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A Historia da Química

Por:   •  20/3/2016  •  Monografia  •  2.089 Palavras (9 Páginas)  •  215 Visualizações

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A Historia da Química

1 INTRODUÇÃO

Atualmente o conhecimento químico e suas aplicações influem direta e indiretamente no cotidiano da maior parte das pessoas, embora elas não tenham plena consciência disto. Muitas são as contribuições deste conhecimento que resultam na melhoria da qualidade de vida, encontradas em produtos de uso diário, como alimentos em conserva, bebidas, combustíveis, medicamentos. Já outros, embora também tão importantes quanto os anteriores, não são facilmente associados ao conhecimento químico, como, por exemplo, os materiais semicondutores presentes em dispositivos eletrônicos, essenciais para a produção de produtos como computadores, aparelhos celulares, etc. Obviamente, o mesmo conhecimento e seus produtos, quando, intencionalmente ou não, forem mal utilizados, pode trazer consequências desastrosas para o homem, como o que ocorre na poluição de rios por detergentes, produção de armas químicas, entre outros.

Uma pergunta que surge constantemente refere-se a como este conhecimento foi acumulado e aplicado pelo homem ao longo dos anos, desde o surgimento na Terra até a posição ocupada hoje. Uma retrospectiva do desenvolvimento da espécie humana indica que nos primórdios de sua evolução, as descobertas foram provavelmente feitas por acaso, e o conhecimento acumulado lentamente, perpetuado e transmitido através das gerações. No Século XVIII, a geração do conhecimento passou a ser feita através da observação, da experimentação, do calculo e do raciocínio. Com isto, a velocidade da construção do conhecimento químico e o desenvolvimento de suas possíveis aplicações práticas aceleraram-se consideravelmente.

2 DESENVOLVIMENTO

A química pode ser definida como o ramo da ciência que estuda as alterações e transformações sofridas pela matéria. Não se tem como afirmar quando foi realizada a primeira transformação química realizada pelo homem. É provável que, embora não intencionalmente, uma das primeiras transformações realizadas pelo homem esteja associada ao fogo, permitindo ao homem do período paleolítico, há 400.000 anos se aquecer durante os períodos de frios, iluminar as noites e espantar os animais que o ameaçavam. Ocorreram mudanças nos hábitos alimentares ao perceberem a mudança no sabor e na durabilidade de pedaços de carne acidentalmente deixadas próximas de alguma fogueira. Essas mudanças trazidas pelo fogo, certamente provocaram uma melhoria nas condições de vida. Os homens das cavernas com as observações das transformações que a madeira, o solo e tudo que fosse atirado ao fogo sofriam, foram capazes de produzir melhores ferramentas de cozinha: utensílios de barro cozido mais resistentes do que os de argila crua, pois tinham a superfície vitrificada pelo calor. Já no período Neolítico o homem já era capaz de produzir pecas de cerâmica em fornos; também aprendeu a produzir tintas primitivas a partir do carvão e de minerais.

Em torno dos anos 6000 a.C., o homem já obtinha conhecimento do cobre e do ouro , que eram extraídos em seu estado metálico diretamente do solo e trabalhados pela técnica de martelamento. Já as técnicas de obtenção de ferro e chumbo, vieram entre os anos 4000 e 3000 a.C., eram obtidos através de seus minérios, encontrados muitas vezes na forma de óxidos metálicos ou como sulfetos. Em 3000 a.C. o homem percebeu que misturando algumas rochas obtinham-se uma liga metálica com propriedades diferentes em comparação a dos metais puros; foi assim que se produziu o bronze, uma liga de cobre (90%) e estanho (10%). Esta nova liga era facilmente moldada e tinha várias aplicações. Por volta de 2000 a.C. com a descoberta de que temperaturas mais elevadas podiam ser obtidas pelo fornecimento de mais ar ao carvão da fogueira, e a posterior introdução da fole (que permitia a injeção de mais ar nos fornos) nos fornos das fundições, possibilitou o trabalho com metais com temperaturas de fusão superiores a que se podia atingir num forno comum. Dentre esses metais estava o ferro e, posteriormente o seu derivado mais moldável a quente e mais resistente quando frio, o aço.

A difícil metalurgia do ferro explica a utilização tardia do metal, que era obtido a partir dos seus óxidos metálicos. Os ferreiros não conseguiam atingir a temperatura de fusão do ferro e eles necessitavam repetir o longo ciclo de aquecimento dos minérios com carvão, resfriamento e martelamento para expulsar as impurezas por varias vezes ate se obter o metal relativamente puro. Por essa época aprendeu-se a controlar as impurezas do ferro, produzindo assim o aço, que contem ate 1,7% de carbono, e era muito utilizado na fabricação de espadas.

Em torno de 1000 a.C. obteve-se mercúrio de seus minérios e descobriu-se que ele se dissolvia vários metais, formando amálgamas. A douração (aplicação de ouro sobre superfícies de bronze ou prata) era um dos principais empregos das amálgamas. A partir dos anos 700 a.C., desenvolveu-se a cunhagem de moedas, que ajudaram na organização das sociedades e no intercambio entre povos da época. No Quadro 1 é apresentada a divisão da História em períodos relacionados com o desenvolvimento das operações metalúrgicas.

Nome da Idade Período Estimado Conhecimentos e Operações

COBRE 6000 a.C. a 3000 a.C. Inicio das operações metalúrgicas, utilização de ouro e cobre nativos, uso da prata e das ligas de ouro e prata, obtenção de sobre e chumbo a partir de seus minérios, desenvolvimento de técnicas de fundição.

BRONZE 3000 a.C. a 1200 a.C. Isolamento de estanho a partir de seus minérios, preparação de diferentes tipos de bronze e sua utilização na produção de utensílios e espelhos, introdução da fole nas operações de fundição.

FERRO 1200 a.C a Início da Era Cristã Produção de aço, cunhagem de moedas, uso de amálgamas.

Quadro 1: Relação das “Idades” ou “Eras” com o desenvolvimento de conhecimentos.

Uma das grandes dificuldades enfrentadas pelo homem pré-histórico residia na obtenção e conservação de alimentos. Sem um meio de conservar os alimentos obtidos, geralmente através da caça , o homem se via na necessidade constate de obter mais alimentos. As primeiras informações existentes sobre conservação de alimentos envolve a técnica de salga de carnes com sal marinho obtido diretamente da agua do mar, depois a defumação de carnes, que permitiu conservá-las por longos períodos de tempo, e a utilização de produtos gasosos da queima de enxofre como desinfetante.

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