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A Revolução Americana: A primeira independência

Por:   •  21/2/2016  •  Resenha  •  1.493 Palavras (6 Páginas)  •  1.074 Visualizações

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  1. A Revolução Americana: a primeira independência

A Revolução Francesa balançou a Europa e boa parte do mundo a partir de fins do século XVIII e início do XIX. O Primeiro movimento de mudanças ocorreu nas Américas: eclodiu nas Treze Colônias inglesas da América do Norte, que romperam com o colonialismo mercantilista. A metrópole desafiada e vencida foi a Inglaterra – o país onde o absolutismo havia sido destruído e que defendia o livre-comércio. No fundo, essas políticas britânicas eram uma forma de romper os monopólios comerciais dos outros países europeus, sobretudo os ibéricos.

Em decorrência das dívidas contraídas (necessidade de recursos financeiros em consequência do empobrecimento através de sua politica externa, que visava garantia da posição de maior potência europeia) durante a Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763), o governo inglês resolveu introduzir políticas monopolistas nas colônias e acabar com a “negligência salutar” (essa ideia remete a liberdade política e econômica, além de permitir que os colonos construíssem uma identidade que se assemelhava `a Inglaterra- coexistência entre áreas coloniais e metrópole).

Precisava tirar dinheiro das colônias, então exerce pressão fiscal e tributária, com maior presença nos territórios e tentativa de aproximação. Dessa maneira, boa parte dos lucros obtidos pelos comerciantes coloniais seria transferida para a metrópole. Desde o século XVII, essas colônias tinham uma ampla liberdade comercial e visavam instalar um controle mais rígido. Entretanto, isso gera oposição da população, que precisou pagar impostos e teve sua identidade ferida – não estavam representados pelo Parlamento, logo, não queriam pagar impostos. Os colonos entendiam que as mesmas leis da metrópole deviam ser cumpridas por eles.

O primeiro ato foi a proclamação de 1763, votada pelo Parlamento inglês, que proibia os colonos de ocuparem terras recém-conquistadas da França na Guerra dos Sete Anos. Os objetivos eram reservá-las aos investidores britânicos e monopolizar o comércio de peles da região.

Em 1764 foi imposta a Lei do Açúcar, taxando a importação do melado que os mercadores da Nova Inglaterra compravam nas Antilhas para o fabrico do rum. Era um imposto pago no comércio triangular, que sempre existiu, mas que a Inglaterra não cobrava. Então, foi aprovada a lei que decretava maior fiscalização e aumento do valor.

Em 1765, vieram a Lei do Selo e a Lei do Aquartelamento, a primeira taxando jornais e documentos legais, indicando a tentativa de se capitalizar às custas das colônias, a segunda obrigando os colonos a receber tropas e oficiais britânicos em suas fazendas e casas para resolver o problema dos gastos com o exército – maior contingente militar nas colônias. Os colonos reagiram. Em 1766, representantes de nove colônias se reuniram em Nova York, no chamado Congresso da Lei do Selo, forçando a Inglaterra a suprimir a lei (através do argumento de que não tinha representação). Mas, no mesmo ano, o Parlamento britânico aprovou a lei Declaratória, afirmando seu direito de legislar sobre os assuntos coloniais. O que estava em jogo não era apenas a questão econômica ou fiscal, com os ingleses tentando se beneficiar de suas colônias, mas a legitimidade das leis britânicas: os colonos de recusavam a pagar taxas votadas por um parlamento onde não tinham representantes. Esse congresso demonstrou a força das colônias em relação a metrópole, através da reunião em prol de um bem comum.

  • As 13 colônias inglesas tiveram a colonização tardia (Inglaterra vivia problemas internos – religião/política – rei x Parlamento -  quando os países Ibéricos já eram colonizadores). O norte, a chamada Nova Inglaterra, viveu a reprodução da cultura inglesa, mas com novos princípios. Foram puritanos que fugiram em busca da liberdade religiosa, econômica (livre comércio) e política (Assembleias locais – próprias leis), além do trabalho livre. Além disso, foi marcada por um abandono inglês.
  • O norte foi marcado por colônias de povoamento, pequenas propriedades, voltado ao mercado interno e “relativo abandono”/”negligência salutar”. Isso possibilitou o desenvolvimento através dos triângulos comerciais, caças e produções de navios. Nessa região formou-se a burguesia colonial, através da maior autonomia. O sul era uma colônia de exploração, baseada na agricultura de exportação. Ademais, tinha o trabalho escravo, com maior controle/monopólio inglês do que no norte, além da presença de plantations – algodão/tabaco.
  • Essa posição mudou o século XVIII, quando a Inglaterra vivia a Revolução Industrial (manufaturas) e buscava mercado consumidor e matéria-prima. Então, exerceu maior controle sobre todas as colônias. No entanto, foi relativa porque não precisavam tanto do mercado colonial ao ponto de mudarem sua política  em relação a esse mundo colonial.
  • EUA – luta contra a opressão da metrópole.

  1. Negociação impossível

O governo inglês prosseguiu com a escalada de taxações. Em 1767, o Parlamento aprovou as Leis Towshend, impondo novas tarifas sobre diversos produtos (vidro, chumbo, papel e chá) importados pelas colônias. Os colonos sabotaram o comercio oficial e praticaram o contrabando. O principal incidente foi o chamado Massacre de Boston, episódio expressivo da insatisfação, no qual colonos revoltados atacaram um destacamento militar britânico que protegia os fiscais aduaneiros. Os soldados atiraram e cinco colonos foram mortos – as primeiras vítimas da “Guerra da Independência”.

        As Leis Towshend foram amenizadas em 1770, mas o conflito ganhou impulso com a Lei do Chá, em 1773, que previa a venda direta desse produto pela Companhia das Índias Orientais, uma imensa empresa mercantilista, aos lojistas das Treze Colônias, eliminando do circuito os mercadores norte-americanos. Em Boston, um navio carregado de chá foi invadido e a mercadoria lançada ao mar, causando enorme prejuízo à companhia monopolista (Boston Tea Party). Os colonos recusavam-se de comprar o chá; se o fizessem, admitiriam o direito do Parlamento de tributá-los – café como alternativa. Ocorreu a quase falência da Companhia das índias Orientais devido a má administração e desvio de verbas, que causou grande impacto na economia britânica. Como solução, criaram a Lei do Chá.

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