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Trabalho Sobre Solo Cimento

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Por:   •  28/11/2014  •  1.971 Palavras (8 Páginas)  •  595 Visualizações

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ALUNO: Cristiane Dias Flores

CURSO: Edificações

TURMA: 412N2

PROFESSOR: João

SOLO CIMENTO

O solo-cimento é um material alternativo de baixo custo, obtido pela mistura de solo, água e um pouco de cimento. A massa compactada endurece com o tempo, em poucos dias ganha consistência e durabilidade suficientes para diversas aplicações na construção civil, indo de paredes e pisos até muros de arrimo.

O solo-cimento é uma evolução de técnicas de construção do passado, como o adobe e a taipa. A vantagem é que os aglomerantes naturais, de características variáveis e instáveis, foram substituídas pelo cimento, produto industrializado e de qualidade controlada.

O solo-cimento está por aí há décadas, mas seu uso ainda é bem restrito. Com isto, florestas inteiras são devastadas para produzir tijolos cerâmicos que, além de tudo, são mais caros. Conheça as características do solo-cimento e procure utilizá-lo, a natureza agradece (e seu bolso também).

Muito se tem falado em sustentabilidade, de suas premissas e também de sua necessidade imediata. Mas pouco se fala nas soluções, além das óbvias reciclagens de água e economia de energia, que deveriam ser preocupação de qualquer cidadão.

As autoridades só se preocupam com o barateamento da construção popular, para produzir mais habitações com menos verba, e logo pensam em economizar nas paredes e materiais de acabamento, mas parece que o solo-cimento vem sendo negligenciado, não entendemos muito bem porque.

O solo cimento é uma mistura composta por terra, cimento e água.

E pode ser utilizado em vários tipos de construções, mais comum na construção de casas populares. A terra ideal para a mistura deve ser arenosa contendo entre 70% a 80% de areia.

O tijolo deste material é feito pela prensa, manual ou automatizada, dessa mistura. Após a prensa ele passa pela cura e secagem, não sendo necessária sua queima.

O tijolo de solo-cimento também é conhecido como tijolo modular ou ecológico. Ecológico pela expressiva redução do consumo de energia, já que não é necessária a queima do tijolo.

Além disso, esse sistema de fabricação é muitas vezes viabilizado para programas habitacionais ou mutirões, como por administração direta. Fato que demonstra a transferência de tecnologia pela fácil assimilação dos operários, dos equipamentos e também da mão-de-obra já familiarizada com o sistema construtivo de alvenaria.

Modos de utilização

Na construção civil, o solo-cimento pode ser usado de quatro maneiras diferentes: em tijolos ou blocos, nos pisos e contra pisos, em paredes maciças e também ensacado. Vejamos:

Tijolos ou blocos -- São produzidos manualmente ou em pequenas prensas, dispensando a queima em fornos. Eles só precisam ser umedecidos para se tornar muito resistentes e com excelente aspecto.

Paredes maciças – Técnica similar à taipa de pilão usada no período colonial. A a massa é compactada diretamente na forma montada no próprio local da parede, em camadas sucessivas, no sentido vertical, formando painéis inteiriços sem juntas horizontais.

Pavimentos -- O solo-cimento também é compactado no local, com o auxílio de formas, mas em uma única camada. No final, o piso fica constituído por placas maciças, totalmente apoiadas no chão.

Ensacado – A mistura de solo-cimento, em formato de uma “farofa úmica”, é colocada em sacos que funcionam como formas. Os sacos têm a boca costurada, depois são colocados na posição de uso, onde são imediatamente compactados, um a um. O resultado é similar à construção de muros de arrimo com matacões, isto é, como grandes blocos de pedra.

A tabela a seguir mostra os diversos tipos de obra que podem ser feitas com solo-cimento:

APLICAÇÕES DO SOLO-CIMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Benfeitoria Aplicação

Edificações Fundação. Baldrame, sapata corrida ou parede maciça apoiada diretamente sobre o solo

Alvenaria, com tijolos e blocos ou então em paredes maciças

Piso e contra piso, pavimentação

Paisagismo Piso e contra piso de passeios e calçadas

Pátios e terreiros

Pavimentação Base e sub-base de ruas e estradas

Contenção de encostas Muro de arrimo com solo-cimento ensacado

Contenção de córregos Revestimento dos taludes e canais com solo-cimento ensacado ou em parede maciça

Pequenas barragens Dique com solo-cimento ensacado

Cabeceiras de pontes, pontilhões, bocas de galerias Muro de arrimo com solo-cimento ensacado

Mistura solo-cimento: A melhor opção e de solo arenoso com 70/80% de areia + 30/20% de solo argiloso ou 30/20 % deste solo, misturado em 70% de areia, e qualquer uma das misturas de 12 a 15% de cimento.

Quando este tipo de solo não for encontrado, pode-se fazer uma correção granulométrica no solo encontrado (70% de areia e 30% de silte e argila), misturando uniformemente e peneirados, obtendo-se o mesmo resultado.

Nas misturas usuais, as quantidades variam na faixa de 12 a 15 partes de cimento para 100 partes de solo seco, em massa, o que corresponde, em média, à proporção cimento: solo. Desta maneira, é facilmente notada a importância que a escolha de um solo adequado representa para a produção de um solo-cimento com qualidade.

Na obtenção do solo, para grande volume de obras, a dosagem do cimento deve ser determinada em laboratório, atendendo não só a qualidade final, mas também à economia, pois um traço exageradamente rico em cimento poderia comprometer a construção.

Escolhido o material e determinada a dosagem (traço), o construtor prepara a mistura de forma semelhante a que se faz para outras argamassas.

Quando o volume de obras é pequeno, existem testes para a avaliação das características granulométricas de um solo. Alguns deles são feitos, como o Teste da garrafa e o da Retração do solo.

Preparo

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