Solos de Guarapuava

As CC foram executadas nas laterais das estradas, em locais que necessitavam corte em barrancos, com dimensões mínimas de 2,00 X 2,00 X 3,00 m com remoção média de 12,00 m³ de solo por caixa (BATTISTELLI et al, 2004).

Nos locais com maior declividade as caixas foram construídas em maior quantidade. No total foram 57 trechos selecionados para manutenção das estradas e implantação das caixas.

Em uma avaliação realizada em 2008 (área piloto na bacia hidrográfica do Rio Guabiroba), onde se iniciaram os primeiros trabalhos referentes às caixas, em um trecho de 4,2 km foram registradas 83 caixas, sendo que desse total 25 (30%) caixas encontravam-se ativas (Figura 9. B) e 58 (70%) estavam inativas (Figura 9. C e D).

Em relação ao volume das caixas no trecho mensurado na bacia do Rio Guabiroba em 2008 (Tabela 7) verificou-se grande variabilidade, contudo a área de contribuição (escoamento-sedimento) tendeu a ser menos variável (média de 118,22 m2) (Tabela 8). As caixas ativas (como a caixa 5, Tabela 7 por exemplo) tendem a ter um maior volume, o que de certo modo indica o padrão inicial das caixas quando todas eram ativas. No entanto, as caixas inativas (como as caixas 1 e 3, Tabela 7 por exemplo), têm menor volume, indicando que estão deterioradas, com desmoronamento lateral aumentando sua área, porém diminuiu a profundidade, devido ao assoreamento do próprio barranco desmoronado.

A densidade média foi de 20 caixas/km no trecho mensurado, enquanto que a largura média da estrada foi de 4,59±0,71 m (Tabela 8). Considerando a distância do trecho mesurado (4,2 km), estimou-se em torno de 1,93 ha de superfície exposta (solo nu) susceptível ao escoamento superficial e à produção de sedimento. As caixas possuem dimensões mínimas de 2,00 X 2,00 X 3,00 m com capacidade de 12,00 m³ de solo por caixa, estima-se que o total de solo removido neste trecho para implantação das caixas foi de um total de 996,00 m³.

Em 2010, outra avaliação foi realizada no mesmo trecho mensurado em 2008 e constatou-se que, do total de 83 caixas, 17 (20%) estavam ativas e 66 (80%) caixas estavam inativas, ou seja, houve uma deterioração, em dois anos, de 10% do total de caixas mensuradas. Esta comparação do total de caixas deterioradas neste período pode ser mais bem visualizada na Figura 10. A e B.

Em outro trecho mensurado em 2010, com 3,5 km na BHRP, registrou-se 25 caixas e deste total 7 estavam ativas e 18 inativas. A densidade média de caixas neste trecho foi de 7 caixas/km, enquanto que a largura média da estrada foi de 5,29 ±1,08 m (Tabela 9). Considerando a distância do trecho mesurado (3,5 km), estimou-se em torno de 1,75 ha de superfície exposta (solo nu) susceptível ao escoamento superficial e à produção de sedimento. Portanto, estima-se que o total de solo removido neste trecho para implantação das caixas foi de 300,00 m³.

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