo de reações químicas nestes primeiros oceanos transformou moléculas contendo carbono em formas de vida simples e unicelulares. As evidências científicas sugerem que a vida começou na Terra, a pelo menos a 3,5 bilhões de anos atrás. Algumas dessas evidências são grafite supostamente biogênicos com idade entre 3,7 a 3,8 bilhões de anos encontrados em rochas metassedimentares descobertos na Groenlândia Ocidental e estromatólitos fósseis descoberto na Austrália Ocidental com 3,48 bilhões de anos. No Arqueano a vida se resumia a micro-organismo como cianobactérias, eubacteria e erchaea.

A vida provavelmente existiu em todo o Arqueano, mas pode ter sido limitada aos procariontes, organismos simples unicelulares não nucleados. Não são conhecidos eucarióticas, embora possam ter evoluído durante o Arqueano, sem deixar fósseis. Os estromatólitos sãos as evidências mais importantes deixados por esses microorganismos. Toda a vida de hoje é descendente desses organismos simples. Neste Éon os primeiros organismos fotossintetizantes evoluíram e começaram a produzir oxigênio livre, que foi lançado na atmosfera e nos oceanos.

Esse fenômeno ocorreu graças às ações das cianobactérias, fundamentais na criação desse oxigênio. Este processo iria mudar drasticamente a vida na Terra durante o Éon seguinte, o Proterozóico.

I. Era Neoarqueano: 2,50 a 2,80 bilhões de anos atrás

Os estromatólitos proliferam e se diversificam e os primeiros microorganismos colonizam a terra. Passa a predominar uma outra modalidade de fotossíntese, a produtora de oxigênio, que consome não de sulfureto de hidrogénio, mas de água, molécula muito mais abundante na natureza. Como subproduto, os organismos passaram a libertar oxigênio na atmosfera. As atuais cianobactérias pertencem a este grupo de micro-organismos. Como isso ocorre progressivamente um aumento nos níveis de oxigênio na atmosfera de modo a provocar um episódio conhecido como “A catástrofe de oxigênio” que ocorreu no final do Paleoproterozóico.

A progressiva libertação de oxigênio na atmosfera provocou alterações brutais nas condições de vida. Esse elemento é, para os organismos anaeróbios, um tóxico poderoso, um gás corrosivo. É provável que o seu efeito não tenha feito se sentir de imediato, pois o meio, sendo redutor, continha diversos elementos capazes de fixar o oxigênio, como os sais de ferro, que se encontravam em estado ferroso (Fe++) nos mares primitivos. Quando se esgotou a capacidade de fixação do oxigênio, este pôde acumular-se na atmosfera, subindo o seu teor de 0,001% para cerca de 21%. A atmosfera transformou-se, assim, de redutora em oxidante, há cerca de 1,8 bilhões de anos.

O supercontinente Kenorland é formado no início deste período, a cerca de 2,7 bilhões de anos atrás.

II. Era Mesoarqueano: 2,80 a 3,20 bilhões de anos atrás

Na escala de tempo geológico, o Mesoarqueano é a era do éon Arqueano que está compreendida entre 3 bilhões e 200 milhões e 2 bilhões e 800 milhões de anos atrás, aproximadamente. Como outras eras do seu éon, não se subdivide em períodos.

Vaalbara é o nome do primeiro supercontinente teorizado na Terra. Foi um supercontinente completo há 3,100 milhões de anos atrás. Vaalbara começou a se formar possivelmente há 3,600 milhões de anos e começou a se separar há 2,800 milhões. O antigo supercontinente consistia a noroeste da Austrália Ocidental. O supercontinente Vaalbara começou a se partir no final desta era.

Fósseis encontrados na Austrália indicam que os estromatólitos, que são rochas produzidas por bactérias no fundo de mares rasos, até se tornar um recife proliferavam na terra desde esse período.

III. Era Paleoarqueano: 3,20 a 3,60 bilhões de anos atrás

Apesar de acreditarem que a vida tenha surgido antes, no Eoarqueano, os mais antigos e inequívocos fósseis são datam do Palaeoarqueano e são representados por fósseis de microrganismos encontrados no noroeste da Austrália Ocidental em formações de Apex Chert e Strelley Pool Chert no Supergrupo Pilbara.

Acredita-se que o primeiro supercontinente da terra se formou nessa Era, o Vaalbara, que possivelmente iniciou sua formação a cerca de 3,6 bilhões de anos e completou a cerca de 2,5 bilhões de anos atrás. O nome Vaalbara é derivado do cráton sul africano, Kaapvaal e do cráton Pilbara, localizado no do oeste

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