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A Publicação Periódica do Museu da Ruralidade de Castro Verde

Por:   •  7/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.265 Palavras (6 Páginas)  •  142 Visualizações

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Caderno nº5
Jan.2017
Publicação periódica do
museu da ruralidade de Castro Verde

Madalena Jesus
Nº de aluno: 43045

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                     A Inclusão ao serviço dos Museus  

   Um museu é um lugar de todos e para todos, que carrega consigo memórias de outros tempos para os atuais e futuros visitantes. É um lugar onde se privilegia o conhecimento e a memória, é um lugar que não pertence a ninguém, pois é de todos.

   Nem todos os museus possuem instalações ou artigos luxuosos, mas todos têm um valor inestimável pois guardam, preservam e expõem o que faz parte da nossa identidade. Este potencial dos museus pode e muitas vezes é comprometido por uma gestão de conteúdos incapaz de comunicar assertivamente com os seus visitantes. Do mais erudito intelectual ao menos sábio e inexperiente, alcançando o mais distraído e não esquecendo formas de alcançar o mais pequeno intelectual, todos devem ser respeitados, porque materializam “o Visitante”.
 Esta instalação, tem sido entendida como peça patrimonial e por isso intocável. Compete aos museus fazer o que está ao seu alcance para cativar o publico a ir visitar as exposições que se encontram em exibição, através da comunicação e da oferta de experiencias participativas.
  A ideia de que o Museu é um fragmento cristalizado pelo tempo e história é uma banalidade que urge em dar lugar a uma visão mais alargada sobre a própria razão de existir destes equipamentos.
  Nos dias que decorrem a camada geracional que tem adquirido maior expressividade é a sénior, com todas as vicissitudes da idade, como tal não faz sentido dar continuidade a planeamentos perspetivados para uma população tendencialmente jovem quando a Organização Mundial de Saúde diz que em 2030 na União Europeia 25% da população irá ter 65 ou mais anos e que em 2050 triplicará o número de pessoas com idade superior a 80 anos.
 Com este envelhecimento mundial os museus têm de se ir transformando e tornar-se  mais apelativos de modo a garantir uma inclusão do homem real, que neste caso já se encontrará na terceira idade. Para existir uma boa inclusão do homem real é necessário existir:

  • Uma boa acessibilidade física, que passa pela criação de um percurso a cessível, livre de obstáculos. Este percurso acessível começa no exterior e deve proporcionar a livre circulação a todas as áreas de visita do museu.
  • Orientação, dentro de qualquer espaço é crucial existirem pontos de referência que sirvam de orientação e auxílio na tomada de decisões.
  • Boa informação, pois é necessário assegurar a tradução de informações tanto para os visitantes internacionais, em língua estrangeira, como para os visitantes portadores de deficiência visual, em braille.
  • E uma boa comunicação e participação ativa, onde tem sido crescente a aposta em experiencias participativas, como visitas guiadas, desenvolvimento de atividades lúdico recreativas e disponibilização de réplicas para toque e manuseamento, que privilegiam a interação do visitante e o património exposto.

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                    O Centro Interpretativo do Mundo Rural.
                   O Projeto Museológico e a Coleção.

   No Alentejo, cuja identidade cultural reflete aspetos civilizacionais de raiz mediterrânica, o museu do Mundo Rural é detentor de um património rico e diversificado que importa salvaguardar e dar a conhecer. É desse património, numa sociedade profundamente hierarquizada que o Centro Interpretativo do Mundo Rural, se assume como memória.  O Centro Interpretativo do Mundo Rural é um projeto museológico da Câmara Municipal e Arraiolos que se pretende constituir como memória do mundo rural alentejano entre as últimas décadas do século XIX e meados do século XX, com a introdução da mecanização na agricultura.
 O Centro Interpretativo do Mundo Rural localiza-se na vila do Vimieiro, conselho de Arraiolos, distrito de Évora e foi contruído tendo por base um lagar de azeite.
 Como dito anteriormente os museus têm de se ir transformando e tornar-se mais apelativos de modo a garantir uma inclusão do homem real e o edifício do Centro Interpretativo do Mundo Rural tem como objeto a valorização do património cultural, material e imaterial dando a conhecer uma identidade local e regional assente na memória coletiva, o que cativa o Homem a ir visitar o local.
 No Centro podem-se encontrar duas coleções de cariz etnográfico. Uma constituída por alfaias agrícolas e equipamentos e utensílios do mundo rural alentejano, como o enrolador de feno, a gadanheira, o selecionador de sementes de trigo, o descarolador de milho, o sachador mecânico ou até a carroça, as sacolas e as pás de padejar. E outra coleção de fotografias do mundo rural alentejano, onde se encontra retratado os trabalhos realizados durante o ciclo agrícola do trabalho rural, as festas, feiras e romarias que se realizavam, as artes e ofícios e as ações de luta dessa época.
Além da tradicional tarefa de conservar e expor, o Centro Interpretativo do Mundo Rural abarca também a atividade de desenvolvimento educativo a favor da comunidade
  Dispondo de um serviço socioeducativo, torna-se possível melhorar o nível de comunicação entre o centro e os seus públicos, fomentando também a aprendizagem dos mais jovens a nível pedagógico, lúdico, social e cultural.

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