ANÁLISE PRIMARIA DO ATO INSTITUCIONAL

ANALISE PRIMARIA DO ATO INSTITUCIONAL Nº5 SOBRE UMA PERSPECTIVA HISTORICISTA COM FOCO EM DROYSEN

Jakeline Rodrigues - UEMG - Unidade Carangola – MG ^[1]

Juliano Ferrari - UEMG - Unidade Carangola – MG ^[2]

Marcos Gomes - UEMG - Unidade Carangola – MG ^[3]

Pedro Celestino - UEMG - Unidade Carangola – MG ^[4]

Ranieri Valeriano - UEMG - Unidade Carangola – MG ^[5]

Samuel Sampaio - UEMG - Unidade Carangola – MG^[6]

RESUMO: Esta pesquisa tem como objetivo realizar uma introdução breve a escola Historicista Alemã apresentando o contexto espaço/temporal em torno do qual ela se da seus preceitos e objetivos e a maneira a qual as divulgava. Para acentuar o método historicista decidimos nos aprofundar em um de seus membros mais notórios o historiador alemão: Johann Gustav Droysen, (1808 – 1884) o qual reflete em seus métodos e teorias os preceitos do  pensamento historicista alemão. Ainda sobre Droysen faremos um resumo ligeiro sobre sua vida e sua obra para auxiliar no entendimento sobre a maneira a qual ele define o “pensar historiográfico”, aplicando as teorias historicistas propostas pelo autor iremos realizar uma analise sucinta do Ato Institucional nº5. E por fim para atender o rigor droyseniano e assim não permitir que a historia enseje um fim em si mesma contextualizaremos historicamente o momento de crise atravessado pelo pais tanto pela ótica da população quanto pela ótica dos governantes. Encerrando a proposta iremos recair em uma discussão sobre o papel do historiado em provocar  na sociedade o pensar historicamente proposto por Droysen .

Palavras Chave: Droysen, Pensar Historiográfico, Ditadura

ABSTRACT: The aim of this research is to make a brief introduction to the German Historical School by presenting the space / time context around which it is based on its precepts and objectives and the manner in which it was disseminated. To emphasize the historicist method, we decided to study the German historian Johann Gustav Droysen (1808-1884) in one of his most notorious members, who reflects in his methods and theories the precepts of German historicist thought. Still on Droysen we will make a brief summary about his life and his work to help in the understanding on the way in which he defines "to think historiográfico" applying the historicist theories proposed by the author we will make a succinct analysis of the institutional act nº5 and finally to answer the droysenian rigor and thus do not allow history to end an end in itself we will contextualize historically the moment of crisis crossed by the country both from the perspective of the population and the optics of the rulers. And finally we will fall back on a discussion of the role of historians in provoking in society the thinking historically proposed by Droysen.

Keywords: Droysen, Historiographic Thinking, Dictatorship

Introdução

Esta pesquisa tem o caráter de desenvolver em um nível primário um paralelo entre as ideias historicistas desenvolvidas na Alemanha durante o sec. XIX e a realidade ditatorial brasileira entre os anos de 1964 a 1985. Este trabalho improvável surge como uma proposta do professor Dr. Rafael Dias Castro para a disciplina teorias métodos e historiografia do curso de historia da Universidade Estadual de Minas Gerais – Campus Carangola. O desafio inicial deste trabalho foi o de encontrar um autor da referida escola o qual dialogasse melhor com o tema, neste sentido surge a figura de Droysen, contudo após esta constatação surge um novo desafio a escassez de obras traduzidas pelo autor e o relativamente limitado conteúdo produzido sobre sua obra, quando digo relativamente limitado me refiro a quantidade de conteúdo encontrada seja em obras traduzidas seja em material publicado sobre o mesmo. Posto isto justifico o recorrente uso de autores como Arthur Alfaix Assis o qual possui um trabalho no campo de teoria da historia com aprofundamento nos estudos alemães. Bentivoglio é outro autor que apesar de pouco citado como referencia foi de profunda importância para a construção de nosso entendimento do historicismo alemão. As fontes escolhidas para trabalho foram os jornais dos anos de 1964, 1965, 1968 que nos ajudaram a contextualizar historicamente o ato institucional numero 5 nosso objeto de pesquisa. Dados as fontes e o método adotado não pudemos fugir de uma contextualização necessária a Droysen para que pudéssemos fazer jus a suas teorias e métodos.

Iniciação ao Historicismo Alemão

        O Historicismo alemão surge no fim do século XIX pautado em duas questões principais, sendo a primeira a unificação do território de fala germânica e o segundo o encaminhamento da modernização sem enfrentar maiores riscos revolucionário. (BARROS, 2011). Os primeiros historicistas eram defensores das estruturas monárquicas com grande enfoque na monarquia Prussiana. O Historicismo alemão foi um dos fatores de unificação dos estados que viriam a se tornar a Alemanha.

A tese central do historicismo era que a separação (inquestionável para os metódicos) entre sujeito e objeto do conhecimento não era tão evidente assim. Como os metódicos, os historicistas acreditavam que o passado era um dado concreto, porém, propunham que o trabalho do historiador fosse além da simples constatação do que aconteceu, mergulhando em sua compreensão. Para estes, o método para a apreensão do passado deveria ser capaz de promover o que chamavam de “experiência integral” do objeto, o que implicava em estudá-lo tanto externa como internamente. (BRITO, 2002)

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1Fundamentos do Historicismo - Fonte: Positivismo e Historicismo de José D'assunção Barros

        A pratica historiográfica do Historicismo alemão constituía em uma rigorosa crítica das fontes, compreendidas como evidências deixadas por seres humanos que, de uma maneira ou outra, vinculavam-se a pontos de vista que precisavam ser compreendidos e criticados pelo historiador, o que pode ser compreendido como a subjetividade do historiador.

        O Tempo Histórico, a elaboração e recepção da Narrativa Historiográfica, a relação do trabalho historiográfico com os referentes reais e, enfim, o próprio jogo entre objetividade e subjetividade no fazer-se da operação historiográfica, estão entre os temas mais visados pela perspectiva historicista incorporada por Paul Ricouer desde sua primeira obra de a história, a coletânea Verdade e História (1955). (BARROS, 2011)

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