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Trabalho Unopar

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Por:   •  11/10/2013  •  1.912 Palavras (8 Páginas)  •  316 Visualizações

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EXPANSÃO URBANA E CONSEQÜENTES RISCOS AMIBIENTAIS NA CIDADE DE PORTO NACIONAL

PORTO NACIONAL, 2012

JOSÉ LUIZ PAIXÃO

MARLENE CUSTÓDIO LISBOA

RICARDO FRANÇA GOMES

SELMA RIBEIRO DA SILVA

SÔNIA MARIA XAVIER MASCARENHAS

WANDER AKURTIO COELHO DOS REIS

WEDSON CARLOS DA ROCHA SILVA

EXPANSÃO URBANA E CONSEQÜENTES RISCOS AMIBIENTAIS NA CIDADE DE PORTO NACIONAL

Trabalho apresentado nas disciplinas: Saúde e Meio Ambiente – Planejamento urbano ambiental – Planejamento agroflorestal e meio ambiente – Estatística e meio ambiente

Orientadores: Willian, Thiago, Luciana, Kenia

INTRODUÇÃO

O crescimento urbano é um fenômeno que pode ser considerado ‘natural’ pelo dinamismo que o crescimento econômico e social tomou nos últimos anos, principalmente nos países capitalistas, que têm como um dos principais objetivos a necessidade de mercado, logo de mão-de-obra e campo para desenvolver-se. É importante enfatizar que as cidades não são todas iguais, cada uma tem seu modo de crescimento de acordo com o seu potencial econômico, podendo ele ser industrial, comercial, bancário ou cultural. Essa diferenciação faz surgir a hierarquia, que é um sistema integrado de cidades grandes, médias e pequenas: é a chamada rede urbana ou sistema urbano. Nesse sistema hierárquico, as metrópoles, que são cidades que possuem população superior a um milhão de habitantes, desenvolvem um papel fundamental, pois mesmo existirem em número restrito no Brasil, elas são responsáveis por controlar grande parte dos recursos de determinadas regiões. Exemplos de metrópoles brasileiras são: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Brasília. As cidades médias e pequenas, que existem em grande número no país, sendo as cidades médias, as que possuem população estimada entre 50 mil e 500 mil habitantes e as cidades pequenas com população inferior a 50 mil habitantes também têm papel fundamental no crescimento sócio-econômico das regiões mais descentralizadas do Brasil e formam a base ou a escala hierarquicamente mais baixa da rede urbana.

DESENVOLVIMENTO

Com o desenvolvimento da rede urbana, muitos fatores que estão ligados diretamente a ela a acompanham nesse processo. Fatores positivos como o aumento da renda per capita, crescimento econômico, social e ambiental são participantes do processo da formação da rede urbana ou sistema urbano. Mas há também os males causados pelo crescimento das zonas urbanas. Esses aspectos negativos são proporcionalmente iguais aos tamanhos das cidades. Em pequenas e médias cidades é possível notar a pobreza gerada pela desigualdade social e pela má distribuição de renda, até mesmo por essas cidades terem uma economia ainda muito dependente das grandes cidades e das metrópoles. Já em grandes cidades, as conseqüências do crescimento urbano são bem mais visíveis. As favelas que se formam em áreas de risco como morros, ou áreas mais afastadas do centro das cidades são exemplos evidentes. Em grandes cidades também é possível ver a existência de grande quantidade de moradores de rua, e outros aglomerados de usuários de drogas nas chamadas “cracolândias”. A violência também é produto do desenvolvimento, tanto que nota-se que as maiores cidades têm as maiores taxas de homicídios entre as cidades brasileiras, analisando as médias por cidade.

Há também o fator meio ambiente, que sofre bruscas interferências nas áreas urbanas. O crescimento das cidades representa também a ocupação de áreas que antes eram inabitadas, ou seja, eram áreas de mata virgem e natureza preservada. Muito se discute atualmente sobre o desenvolvimento sustentável, que é um conjunto de soluções que buscam diminuir os impactos sobre a natureza aliado ao crescimento sócio-econômico de forma justa e igualitária. Apesar de ser muito enfatizado nos debates e muito divulgado nas mídias, esse desenvolvimento sustentável não tem a atenção pública voltada para ele de forma satisfatória deixando assim, uma relação desequilibrada entre o crescimento urbano e a preservação do meio ambiente.

A falta de um projeto baseado no desenvolvimento sustentável de um local urbano de grande ascensão pode provocar grandes prejuízos com o decorrer do tempo, prejudicando o meio e os habitantes do local, de forma direta ou indireta.

Em Porto Nacional, que é uma cidade estrategicamente situada ao centro do Estado do Tocantins e fica às margens do Rio Tocantins que, após a construção da Usina Hidrelétrica do Lajeado, teve sua formação transformada em um imenso lago, pode-se observar as mudanças causadas pelo crescimento urbano ao longo do tempo, sendo essas mudanças também no aspecto ambiental da cidade. Dentre essas mudanças ocorridas com o passar do tempo, a formação do lago da usina foi, de fato, a que mais causou impactos à cidade. Com o aumento do nível da água, muitos moradores da zona rural e da zona urbana tiveram que desocupar suas casas e chácaras, inclusive a população do antigo povoado do Pinheirópolis, que se situava à margem esquerda do rio, e teve que se estabelecer em novo local após a inundação, hoje chamado de Nova Pinheirópolis.

Muitos moradores que viviam da agricultura familiar à beira do rio tiveram que abandonar suas propriedades e mudar para a cidade, mas ficaram sem ter uma fonte de renda que pudesse manter os gastos familiares. Essa mudança fez com que alguns habitantes fossem morar em locais sem nenhum tipo de saneamento, além de se encontrarem expostas à violência urbana e outros males conseqüentes da dificuldade que enfrentavam. Os prejuízos à fauna e à flora também foram impactantes. Muitas espécies de peixes deixaram de existir, pois devido às mudanças na água, como a temperatura, algumas espécies se adaptaram melhor às novas condições e se estabeleceram sobre espécies mais frágeis, provocando um posterior desequilíbrio na cadeia alimentar do local. A flora também teve modificações, pois muitas espécies nativas foram submersas, muitas árvores que forneciam alimentos para os animais também desapareceram, e outras plantas

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