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Prinicipais fatos históricos do desenvolvimento da meteorologia

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Por:   •  12/10/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.742 Palavras (11 Páginas)  •  731 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Meteorologia é a ciência que estuda a atmosfera e seus fenômenos. O nome tem origem em uma obra escrita por Aristóteles c. 340 a.C., Meteorica, que reunia o conhecimento da época sobre clima e tempo. A palavra meteorologia deriva do grego “metéoros” e significa “suspenso no céu”.

Os estudos no campo da meteorologia foram iniciados há mais de dois milênios, mas apenas a partir do século XVII a meteorologia progrediu significativamente. No século seguinte, o desenvolvimento da meteorologia ganhou um ímpeto ainda mais significativo com o desenvolvimento de redes de intercâmbio de dados em vários países. Com a maior eficiência na observação da atmosfera e uma mais rápida troca de dados meteorológicos, as primeiras previsões numéricas do tempo tornaram-se possíveis com o desenvolvimento de modelos meteorológicos no início do século XX.

O desenvolvimento científico da meteorologia ocorreu a partir do século 16, com o surgi¬mento de equipamentos de medição como o ter¬mômetro (temperatura) e o barômetro (pressão do ar). A transmissão de informações meteoroló¬gicas foi facilitada com a invenção do telégrafo, no século 19. Na metade do século, com o fim da Segunda Guerra Mundial, radares milita¬res passaram a ser utilizados para medições me-teorológicas, e novos computadores permitiram análise e previsão mais precisas. O primeiro satélite meteorológico bem-sucedido foi o TIROS-1, lançado em abril de 1960, que re¬gistrava e transmitia imagens feitas por duas câ¬meras. Ele foi o primeiro do programa Satélite de Observação Televisivo Infravermelho (Television Infrared Observation Satellites) da NASA. Atualmente, através dos avanços na área de computação e Internet tornou-se mais rápido e mais eficaz o processamento e o intercâmbio de dados meteorológicos, proporcionando assim um maior entendimento dos eventos meteorológicos e suas variáveis e, conseqüentemente, tornou-se possível uma maior precisão na previsão do tempo.

O foco de estudo da meteorologia é a investigação dos fenômenos observáveis relacionados com a atmosfera. Os eventos atmosféricos que são observáveis somente em um amplo período de tempo são o foco de estudo da climatologia. Os fenômenos meteorológicos estão relacionados com variáveis que existem na atmosfera, que são principalmente a temperatura, a pressão atmosférica e a umidade do ar, suas relações e as suas variações com o passar do tempo.

As aplicações da meteorologia são bastante amplas. O planejamento da agricultura é dependente da meteorologia. A política energética de um país dependente de sua bacia hidrográfica também pode depender das previsões do tempo. Estratégias militares e a construção civil também dependem da meteorologia, e a previsão do tempo influencia o cotidiano de toda a sociedade.

PRINICIPAIS FATOS HISTÓRICOS DO DESENVOLVIMENTO DA METEOROLOGIA

Os povos antigos já praticavam a meteorologia através da observação dos astros. Por meio do movimento do Sol, das estrelas e dos planetas, os antigos egípcios podiam prever as estações e as cheias do rio Nilo, tão essenciais para a sobrevivência do povo egípcio. Entretanto, a história da meteorologia pode ser traçada a partir da Grécia Antiga. Aristóteles é considerado o pai da meteorologia, e em 350 a.C., escreveu o livro “meteorológica”, onde descreve com razoável precisão o que nós conhecemos atualmente como o ciclo da água, e esboçou que o planeta é dividido em cinco zonas climáticas: a região tórrida em torno do equador, duas zonas frígidas nos pólos e duas zonas temperadas.

No século IX, o naturalista curdo Al-Dinawari escreve o Livro das Plantas, onde descreve o céu, os planetas, as constelações, o Sol e a Lua, as fases lunares e destacou as estações secas e úmidas. Também detalhou fenômenos meteorológicos, como o vento, tempestades, raios, neves, enchentes, vales, rios, lagos, poços e outras fontes de água.

Em 1021, o árabe Alhazen escreveu sobre a refração atmosférica da luz e mostrou que a refração atmosférica da luz solar acontece apenas quando o disco solar está a 18° ou menos abaixo da linha do horizonte. Com base nisto, Alhazen, utilizando também recursos complexos de geometria, concluiu que a altura da atmosfera terrestre deveria ser de aproximadamente 79 km, o que é bastante razoável com os resultados atuais. No século XIII, o alemão Alberto Magno foi o primeiro a propor que cada gota de chuva tinha a forma de uma pequena esfera, e que esta forma significa que o arco-íris é produzido pela luz que interage com cada gotícula de chuva. O filósofo inglês Roger Bacon foi o primeiro a calcular o tamanho angular do arco-íris e afirmou que o topo do arco-íris não pode se erigir mais do que 42° acima do horizonte. No final do século XIII e início do século XIV, o alemão Teodorico de Freiberg e o persa Kamal al-Din al-Farisi continuaram o trabalho de Alhazen, e foram os primeiros a dar as explicações coerentes para o fenômeno do arco-íris.

Em 1441, o filho do rei coreano Sejong, o príncipe Munjong, inventou o primeiro pluviômetro padronizado. Vários pluviômetros foram enviados em todo o território dominado pela dinastia Joseon como uma ferramenta oficial para o recolhimento de impostos, com base no potencial de colheita que uma área fértil poderia oferecer.

Em 1714, o alemão Gabriel Fahrenheit cria uma escala confiável para medir a temperatura com um termômetro de mercúrio. A chegada do telégrafo elétrico em 1837 permitiu, pela primeira vez, um método prático para a rápida coleta de dados meteorológicos de superfície de uma grande área. Tais dados poderiam ser usados para produzir mapas atmosféricos de superfície e estudar como a atmosfera evolui ao longo do tempo. Para fazer sucessivas previsões meteorológicas com base nesses dados, seria

necessária uma rede confiável de observação atmosférica, mas isso não foi possível até 1849, quando o Smithsonian Institute começou a estabelecer uma rede de observação nos Estados Unidos sob a liderança de Joseph Henry.

Em 1904, o cientista norueguês Vilhelm Bjerknes foi o primeiro a argumentar em seu artigo A Previsão do Tempo como um Problema de Mecânica e de Física que a previsão do tempo deveria ser possível a partir de cálculos baseados em leis naturais. Mas apenas no final do século XX que os avanços na compreensão da física atmosférica levaram à fundação da previsão numérica do tempo. A partir de 1950, tornaram-se viáveis as previsões numéricas por meio de computadores. As primeiras previsões do tempo derivadas de operações computacionais usaram modelos barotrópicos, ou seja, usavam apenas a variáveis

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