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A Guerra Civil Espanhola

Por:   •  20/1/2017  •  Resenha  •  1.497 Palavras (6 Páginas)  •  321 Visualizações

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Livro A Guerra Civil Espanhola

Referência: SALVADÓ, Francisco J. Romero. A Guerra Civil Espanhola. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

Autor: Vinícius Luís Brum                Cadeira: Guerra Civil Espanhola

Ao longo do primeiro, em especial do subcapítulo inicial, o Autor traz uma análise histórica dos motivos que embasaram a Guerra Civil, entre os quais destaca-se: o fanatismo religioso. O fanatismo e nacionalismo marcaram a transição do período Feudal ao Capitalista, com violentos conflitos. E, ainda, a violência fomentou a polarização política e radicalismo extremo, que perduraram durante o período da guerra.

Posteriormente, inicia-se uma análise da Espanha Pré-Guerra Civil, século XIX, com a perda de territórios. Em meio ao clima de derrota, os intelectuais espanhóis, conhecidos como a geração de 1898, criam os caminhos rumo a Modernidade para Espanha, o Democrata ou o Autoritário.

Em que pese a modernidade política da Espanha, no fim do século XIX, um conservador, Antonio Castillo, cria um governo muito parecido com o período do “Café com Leite” no Brasil, onde monarquistas, liberais e conservadores, se revezam no poder, durante muito tempo. A fralde eleitoral foi a forma encontrada para a manutenção do rei no trono.

Entretanto, além da corrupção, como, por exemplo: o poder quase absoluto do rei, que detinha o poder de fechar o parlamento e controle sobre as forças armadas; as próprias forças armadas tinham a função de manter a ordem interna, tendo em vista a ótica elitista de que o inimigo era interno, e, o maior de todos os apoios, a Igreja.

Assim, a Espanha abandona o Feudalismo. Mas, o pior estava por vir, os grandes fazendeiros feudais, converteram as propriedades cedidas pelo governo, em propriedades privadas. Uma espécie de golpe, haja vista que os direitos ancestrais de terras não foram respeitados. Como resultado, corre uma baixa na produção agrícola, que passa a ser insuficiente para abastecer o crescente centro urbano. Nesta seara,  o crescimento industrial da Espanha desaparece como um todo, o que, via de regra, impossibilitou a compra de produtos manufaturados.

Já, durante o século XX, a desigualdade reina. É visível a piora nas condições de vida, ficando ainda pior ao Sul. Norte e Leste, por serem regiões ricas em minérios e empresas manufatureiras, são as mais desenvolvidas. A Castelha, embora muito pobre, era a segunda região em termos de desenvolvimento. O que possibilitou um pouco de desenvolvimento nessa região, foi de que os conflitos não eram tão intensos com em outras áreas. No Sul a situação era um caos total, pobreza e injustiça por todo lado. O agravante era a Igreja, que legitimava a pobreza, depois do golpe na distribuição de terras. Com as propriedades na mão de poucos, os trabalhadores rurais eram explorados, ficavam sempre na dependência de um grande produtor, o que acabou gerando uma pobreza extrema.

Entre o século XVIII e XIX, frente à situação desesperadora, surgem novos movimentos socais, dentre eles o Anarquista e o Marxista. Com o surgimento desses movimentos, nasce uma união entre o proletariado nacionalmente, que toma força nos movimentos grevista e revolta gerais dos trabalhadores.

A Catalunha e o País Basco, também despertam ao chamado nacionalista. Bascos defendiam uma superioridade racial, e pregavam como inimigos a industrialização e a imigração espanhola. Já, o nacionalismo catalão, foi marcado por uma sede de poder, já que seus principais defensores eram industriais burgueses que perderam seus mercados coloniais. Revezavam entre duras criticas ao regime e o apoio, para estar no centro do poder.

Outro problema da Espanha era o exército, pois era composto por muitos oficiais, o que acabavam sobrecarregando a máquina estatal, em virtude dos altos salários. O sentimento anti-separatista, patriótico e pró-clerical por parte do Alto Exército, em relação à Catalunha e País Basco principalmente, aproximou o Exército da Monarquia, tornando-o intocável às críticas ou qualquer tipo de afronta, sob pena de ser julgado e vitimado pela lei das Forças Armadas, que após a Semana Trágica, teve uma pequena representação do que seria a luta contra a Coroa e seus aliados nos anos vindouros.

Com o início da Primeira Grande Guerra Mundial, a Espanha volta a se partir entre pró e antimonarquistas, embora a posição mais neutra nesse confronto. Os setores antimonarquistas se identificavam mais com a Entente, enquanto que os setores pró monarquistas eram mais adeptos aos Impérios que constituíam a Tríplice Aliança. A guerra, também, acentua substancialmente as desigualdades sociais, que já eram enormes, seguida da drástica queda nas importações e significativo aumento das exportações, o que desencadeou uma hiperinflação e, por consequência, a fome.

Após os episódios do “Verão Quente”, ficou clara a dependência do governo em relação ao Exército para se manter no poder. Entretanto, após o término da guerra, os empregos gerados por ela, foram cortados, gerando imensas e sucessivas greves, onde despontava principalmente a figura da Anarco-sindicalista CNT, que depois da greve de 1918, conquistou significativos avanços para a classe proletária perante o governo. Em resposta aos avanços trabalhistas dentro da indústria, burguesia, grupos paramilitares e Exército selam uma união cujo objetivo era acabar com as greves, manter a ordem estabelecida e assassinar os principais líderes anarco sindicalistas. A violência gerada pelo ódio entre classes tomou proporções nunca vistas.

Com um golpe militar, Rivera toma o lugar do rei, que deixa seu cargo sem mais delongas. A elite espanhola acaba se regojizando com tal fato, já que a “ditadura”, em um tempo de crescimento dos movimentos revolucionários, afirmava os “direitos” de exploração da elite já perpetuados e também gerava uma guinada na indústria espanhola na década de 20. Entretanto, após efêmeros anos de governo, as pessoas que apoiaram Rivera o destituíram, por não apoiarem e por ele não ter sido dinâmico em suas medidas como um todo. Sozinho e doente, morre em Paris, mas deixa como legado a deterioração perante o povo da Monarquia, que em eleições gerais, têm sua morte decretada, e a Segunda República é fundada.

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