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A queda do Muro de Berlim e o fim da URSS

Tese: A queda do Muro de Berlim e o fim da URSS. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/4/2013  •  Tese  •  661 Palavras (3 Páginas)  •  652 Visualizações

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A queda do Muro de Berlim e o fim da URSS, ainda na década de 1980, já antecipavam a amplitude das mudanças que estariam por vir. De certa forma, o ressurgimento do liberalismo econômico e político, anos antes – inicialmente na Inglaterra e depois nos EUA –, já apontava nessa perspectiva. De fato, a última “onda” liberal recolocou o mercado e a estabilidade financeira acima da proteção do trabalho e da seguridade social. Com isso, não são poucos os analistas e cientistas sociais que associam à “onda” a recente explosão do desemprego, pois postos de trabalho são simplesmente eliminados com a introdução de novas tecnologias e a reestruturação dos setores produtivos e organizacionais das empresas e a flexibilização das relações de trabalho. Assim, o trabalho formal, predominante no capitalismo industrial, pode vir a ser apenas parte da história já na primeira metade do século XXI.

Por outro lado, tais processos vêm ocorrendo em diversas esferas, não só nas áreas econômica e política. O surgimento dos computadores pessoais e, principalment,e da Internet, a rede mundial de computadores, por exemplo, vem mudando hábitos os mais variados. O que antes parecia ser o grande desafio, a obtenção de informações, transformou-se em realidade. Aliás, o desafio atual parece ser o de saber selecionar as informações necessárias sob o risco de não se ter o que fazer com elas, já que, para obtê-las, basta ter acesso à rede mundial de computadores. Aqui, particularmente, já reside um primeiro grande problema: quem tem acesso à Internet? Como se sabe, não é sequer a maioria das populações, mesmo no Primeiro Mundo. O que dizer das populações sul e centro-americanas e africanas, por exemplo? E se o que se avizinha é – para usar uma expressão cara a Manuel Castells, dentre outros – a chamada “sociedade da informação”, ficar à margem dessa “teia” pode significar nova modalidade de exclusão social.

Como se vê, as mudanças enfrentadas nas últimas duas décadas do século XX já dão a dimensão dos desafios que os teóricos da mudança social estão a enfrentar. Desafios que não nos são estranhos. Ademais, não devemos esquecer que, de certa forma, a própria sociologia surgiu em uma época de desarticulação social, como uma resposta aos desafios e impasses que brotaram ainda na aurora do capitalismo industrial. Mas, se não sabemos as respostas para as mudanças que estão a ocorrer, tanto no plano prático quanto no teórico, é relevante o debruçar sobre as teorias que procuraram dar conta das mudanças ocorridas nos dois últimos séculos. Tal procedimento parece prudente, na medida em que o conhecimento humano é cumulativo, embora nem sempre procuremos aprender com a história.

Sendo assim, o objetivo principal deste artigo é traçar, ainda que de forma sumária, um panorama das teorias de mudança social, que têm predominado nas ciências sociais, sobretudo no século XX. Entretanto, deve-se reconhecer que, para tanto, é preciso buscar as raízes de tais teorias no século anterior, em Auguste Comte e Karl Marx, por exemplo. A estrutura deste artigo é a seguinte: inicialmente, há uma seção introdutória onde se expõe a idéia de progresso – objetivo prometido e pretendido pela sociologia em sua primeira fase –, para, em seguida, abordar a relação entre estrutura e mudança social, que nos leva às análises

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