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A História da Praça dos Martírios em Maceió - AL

Por:   •  31/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.595 Palavras (15 Páginas)  •  484 Visualizações

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PRAÇA DOS MARTÍRIOS

RESUMO 

Antigo Largo dos Martírios situada em frente à igreja consagrada ao Senhor Bom Jesus dos Martírios, atualmente praça Floriano Peixoto. E conhecida ainda com o nome de praça do Palácio do Governo ou praça do Palácio e Praça dos Martírios. O nome da Praça Floriano  Peixoto é uma homenagem ao segundo presidente republicano nascido em Alagoas no engenho Rio Grande, em Ipioca, em 30 de abril de 1839, e falecido em no Estado do Rio de Janeiro ainda com a patente de marechal em 29 de junho de 1895, às 5 horas da tarde. Foi soldado, lutou no Paraguai e ficou conhecido como o consolidador da República e o Marechal de Ferro. Floriano Peixoto que adotou o nome heroico de Alexandre Magno é homenageado. Em frente se encontra a Igreja Senhor do Bom Jesus dos Martírios que teve sua origem com a fundação da Irmandade Bom Jesus dos Martírios por Manoel Luiz Correia e amigos em 1833. O seu crescimento foi se dando temporariamente com colocações de cumieira, altares, torres etc. Em 30 de outubro de 1881, já recebia seus adeptos. Desde sua criação como largo até a praça que é hoje, a Praça Floriano Peixoto sofreu algumas modificações em sua paisagem, que não puderam ser mais evidenciadas por não ter encontrado muitos registro fotográficos.

Palavras-chaves: Praça – Floriano – Martírios - Palácio.

1 INTRODUÇÃO

        O local onde hoje é a Praça Floriano Peixoto, mas conhecida como praça dos Martírios, passou a ser reconhecida em 1836 por Largo dos Martírios, por causa de sua construção, ao sopé do morro da Jacutinga, da capela que foi iniciada naquele mesmo ano pelos irmãos da confraria do Bom Jesus dos Martírios, quem encontrava-se a frente era José Antônio Rodrigues, descendente de escravos.

        Com o passar dos anos, arruinada a antiga capela, erguida em 1836 onde sua demolição teve início em 1º de agosto de 1880, no mesmo local a mesma confraria religiosa ergueu um majestoso templo, que no dia 30 de outubro de 1881 às 8:30, foi inaugurada graças aos esforços do missionário frei Cassiano de Comachio. Estavam presentes o Presidente da então Província, Dr. José Eustáquio ferreira Jacobina, o Chefe de Polícia Cândido Emydio Pereira Lôbo, o missionário frei Cassiano de Comachio, além do clero da capital. As imagens do novo tempo vieram da igreja matriz de Nossa Senhora dos Prazeres em procissão às 16h.

[pic 1]

Igreja dos Martírios, inaugurada em 30 de outubro de 1881

Fonte: Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas

        No dia 23 de outubro de 1887, iniciaram no Largo Senhor Bom Jesus dos Martírios as novenas do santo de mesmo nome. Com o Largo todo enfeitado encontravam-se os bazares de prendas, os cosmoramas, o antepassado do cinema as barracas para vendas de gengibirra, o infalível “cavalinhos” e outras diversões populares, tudo encontrava-se pronto para a já tradicional festa dos Martírios.

        No Largo foram erguidos dois coretos para apresentações das duas maiores bandas de música antiga de Alagoas, a Minerva sob a batuta do maestro Benedito Silva, conhecido como Benedito Piston o autor da música do Hino de Alagoas e a dos Artistas regida pelo velho maestro Valério Pinheiro. Em uma das noites de festa numa sexta-feira, dia 28 de outubro as bandas deram início a um desafio, estavam dispostas a não repetir nenhuma peça, seria derrotada a que esgotasse seu repertório.

Tocaram a noite toda sem parar, das 21 horas até às 11 horas da manhã do dia seguinte onde, por causa de conflitos entre seus adeptos, as duas filarmônicas tiveram de encerrar apressadamente o desafio. Antes da construção da pequena igreja em homenagem a Bom Jesus dos Martírios e a praça, o lugar não passava de um largo, cheio de buracos que eram causados pelos carros de boi e pelas enxurradas que desciam do planalto da Jacutinga.

LARGO DOS MARTÍRIOS[pic 2]

Fonte: L. Lavenère (Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas)

2 DESENVOLVIMENTO

        O início dos trabalhos executados no antigo Largo dos Martírios, destinados ao nivelamento do terreno, foram iniciados em 30 de março de 1907, na gestão do Intendente da capital, o engenheiro Antônio Guedes Nogueira, sua posse ocorreu em 7 de janeiro do mesmo ano, quando foram removidos os trilhos da linha de bondes de tração animal que passavam pelo centro da praça, foram retirados milhares de metros cúbicos de terra e calçado em seguida com paralelepípedo e pedra bruta, a parte fronteira ao Palácio do Governo, onde teve início na mesma oportunidade, onde também foi construindo uma galeria subterrânea de 24 metros de extensão, destinada às águas pluviais que desciam do chamado Planalto de Santa Cruz, onde a ladeira também foi calçada, esses serviços foram começados em 10 de maio de 1907.

        Em 24 de dezembro de 1908, ocorreu a inauguração da Praça dos Martírios, projetada pelo pintor alagoano muito conceituado Rosalvo Ribeiro ( 1867-1915 ). na entrega da praça estavam presentes na solenidade o Dr. Euclides Vieira Malta, Governador do Estado e do engenheiro Antônio Guedes Nogueira, o intendente da capital, assim como outras autoridades civis e militares. No mesmo dia às 18:30 foi inaugurado a iluminação elétrica, onde foi celebrado a missa campal à meia-noite pelo monsenhor Silva Lessa. A antiga praça dos Martírios possuía vinte postes de bronze e quarenta bancos, estilo “art-nouveau”, foi descrita no dia seguinte a sua inauguração no jornal local Gutenberg:

Largo dos Martírios após inauguração em junho de 1908

[pic 3]

        

Fonte: Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas

 “Constituída de dois planos, sendo um ligeiramente inclinado e destinado à plantação de flores, no centro do qual ostenta-se um estético aquário, tendo aos lados dois elegantes repuxos contornados de simétricos canteiros e gramados de gracioso estilo, apresentando um conjunto rítmico formosíssimo; o outro plano, que não tem aclive, será aplicado a exercícios e evoluções militares, erguendo-se, ao meio deste, o vulto marcial, do invicto Marechal Floriano Peixoto, modelado em bronze.

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