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A Constituição Da Rede Urbana Brasileira

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Por:   •  27/3/2014  •  718 Palavras (3 Páginas)  •  811 Visualizações

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A CONSTITUIÇÃO DA REDE URBANA

O primeiro surto de urbanização ocorreu no século XVIII, com o ciclo da mineração. A atividade mineradora contribuiu para esse processo por vários motivos: provocou a transferência da capital da Colônia (de Salvador para o Rio de Janeiro – 1763) e o deslocamento do eixo produtivo do Nordeste açucareiro para o Sudeste aurífero, originando inúmeras vilas e cidades (Vila Rica, Mariana, São João del Rei, Diamantina, Cuiabá e outras) e promovendo a interiorização do crescimento econômico do País.

O processo de urbanização é um fenômeno muito recente na história do homem e, no entanto, já tem adquirido grandes proporções na escala mundial. No final do século XIX, a população considerada urbana correspondia a apenas 1,7% da população total. Nos anos 50, esse percentual cresceu para 21%, e posteriormente aumentou para 25% em 1960, 37,4% em 1970 e cerca de 41,5% em 1980. Em 1990, atinge 51%.

No Brasil, o processo de urbanização começou após a 2a Guerra Mundial, mas, até 1960, ainda era um país predominantemente agrícola, com uma taxa de urbanização de 44,7%.

No Brasil, o processo de urbanização começou após a 2a Guerra Mundial, mas, até 1960, ainda era um país predominantemente agrícola, com uma taxa de urbanização de 44,7%.

Após o golpe militar de 1964, o país criou condições de uma rápida integração com um movimento de internacionalização para investir intensamente no campo e modernizá-lo, tendo como finalidade atender a um mercado consumidor interno em expansão e a uma demanda externa.

Diante dessa reestruturação no campo, ocorreu a expulsão de um intenso contingente de trabalhadores rurais, e foram as grandes cidades as acolhedoras desse fluxo, vistas como lugares que ofereciam melhores condições de vida, com maior acesso à saúde, educação e empregos, implicando o esvaziamento do campo e de pequenos centros.

Toda essa reestruturação que ocorreu no campo e na cidade foi a base para a instalação de um novo meio geográfico, caracterizado pela informação, tecnologia e ciência.

Esse novo meio geográfico se distingue por duas características no país: Grande desenvolvimento na configuração territorial, em que o homem cria sistemas de engenharia que superpõem à natureza, a fim de criar condições de trabalho, próprias de cada época;

Intenso desenvolvimento da produção material, agrícola e industrial, em que as mudanças que são estabelecidas nesses setores acarretam também alterações nas formas de circulação e distribuição e, consequentemente, sobre o consumo.

Nesse período, a urbanização ganhou novo impulso e o espaço do homem, tanto nas cidades como no campo, foi tornando-se um espaço instrumentalizado, aculturado, tecnológico, cada vez mais trabalhado segundo os ditos da ciência.

Diante disso, a rede urbana tornava-se cada vez mais diferenciada e complexa, pois cada cidade e seu campo passavam a responder por relações específicas, próprias a sua realidade socioeconômica e, dessa forma, percebemos que toda a reestruturação socioespacial e econômica pela qual o território tem passado além do processo de urbanização, contribuíram para que houvesse uma extrema diferenciação entre os tipos urbanos e sua hierarquia de tamanho e funções.

No Brasil, o desenvolvimento da produção, circulação,

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