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A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial

Por:   •  2/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.320 Palavras (6 Páginas)  •  326 Visualizações

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A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial

Introdução: os processos de articulação para a guerra

[pic 1]

A Segunda Guerra Mundial teve início no ano de 1939 com a invasão da Polônia pelo exército alemão sob o comando das forças nazistas de Adolf Hitler. O Brasil, até a presente circunstância, mantinha bom relacionamento com a Alemanha. O ponto de aproximação entre os dois países era justamente a ideologia do combate comunista, pois os governos de Hitler e de Getúlio Vargas adotavam posturas de extrema direita.

A afinidade também se dava no campo comercial, onde foi criado um sistema de trocas de mercadorias entre as duas nações, enquanto o Brasil remetia matérias primas (algodão, madeira, entre outros), a Alemanha retribuía com produtos industrializados (máquinas e armamentos) com o propósito de equipar nossos exércitos. Tudo isso sem o envolvimento de moeda efetivamente corrente.

Apesar da crescente relação comercial entre Alemanha e Brasil no período anterior à guerra e devido à forte presença das comunidades alemãs no sul do Brasil, o governo Vargas temia a possibilidade de um levante nazista ou movimento separatista que fragmentasse a estrutura política do país e deu então origem à campanha da nacionalização que visava forçar as comunidades estrangeiras a se afastar de suas origens culturais (língua e costumes) em detrimento de solidificar o sentimento patriótico, culminando então no Movimento Integralista.

Com o sucesso da implantação do movimento, os integralistas apoiadores do golpe da ditadura de Vargas se decepcionaram com o não cumprimento de algumas promessas e ofertas sinalizadas pelo então presidente, articulando uma reação contrária ao seu poder. Em maio 1938 foi instaurada a Intentona Integralista que quase acabou por ceifar-lhe a vida.  O partido nazista instalado no sul do Brasil e os integralistas passaram a constituir sério desafeto ao governo varguista.[pic 2]

Diante desse cenário, os Estados Unidos viam com temor e reprovação as boas relações mantidas com o governo alemão e se atentavam para a condição de moratória da dívida externa decretada pelo Brasil em 1938, de forma que o país não podia pagar com a moeda internacionalmente reconhecida (dólar) por novos acordos comerciais. Com base nessa logística, os Estados Unidos também entrou com propostas comerciais vantajosas para o Brasil no aspecto de fornecimento de armas e munições, aumentando assim sua influência sobre o exército brasileiro, visando impedir o estreitamento de relações com a Alemanha nazista.

Em 1941, foram firmados acordos de vendas de armamentos com os norte-americanos, que promoveram inúmeras facilidades de pagamento como o parcelamento estendido a juros muito baixos. Fica assim consolidado o primeiro esforço de aproximação entre norte-americanos e brasileiros. No entanto, os Estados Unidos ainda receavam que os alemães pudessem ocupar uma porção estratégica em território brasileiro, em específico, o nordeste, justo por ser uma região de importância geopolítica muito grande devido à proximidade com a costa norte-africana.

Bases aéreas americanas foram construídas em território brasileiro (Belém e Natal) para viabilizar o fornecimento de armas à Grã-Bretanha que lutava contra o domínio das forças nazistas de Hitler. Os armamentos fariam uma escala em costa norte-africana antes de chegarem até seu destino. Getúlio Vargas valeu-se do acordo de concessão territorial para barganhar  ainda mais empréstimos e pagamentos a juros baixos junto aos Estados Unidos na compra de mais armamentos para os exércitos brasileiros.

Com essa atitude pendular  de negociação do governo Vargas que recebia constante assédio de interesse comercial por parte de alemães e norte-americanos, acaba o caráter neutro do Brasil em relação aos seus parceiros comerciais e políticos com a eclosão da Segunda Guerra Mundial em setembro de 1942. O bloqueio naval imposto pela marinha britânica que controlava os mares e rotas de navegação entre Brasil e Alemanha, tornou impossível a continuidade das transações comerciais. Assim, o Brasil viu nos Estados Unidos sua principal alternativa de comércio.

Em dezembro de 1941, os norte-americanos aderem oficialmente à guerra e conclamam os brasileiros através do princípio diplomático americano a apoiá-los na luta contra as forças alemãs. Nosso país passa a figurar no combate em janeiro em 1942, quando é anunciado o rompimento das relações diplomáticas com os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão).

1942: o início da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial

Em reação ao fato, a Alemanha passa a enviar submarinos para torpedear os navios em costa brasileira. As bases aéreas e navais cedidas aos Estados Unidos em território brasileiro para o intermédio de munições e armamentos à Grã-Bretanha, passam a ser usadas para patrulhar e atacar os submarinos alemães. Após os constantes ataques dos submarinos alemães aos navios mercantes brasileiros que levavam alimentos e matérias-primas para os Estados Unidos, bem como ao longo de toda a costa brasileira, nosso país alia-se definitivamente aos Estados Unidos para a participação na guerra. [pic 3]

Com a morte de aproximadamente mil homens da marinha brasileira, as manifestações de revolta da população civil começaram a surgir com enorme força. As comunidades alemãs e italianas que aqui viviam, sofreram com as represálias de populares que viam os ataques como formas gratuitas de violência, sem associar os fatos às articulações políticas.

Uma das principais reivindicações da população era a de que os descendentes de alemães e italianos se alistassem no serviço militar para o combate na guerra. E assim foi feito. Por outro lado, existiam também os brasileiros que nascidos no Brasil, estavam na Alemanha em função da eclosão da guerra e acabaram sendo recrutados para servir às forças militares alemãs como autênticos alemães.

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