Análise Da Atuação Dos Jesuítas No Brasil

A expulsão dos jesuítas ocorreu em 1759. Os principais motivos se davam por dois fatores: a miséria econômica e intelectual do reino. A Companhia de jesus se desviara de seus fins exclusivamente missionários e se tornaram também colonizadores e protetores dos índios. A ética econômica expressa na disciplina de Teologia Moral, discutia, entre outros, problemas como a justeza da venda de uma mercadoria a prazo, o da moralidade da escravidão, o da cobrança de juros. A proteção oferecida aos índios pelos jesuítas, prejudicava muitos interesses. Os jesuítas eram acusados de educar os índios a serviço da ordem religiosa e não dos interesses da Metrópole, ou seja, a educação jesuítica não convinha com os interesses da Metrópole que tinha como objetivo os interesses do Estado. Pombal então se ofereceu para solucionar o problema de ensino e mostrou as falhas do sistema de educação jesuítico, o ensino dogmático, autoritário e abstrato. Depois de 13 anos Pombal instituiu as aulas régias, aulas de disciplinas isoladas, não apresentavam a coerência necessária, dada a ausência de um plano sistemático de estudos e a falta de motivação discente.

Com a vinda da família real para o Brasil as melhorias não foram somente econômicas, mas também culturais e educacionais. Em 1823 o projeto de Constituição estabelecia um sistema escolar completo, composto de escolas primárias, ginásios e universidades, além de consagrar a liberdade da iniciativa privada no campo da instrução pública. Mulheres foram incluídas no magistério.

Infelizmente, as agitações políticas dos primeiros anos de vida no Brasil como nação independente não permitiram a concretização de providências mais efetivas no setor educacional.