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ALGUMAS REVOLTAS NATIVISTAS BRASILEIRAS

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Por:   •  10/8/2014  •  1.661 Palavras (7 Páginas)  •  305 Visualizações

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REVOLTA DE BECKMAN:

A Revolta de Beckman foi uma rebelião nativista ocorrida na cidade de São Luís, no Maranhão, em 1684.

Causada por grande insatisfação dos comerciantes, proprietários rurais e população em geral com a Companhia de Comércio do Maranhão, instituída pela coroa portuguesa em 1682. Os comerciantes reclamavam do monopólio da Companhia e os proprietários rurais contestavam os preços pelos quais a Companhia pagava por seus produtos. Já grande parte da população maranhense estava insatisfeita com a baixa qualidade e altos preços cobrados pelos produtos manufaturados comercializados pela Companhia na região. Outros produtos como trigo, bacalhau e vinho chegavam à região em quantidade insuficiente, demoravam para chegar e ainda vinham em péssimas condições para o consumo.

Havia também o problema de falta de mão-de-obra escrava na região. Os escravos fornecidos pela Companhia eram insuficientes para as necessidades dos proprietários rurais. Uma solução seria a escravização de indígenas, porém os jesuítas eram contrários.

O objetivo principal era finalizar as atividades da Companhia de Comércio do Maranhão, para acabar com o monopólio.

Na noite de 24 de fevereiro de 1684, os irmãos Manuel e Tomás Beckman, dois proprietários rurais da região, com o apoio de comerciantes, invadiram e saquearam um depósito da Companhia de Comércio do Maranhão. Os revoltosos também expulsaram os jesuítas da região e tiraram do poder o governador.

A corte portuguesa enviou ao Maranhão um novo governador para acabar com a revolta e colocar ordem na região. Os revoltosos foram presos e julgados. Os irmãos Beckman e Jorge Sampaio foram condenados a forca.

A Revolta de Beckman foi mais um movimento nativista que mostra os conflitos de interesses entre os colonos e a metrópole. Foi uma revolta que mostrou os problemas de mão-de-obra e abastecimento na região do Maranhão. As ações da coroa portuguesa, que claramente favoreciam Portugal e prejudicava os interesses dos brasileiros, foram, muitas vezes, motivos de reações violentas dos colonos. Geralmente eram reprimidas com violência, pois a coroa não abria mão da ordem e obediência em sua principal colônia.

GUERRA DOS MASCATES:

A Guerra dos Mascates foi uma rebelião de caráter nativista, ocorrida em Pernambuco entre os anos de 1710 e 1711, que envolveu as cidades de Olinda e Recife.

Com a expulsão dos holandeses do Nordeste, a economia açucareira sofreu uma grave crise. Mesmo assim, a aristocracia rural (senhores de engenho) de Olinda continuava controlando o poder político na capitania de Pernambuco.

Por outro lado, Recife se descolava deste cenário de crise graças à intensa atividade econômica dos mascates (como eram chamados os comerciantes portugueses na região). Outra fonte de renda destes mascates eram os empréstimos, a juros altos, que faziam aos olindenses.

As principais causas da Guerra dos Mascates foram a disputa entre Olinda e Recife pelo controle do poder político em Pernambuco; crise econômica na cidade de Olinda; favorecimento da coroa portuguesa aos comerciantes de Recife; forte sentimento antilusitano, principalmente entre a aristocracia rural de Olinda; conquista da emancipação de Recife, através de Carta Régia de 1709, que passou a ser vila independente, conquistando autonomia política com relação à Olinda. A aristocracia rural de Olinda temia que Recife, além de ser o centro econômico, passasse a ser também o centro político de Pernambuco.

Os principais objetivos foram a vontade dos olindenses de manter o controle político na região, sobretudo com relação à próspera cidade de Recife, e que a coroa portuguesa mantivesse Recife na condição de povoado. Os olindenses não queriam que a coroa portuguesa continuasse privilegiando os mascates (comerciantes de Recife). Logo, defendiam a igualdade de tratamento.

Em 1710, havia um clima de hostilidades e tensão entre as duas cidades pernambucanas. Neste ano, os olindenses invadiram Recife dando início a Guerra dos Mascates. Num primeiro momento da guerra, os olindenses levaram vantagem, porém, em 1711 os recifenses se organizaram e invadiram Recife. A guerra terminou em 1711 após a coroa portuguesa nomear, para governador de Pernambuco, Félix José Machado.

As conseqüências foram que o governador de Pernambuco ordenou a prisão dos principais líderes do movimento, a autonomia de Recife permaneceu após o conflito, e em 1712, Recife tornou-se a sede administrativa de Pernambuco.

GUERRA DOS PALMARES:

Denomina-se Guerra dos Palmares ao conjunto de campanhas militares que chegou ao auge na erradicação do Quilombo dos Palmares, no Brasil, na segunda metade do século XVII.

O quilombo localizava-se na serra da Barriga, então Capitania de Pernambuco, região hoje pertencente ao estado de Alagoas, tendo se constituído no mais emblemático de seu gênero no período colonial, tendo resistido por mais de um século. O seu mito tornou-se o mais forte à categoria de moderno símbolo brasileiro da resistência do africano à escravatura, ainda que, paradoxalmente, tenha-se conhecimento do uso de escravos em muitos quilombos.

Após várias investidas relativamente sem resultados contra Palmares, o governador e Capitão-general da Capitania de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro, contratou o bandeirante Domingos Jorge Velho e o Capitão-mor Bernardo Vieira de Melo para erradicar de vez a ameaça dos escravos fugitivos na região.

O quilombo passou a ser atacado pelas forças do bandeirante e, mesmo experientes na guerra de extermínio, tiveram grandes dificuldades em vencer as táticas dos quilombolas, mais elaboradas que a dos indígenas com quem haviam tido contato. Adicionalmente, tiveram problemas para contornar a inimizade surgida com os colonos da região, vítimas de saques dos bandeirantes em diversas ocasiões.

Em janeiro de 1694, após um ataque frustrado, as forças do bandeirante iniciaram uma empreitada vitoriosa, com um contingente de seis mil homens, bem armados e municiados, inclusive com artilharia. Um quilombola, Antônio Soares, foi capturado e, mediante a promessa de Domingos Jorge Velho de que seria libertado em troca da revelação do esconderijo do líder, Zumbi dos Palmares foi encurralado e morto em uma emboscada, a 20 de novembro de 1695.

A cabeça de Zumbi foi cortada e conduzida para Recife, onde foi exposta em praça pública, no alto de um mastro, para servir de exemplo a outros escravos.

Sem a liderança militar de Zumbi,

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