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A Peste Negra,ou também chamada de Peste Bubônica .

Por:   •  3/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.317 Palavras (6 Páginas)  •  256 Visualizações

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CECON

Meio Ambiente

Epidemiologia

Camilla Canuto Otoni

Peste Negra na Europa

Belo Horizonte

2013

Camilla Canuto Otoni

Peste Negra na Europa

                         

                                          História da epidemia, sintomas da

                                                                     Doença,tratamento e profilaxia.

               

                                                                       Orientador:Professor Leonardo

Belo Horizonte

2013

História da Peste Negra

  Quando se lê livros sobre a Idade Média européia,não se fala muito sobre um acontecimento que marcou o continente e deixou de certa forma,cicatrizes que permanecem até nos dias atuais. A Peste Negra,ou também chamada de Peste Bubônica,assolou a Europa em meados do século XIV.

 Na Era Medieval européia, a habitação era um único e grande recinto e não tinha divisões internas. As residências eram dessa forma até mesmo nos enormes castelos de pedra dos senhores mais poderosos. Esta forma de moradia gerava alguns problemas bem graves,principalmente em relação à saúde.

 Este formato era bem típico e podia ser aplicado de forma mais ou menos geral para todo o continente europeu. Os pontos principais eram a convivência com os animais de criação, a falta de divisão interna,o pequeno numero de moveis e a falta de ventilação,porque geralmente havia uma única janela,que quase sempre ficava fechada para manter o calor da casa. O chão era de terra batida, as vezes forrada com palha.

  O aquecimento vinha de uma fogueira no meio do ambiente,não tinha chaminé, somente um buraco no teto,que deixava a fumaça sair,mas também a chuva entrar,apodrecendo a palha do piso no inverno.

  Os ambiente úmidos e enfumaçados, a falta de privacidade e a promiscuidade facilitavam a transmissão de doenças,porque neste tipo de ambiente,quando um membro da família adoecia, era quase impossível evitar o contagio.

  A enfermidade rondava a vida das pessoas.conseguir água limpa para beber e cozinhar era um problema,porque o conteúdo das fossas infiltravam na terra e contaminava os poços. Nos castelos eram da mesma forma.

  Um dos aspectos mais fundamentais da higiene, o banho, era considerado prejudiciais se tomado em excesso. E o banho em excesso era tomar mais de duas ou três vezes por ano. As roupas eram lavadas muto raramente, geralmente duas ou três vezes por ano,por causa da raridade e o preço do sabão, e conseqüentemente viviam infestadas de pulgas, percevejos, piolhos e traças. Catar piolhos era uma atividade de lazer das famílias.

  A verdadeira causa da doença era ignorada (e continuaria a sê-lo até o século XIX). Mesmo no final da Idade Média a medicina preventiva limitava-se ao isolamento e quarentena. Atribuía-se quase tudo à influência dos astros, e não era raro que os médicos mais famosos fossem também astrólogos. Para os pobres e sem conhecimento, a resposta era bem simples: todos os males eram castigos de Deus, pois estava bravo com os pecados cometidos por eles.

 

      [pic 1]

 Para quase tudo era receitado infusões ervais e misturas estranhas,como o  picadinho de serpente, pílulas de galhos de gamo triturados, mirra, açafrão e até pó de ouro, o que era quase sempre nocivas. Dentre alguns tratamentos exóticos, um deles era usado para eliminar a solitária, que consistia em lavar o couro cabeludo com a urina de um menino. Os pacientes com gota eram tratados com um emplastro de excremento de bode misturado com rosmaninho e mel. Para evitar marcas, o doente de varíola era enrolado num pano vermelho, mantendo-o deitado numa cama com cortinas também vermelhas. Estes tratamentos não eram baratos, e o que era repugnante, bem como o que era raro ou difícil de obter, tinha um valor maior.

 O pensamento médico, preso à teoria das influências astrais, ressaltava o ar como o meio de transmissão das doenças, principalmente as pestes. Era o ar envenenado, provocados por todos os tipos de agentes naturais e imaginários.

 O homem medieval via a peste como um castigo divino. Mas , se analisarmos todos os dados como a habitação, higiene, alimentação e saúde, nota-se que o caráter pandêmico da praga surgiu devido a falta de todos estes aspectos, e também por da mesma forma em todo o território europeu. A peste negra provavelmente não teria ocorrido se as condições de moradia ou higiene fossem outras, pelo menos não na extensão que ocorreu

 A peste foi um fenômeno característico de um mundo em mutação. Foi o alto preço pago por um continente que começava a se abrir para o resto do mundo através do aumento das relações comerciais, mas que ainda vivia em um ambiente criado para uma vida isolada e auto-suficiente. Sob este aspecto, a praga teve um lado positivo, ao obrigar o homem ocidental a mudar a sua forma de se relacionar com o meio ambiente, ensinado-o o valor do planejamento urbano e da higiene, além de expor a fragilidade da ciência médica medieval e, conseqüentemente, possibilitar sua evolução, livrando-a, pelo menos para alguns, da ignorância e da superstição. 

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