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A Crise Do Feudalismo

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Por:   •  25/8/2013  •  689 Palavras (3 Páginas)  •  522 Visualizações

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A CRISE DO FEUDALISMO

Entre os séculos X e XV, ocorreram uma série de transformações na Europa que contribuíram para a crise do Feudalismo, o qual foi um tipo de organização política, econômica e social. Caracterizada pelo feudo como unidade de produção cujo domínio pertencia ao senhor feudal ao qual os servos ofereciam sua força e trabalho para ter direito a terra. Dentre estas transformações, podemos destacar o renascimento comercial e urbano, a formação das monarquias nacionais, a guerra do cem anos, a peste negra e as revoltas camponesas.

O crescimento demográfico, observado na Europa a partir do século X, modificou o modelo de auto sustentação dos feudos. Entre os séculos XI e XIII a população europeia teve demasiado crescimento. O aumento das populações ocasionou o crescimento das lavouras e a dinamização das atividades comerciais. No entanto, essas transformações não foram suficientes para suprir a necessidade alimentícia daquela época. Esse estado de coisas arrastou consigo a queda dos rendimentos senhorias que por sua vez, ocasionou uma onda bélica sem precedentes, já que os cavaleiros tentavam reconstituir pelo saque suas furtunas.

Em relação ao trabalho servil, o aparecimento da renda em dinheiro na economia feudal foi o elemento o qual precipitou a crise, além disso, o mesmo pode ser chamado de motor da evolução da sociedade feudal para uma organização capitalista de produção, baseada, sobretudo na superexploração feudal e na luta de classes dos camponeses como responsáveis pela desagregação do feudalismo “clássico”.

As guerras, fome, doenças e epidemias fizeram com que houvesse uma diminuição da população europeia. Consequente o número de servos trabalhando nos feudos diminuiu, a falta de mão-de-obra reforçou a rigidez nas relações entre os servos e seus senhores, os quais criavam novas obrigações que reforçassem o vínculo dos camponeses com a terra. Estes responderam ao aumento de suas obrigações de várias maneiras: uns simplesmente fugiram dos feudos ao passo que outros se uniram em uma onda de violentos protestos, acontecidos ao longo do século XIV. Na França, estes protestos geraram revoltas conhecidas como jacqueries e estas se espalharam pela Europa. Entre 1323 e 1328, os camponeses da região de Flandres organizaram uma grande revolta, na qual o povo de Gand revoltou contra o seu senhor, o conde de Flandres que era pai da duquesa de Borgonha. Marcharam em grande número para Bruges, tomaram a cidade, depuseram o conde, roubaram e mataram todos os seus oficiais e procederam da mesma maneira em relação a todas as outras cidades flamengas que caíram em suas mãos; no ano de 1358 uma nova revolta explodiu na França; e, em 1381, outra se deu início na Inglaterra.

O sistema agrícola feudal era incapaz de fornecer alimento para toda a população europeia. Além disso, fatores climáticos, queimadas e guerras provocaram uma grande crise no campo. O rápido crescimento das cidades medievais, como vimos, trouxe uma série de problemas sociais e urbanos, devido à falta de higiene e ausência de sistema de esgoto. Entre 1340 e 1350, estes problemas se agravaram no momento em que a Peste Negra se tornou uma das mais graves epidemias a atingir a população da Europa. Transmitida por ratos, a Peste Negra – ou Peste Bubônica – foi trazida por um navio italiano de Veneza que vinha

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