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A Teoria das Relações internacionais

Por:   •  7/7/2022  •  Resenha  •  1.107 Palavras (5 Páginas)  •  78 Visualizações

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  NOGUEIRA, João Pontes e MESSARI, Nizar. Teoria das relações internacionais. Correntes e debates. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, p. 57-74.

                                                                                                                   

                                                                                   

                                                            Amanda da Fonseca Arigony

                              Graduação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO

                                                                                Professor: Flávio Limoncic

                                                                                Disciplina: História do Oriente Médio

 O terceiro capítulo do livro “Um pouco de teoria das relações internacionais: realistas e liberais”, escrito pelo professor adjunto do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro João Pontes Nogueira, tem como objetivo debater e explicar uma das principais correntes da teoria das relações internacionais - o liberalismo. De acordo com o autor, o texto apresenta a herança intelectual da tradição liberal na teoria das Relações Internacionais, que se configura na preocupação com as relações entre o indivíduo, a sociedade e o governo (no âmbito doméstico). Dessa forma, destaca-se que a preocupação central do pensamento liberal é com a liberdade do indivíduo.

    Em um primeiro momento, o professor observa que o pensamento herdeiro do iluminismo acredita que, por meio da razão, os seres humanos são capazes de escolher seu destino de maneira autônoma, isto é, sem a influência da igreja. Com isso, entende-se que, até os dias de hoje, ‘’o foco nos indivíduos e em suas formas de organização na sociedade continua a ser um elemento central nas análises liberais contemporâneas, em particular, em modelos de política externa e da ação de grupos de interesse nas instituições de governo‘’ (p. 74). Dessa maneira, o autor destaca o pensamento de Kant como uma das principais influências da concepção liberal adotada nas relações internacionais.

     Na segunda parte do texto, Pontes apresenta que os liberais concluíram que o estado de guerra é uma ameaça permanente à liberdade no interior dos Estados, e, por isso, é necessário promover a paz mundial na política externa das nações. Isso porque, baseando-se no pensamento de Kant, que diz que a guerra é ‘’o esporte dos reis’’, já que eles praticavam a guerra como um passatempo e não pensavam nas consequências que as guerras poderiam acarretar para os seus súditos, os liberais do século XIX, preocupados com as atividades econômicas domésticas e com o comércio internacional, afirmam que ‘’os conflitos armados prejudicam muito a atividade econômica’’ (p.62).

   Para os liberais, o conflito não é a única forma de relação entre os países, e, por isso, o comércio tem uma função civilizatória, evitando, por sua vez, a guerra, permitindo a troca de produtos e levando também o conhecimento entre os povos. Além disso, é importante ressaltar que as agências internacionais reforçam e estimulam as cooperações internacionais como, por exemplo, os bancos e as empresas.

    Já na terceira e última parte do texto, enfatiza-se que as vantagens em estabelecer o comércio está no bem-estar das nações (que exploram a complementariedade das economias) e também no desenvolvimento econômico contínuo que culmina na prosperidade das sociedades modernas. Ademais, segundo os liberais, o comércio internacional reduz ‘’sua propensão a adotar políticas agressivas contra os parceiros’’ (p. 63). Sendo assim, conclui-se que o pensamento de Kant ‘’exerceu profunda influência sobre a tradição liberal nas relações internacionais’’ (p. 71), já que o intercâmbio internacional possui uma função civilizatória nas relações internacionais, pois são incentivados o contato e a tolerância cultural, designando a comunicação, aumentando as áreas de interesse e mantendo a contínua expansão dos mercados mundiais.

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