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Trabalho de erosão do solo

Tese: Trabalho de erosão do solo. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  6/11/2014  •  Tese  •  1.618 Palavras (7 Páginas)  •  341 Visualizações

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Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Geografia – FAENG

Fernanda Laura F. Vicente

Natália da Costa S. Barbosa

Trabalho 03 de Erosão dos Solos

Campo Grande, MS, 2014

O solo é uma coleção de corpos naturais, constituídos por partes sólidas, líquidas e gasosas, tridimensionais, dinâmicos, formados por materiais minerais e orgânicos, contendo matéria viva e ocupando a maior porção do manto superficial das extensões continentais do planeta.

O território brasileiro se caracteriza por uma grande diversidade de tipos de solos, correspondendo, diretamente, à intensidade de interação das diferentes formas e tipos de relevo, clima, material de origem, vegetação e organismos associados, os quais, por sua vez, condicionam diferentes processos formadores dos solos. A esta diversidade, deve-se a natureza de nosso país, suas potencialidades e limitações de uso e, em grande parte, às diferenças regionais no que se refere às diversas formas de ocupação, uso e desenvolvimento do território.

A região Centro-Oeste, vasta superfície aplainada pelos processos erosivos naturais, é caracterizada pelo Planalto Central Brasileiro. A predominância de um clima tropical quente com veranicos acentuados é característica da região, destacando-se grandes extensões de solos profundos, bem drenados, de baixa fertilidade natural que são facilmente corrigidos pela adubação e calagem, porém com características físicas favoráveis, além das condições topográficas que permitem intensa mecanização agrícola das lavouras.

A fisiografia e o clima quente e subúmido, a vegetação predominante de cerrados e de matas ao longo dos cursos d’água ocupando chapadas e chapadões, dão ao Centro-Oeste uma fisionomia típica, estendendo-se por uma área total de 1.879.455km2. A pecuária constituiu a atividade tradicional mais importante durante décadas na região, provavelmente devido ao seu isolamento até a transferência da capital do país do Rio de Janeiro para o Planalto Central Brasileiro, nos idos de 1960.

A ocupação do novo espaço, abertura de áreas para agropecuária, pesquisas direcionadas, melhor conhecimento do ambiente físico com o aumento de investimentos na região, construção de rodovias e a grande mobilização de empresas agrícolas do Sul e do Sudeste do país contribuíram para mostrar outra realidade. Dentre as mudanças mais significativas ocorridas, destaca-se a expansão da agricultura nas áreas de cerrados, em sua maior parte constituídas de grandes extensões de Latossolos de texturas variando de média a muito argilosa, em relevos altamente favoráveis à mecanização, de excelentes propriedades físicas e de fertilidade facilmente corrigida pela adubação e calagem.

Com este potencial agrícola indiscutível, abriu-se uma nova fronteira para a produção de soja, milho, trigo, arroz, feijão, café, algodão e outras culturas climaticamente adaptadas, superando a importância da pecuária na região. De acordo com o Delineamento Macroagroecológico do Brasil (Embrapa, 1992), o Centro-Oeste apresenta 31% de suas terras indicadas para preservação permanente, 3% para extrativismo e 66% para lavouras de ciclo curto e longo. Portanto, o potencial para pecuária é considerado nulo segundo os critérios do zoneamento agroecológico. Não obstante, consideráveis áreas são ocupadas com pastagens plantadas e naturais, revelando uma distorção de uso da terra, principalmente pelo avanço de pastagens sobre áreas indicadas para preservação. Se não são essas áreas de preservação invadidas, aquelas com vocações mais intensivas, atualmente se encontram em estado de subutilização com pastagens de má qualidade.

Tipos de solos

Os Latossolos dominam nas paisagens do Centro-Oeste. Distribuem-se em aproximadamente 35% da região, ocupando áreas aplainadas, geralmente sob vegetação de cerrado, de textura variando de média a muito argilosa, fertilidade baixa a média e elevado potencial agrícola (Carvalho Filho et al., 1991). Devido à sua média suscetibilidade à erosão, pois a fração areia é dominada por minerais altamente resistentes ao intemperismo, atualmente tem-se implantado sistemas de manejo adotando o cultivo mínimo e o plantio direto; técnicas amplamente difundidas e incentivadas por associações de produtores regionais (Freitas, 2001). Existem variados tipos de Latossolos, que se diferenciam, dentre vários outros atributos, pela sua cor, fertilidade natural, teor de óxidos de ferro e textura.

Outros solos comuns são os Argissolos, formam uma classe bastante heterogênea e que tem um aumento substancial no teor de argila em profundidade. Geralmente ocupando relevos mais dissecados, sua fertilidade é variada e a mineralogia predominantemente caulinítica, apresentam considerável potencial agrícola. Distribuem-se em aproximadamente 20% da região Centro-Oeste.

Luvissolos compreendem solos com elevada fertilidade natural, dotados de argilas com alta capacidade de retenção de íons trocáveis (argila de atividade alta) e saturação por bases também alta, moderadamente ácidos a ligeiramente alcalinos, com teores de alumínio extraível baixos ou nulos e incativo de atividade alta de argila. Característicos de clima seco em temperaturas altas e baixas.

Neosolos são constituídos por miterial mineral ou orgânico pouco espesso. Diferenciam-se em grande parte pelo seu material de origem e paisagem, como depósitos sedimentares. Existem quatro tipos:

1. Os Neossolos Quartzarênicos têm expressiva ocorrência na região centro oeste. São amplamente distribuídos nas regiões Norte, Oeste, Centro e Sudeste do estado de Mato Grosso, Centro e Norte do Mato Grosso do Sul e Nordeste de Goiás, englobando aproximadamente 15% da superfície do Centro-Oeste brasileiro. Apresentam severas limitações ao uso agrícola, seja pela textura muito arenosa, fertilidade muito baixa, ausência de minerais primários alteráveis ou ainda devido ao alumínio em níveis de toxicidade, baixa capacidade de retenção de

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