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A História da África nos bancos escolares

Por:   •  15/6/2018  •  Resenha  •  704 Palavras (3 Páginas)  •  753 Visualizações

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Resenha: Anderson Ribeiro. A História da África nos bancos escolares. Representações e imprecisões na literatura didática. Estudos Afro-Asiáticos, ano 25, n°3, 2003, pp. 421-461.

Anderson Ribeiro Oliva é doutor em História Social pela Universidade de Brasília (2007). Realizou estágio doutoral (2005-2006) e pós-doutorado na Universidade de Lisboa. Exerce o cargo de Professor Associado no Departamento de História e é membro do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília. Foi professor de História da África no Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB, entre 2006 e 2008. Possui experiência nos debates relacionados aos Estudos Africanos, aos Estudos sobre a Diáspora Africana no Pós-Colonial e ao Ensino de História da África. Suas investigações têm resultado em publicações sobre: as ideias e discursos produzidos sobre a África, as identidades africanas e diaspóricas no contexto pós-colonial e o ensino de História africana em Angola, Brasil e Portugal. É membro do conselho editorial de vários periódicos e integra o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros - Neab, o Grupo de Estudo e Pesquisa em Políticas Públicas, História, Educação das Relações Raciais e Gênero- Geppherg e Laboratório de Ensino de História - LABEH, todos vinculados à UnB.

A aprovação da lei 10639/03, que tornou obrigatório o ensino da História da África e dos afrodescendentes, gerou nos meios escolares e acadêmicos algumas inquietações e muitas dúvidas. Como ensinar o que não se conhece? Para além das interrogações, a lei revela algo que os especialistas em História da África vêm alertando há certo tempo: “esquecemos” de estudar o Continente africano. Portanto, mesmo diante da aprovação da lei nº 10639/03 que sanciona e torna obrigatório o ensino da História da África e dos afrodescendentes e suas representações, mas na prática isso não tem funcionado como deveria nesta pesquisa apenas três volumes foram analisados, mas já foi suficiente para percebemos que esta realidade continua a mesma, ou seja, continuamos sem conhecer o Continente Africano.        Portanto podemos identificar nas palavras de Oliva que a falta de conteúdo tem dificultado tanto professores como alunos no que diz respeito a um conhecimento mais consistente sobre a África e suas representações. Ao pensarmos em África é como uma mensagem automática a com elação entre escravidão, miséria e exploração por parte dos Europeus.

Porém em toda a África se encontrava um povo guerreiro, pescador, pastor, comerciante e agricultor o que nos faz ver que o europeu tentou apagar a história da África como se não existisse até sua chegada, e infelizmente esta visão está sendo reproduzida até hoje em nossos livros didáticos brasileiros. Esses foram os responsáveis pelo desenvolvimento do Brasil colonial o escravo ver-se a cercada por um sistema fortemente estruturado, no qual dominação e controle se adaptam às necessidades da exploração. O controle absoluto da exploração parece estar entre as mãos do proprietário do patrimônio, da terra e, sobretudo dos instrumentos da produção: esses são os escravos com seus braços, o engenho de açúcar com suas máquinas. 

A terra de um engenho não vale grande coisa no Brasil colonial, se ela é virgem e se a mão de obra necessária não atende a colheita próxima. Nessa sociedade agrária, o escravo é a "coisa" indispensável como instrumento de produção, mas derrotado a uma tarefa fixa sem possibilidade de mobilidade social. No século XIX quando se estabeleceram no Rio Grande do Sul as grandes charqueadas para a salga da carne seca, parte da população de pecuarista se estabilizará em torno desses núcleos recentes tomando como seu modelo a sociedade agrária patriarcal e patrimonial: o número de escravos aumentará, ao tempo em que se reduzirão as suas possibilidades de subir a escala social e se farão mais rígidos os controles. Escravos dos campos, das minas, dos sertões viverão de maneiras diferentes suas relações com a sociedade que os obriga ao trabalho.
     Portanto, mesmo diante da aprovação da lei nº 10639/03 que sanciona e torna obrigatório o ensino da História da África e dos afrodescendentes e suas representações, mas na prática isso não tem funcionado como deveria nesta pesquisa apenas três volumes foram analisados, mas já foi suficiente para percebemos que esta realidade continua a mesma, ou seja, continuamos sem conhecer este gigante chamado África. 

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