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Uma análise do mercado de trabalho na região capital de São Paulo

Seminário: Uma análise do mercado de trabalho na região capital de São Paulo. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/10/2014  •  Seminário  •  842 Palavras (4 Páginas)  •  272 Visualizações

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spectos dos efeitos diferenciados da reestruturação produtiva sobre o emprego por sexo e a inserção dos componentes da família no mercado de trabalho

As análises sobre o mercado de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo na primeira metade dos anos 90 evidenciam que o processo de reestruturação produtiva intensificado a partir de 1990 tem afetado com mais ênfase os postos de trabalho masculinos. Brandão e Montagner (1996) mostram, para o período, acentuada queda na taxa de ocupação masculina, ao mesmo tempo em que se mantêm as taxas de ocupação feminina.

A crescente participação da mulher no mercado de trabalho no Brasil — fenômeno relevante para se estudar as transformações na família e na relação família-trabalho — é uma tendência desde o final dos anos 70 e que se vem acentuando nas décadas de 80 e 90, apesar de as duas últimas décadas caracterizarem-se por baixas taxas de crescimento econômico, embora com alguns períodos de recuperação.15 Tal fenômeno insere-se em um tendência internacional manifesta tanto em países desenvolvidos como nos países da América Latina desde a década de 70 e que se tem mantido crescente quer nos períodos de recessão, quer nos de expansão da economia (Posthuma e Lombardi, 1997).16 ambém a tendência observada na RMSP de crescimento da taxa de participação feminina simultaneamente à queda da taxa de participação masculina é comum a outros países tanto da América Latina como da Europa nas últimas décadas, mais especialmente nos anos 90 (Posthuma e Lombardi, 1997; Hirata, 1997; Abramo, 1997; González de la Rocha, 1997). "Nota-se uma diferença entre a natureza da participação dos homens e das mulheres na maioria dos países do mundo: a taxa feminina da força de trabalho aumentou tanto durante períodos de prosperidade como nos de recessão, enquanto a participação masculina tem decrescido." (Posthuma e Lombardi, 1997).

Na análise das curvas de evolução das taxas de participação e de ocupação das pessoas em idade ativa da RMSP, Brandão e Montagner (1996) explicitam que a queda nas taxas de ocupação ocorrida a partir de 1990 é resultado, principalmente, da redução das oportunidades de trabalho para os homens. As autoras enfatizam que embora, a partir de 1991, tenha crescido para ambos os sexos a parcela das pessoas em idade ativa desempregadas, são distintos os determinantes básicos desse crescimento: o desemprego masculino é explicado pela menor disponibilidade de postos de trabalho na região e o crescimento do desemprego feminino, pela maior oferta de mão-de-obra.

Ambas as tendências verificadas no mercado de trabalho no decorrer da reestruturação das atividades econômicas na Região Metropolitana de São Paulo — redução do emprego masculino e preservação do emprego feminino — guardam relação com a divisão sexual do trabalho. Como já mencionado anteriormente, existe uma "sexualização" das ocupações, ou seja, existem funções e setores de atividade que concentram diferencialmente homens e mulheres (Bruschini, 1994). A divisão sexual do trabalho opera tanto na família como no mercado de trabalho através de conteúdos históricos e culturais. Dessa maneira, são os conceitos da divisão sexual do trabalho e das relações de gênero que possibilitam explicar os modos diferenciados de inserção de homens e mulheres

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