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As Fases Da Pedagigia

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Por:   •  10/10/2013  •  2.376 Palavras (10 Páginas)  •  322 Visualizações

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AS VÁRIAS FASES DA PEDAGOGIA

1. A fase jesuítica Segundo Ribeiro ( 2001, p. 17 ), trata-se da educação referente a conversão dos índios à fé católica pela catequese e pela instrução. Os padres instrutores eram chefiados por Manoel da Nóbrega (1549). Desta forma, percebe-se que a organização escolar no Brasil-Colônia está ligada a política colonizadora dos portugueses. Antes disso, a educação não se escolarizou. A instrução, num contexto social, a educação escolarizada só podia ser conveniente e interessar a esta camada dirigente ( pequena nobreza e seus descendentes ). Os jesuítas deveriam fundar colégios com subsídios que recebiam do Estado português. Aranha ( 2001, p. 90 ) fala que foi na época do Renascimento que o educar torna-se uma questão de moda e uma exigência, segundo a nova concepção de homem. Ainda Aranha : A alta classe era educada por preceptores em seus castelos, a pequena nobreza e a burguesia enviavam seus filhos para a escola e a plore não tinha interesse pela educação. Havia uma severa forma de disciplina, com castigos corporais e o estudo era rigoroso e extenso. As universidades vieram tentar uma reestruturação no século XV e trouxeram assim a formalização do ensino colegial e superior ( a divisão ).

1.1 Educação Religiosa Reformada Quanto a religião diretamente falando, foi por meio da educação que foi possível o acesso e interpretação da Bíblia. Segundo Aranha, fio o reformador Martinho Lutero o responsável pela cobrança ao Estado da educação pública, descartando o castigo. Propõe jogos, música e exercício físico. O colégio Romano era onde os mestres jesuítas eram educados, fundado em 1550. Lá também eram recebidos os relatórios das experiências realizadas em todo o mundo. Aranha cita as matérias que os mestres jesuítas estudavam para se tornar mestres, que foram letras, humanas, filosofia e ciências além de teologia e ciências sagradas, também gramática e latim que era ensinado até o perfeito domínio da língua. Quando encerra suas atividades, em 1759, a companhia tinha 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários.

2. A fase pombalina Os jesuítas foram expulsos no século XVIII pelo Marquês de Pombal, que formou um império temporal cristão na região das missões. Aranha ( 2002, p.134), logo no início da era pombal os bens dos pobres são confiscados, muitos livros e manuscritos importantes destruídos, nada sendo reposto. De imediato, o ensino regular não é substituído por outra organização escolar e os índios são entregues à sua própria sorte. Aranha diz que o Marquês de Pombal ( Sebastião Jose de Carvalho e Melo ) só iniciou a reconstrução do ensino tempos mais tarde. Veio o ensino público oficial, a coroa nomeou professores e estabeleceu planos de estudo e inspeção. O curso de humanidades, típico do ensino jesuítico, é modificado para sistema de aulas régias de disciplinas isoladas. Segundo Ribeiro ( 2001, p.31 ) na era pombal também houve uma ampliação do aparelho administrativo e o conseguinte aumento de funções de categoria inferior que passou a exigir um pessoal com um preparo elementar. As técnicas de leitura e escrita se fazem necessárias surgindo com isso a instrução primária dada na escola, que antes cabia a família. Ainda Ribeiro escreve que o Alvará e 28-6-1759 criava o cargo de diretor geral dos estudos, determinava a prestação de exames para todos os professores, que passaram a gozar do direito de nobres, proibia o ensino público ou particular sem licença do diretor geral dos estudos e designava comissários para o levantamento sobre o estado das escolas e professores. Aranha ( 2002, p.134) diz que houveram vantagens coma reforma do ensino por parte de Sebastião Jose de Carvalho e Melo como a aula de línguas modernas, como o francês, além de desenho, aritmética, geometria, ciências naturais. Porém havia as queixas por não haver mais as formações de mestres. Ribeiro ( 2001, p.36) vem dizer que no governo seguinte ocorre o movimento “ Viradeira” que foi o combate sistemático ao pombalismo e a tentativa de se retornar a tradição.

3. A fase Joanina Para Ribeiro ( 2001, p.41), na fase joanina no campo educacional, são criados cursos por ser preciso o preparo de pessoal mais diversificado em razão da defesa militar são criadas em 1808 a Academia Real Marinha e em 1810 a Academia Real Militar ( que em 1858 passou a chamar-se Escola Central, em 1874 Escola Politécnica e hoje é a Escola Nacional de Engenharia), a fim de que atendesse a formação de oficiais e engenheiros militares. Em 1808 é criado o curso de Cirurgia ( Bahia ), que se instalou no Hospital Militar, e os cursos de cirurgia e anatomia, no Rio. No ano seguinte, nesta mesma cidade organiza-se o de medicina. Todos esses visam atender a formação de médicos e cirurgias para o Exército e a Marinha. Em 1812 é criada a Escola de Serralheiros, oficiais de lima e espingardeiros ( MG ), são criados na Bahia os cursos de economia, agricultura, com estudos de botânica e jardim botânico anexos, o de química, abrangendo química industrial, geologia e mineralogia, em 1818 o de desenho técnico. No Rio, o laboratório de química e o curso de agricultura. Tais cursos deveriam formar técnicos em economia, agricultura e indústrias. Estes cursos representam a inauguração do nível superior de ensino no Brasil. É bom ressaltar que a expressão “curso” não dá ideia precisa, uma vez que, em verdade, muitos correspondiam as aulas, como as de economia, anatomia, etc. Em segundo lugar que, pelas condições imediatistas a que teve de se subordinar, quase que exclusivamente se condicionou o prosseguimento de tais estudos conforme duas tendências que, de determinado ponto de vista, foram prejudiciais ao seu pleno desenvolvimento. Tais tendências são: organização isolada ( não universitária) e preocupação basicamente profissionalizante. Entretanto, sob outro ponto de vista, tais criações se revestiam de um aspecto positivo: o de terem surgido de necessidades reais do Brasil, coisa que pela primeira vez ocorria, embora essas necessidades ainda tenham sido função de ser o Brasil sede do reino. Isso representa uma ruptura com o ensino jesuítico colonial que não houve reformulações dos níveis escolares anteriores e que o tratado dado ao estudo da economia, biologia, etc, seguia padrões mais literários ( retóricos ), que científicos. Com isso tem-se origem da estrutura do ensino imperial composta dos três níveis. Com relação à sequência do primário ao superior, pode se confirmar que primário continua sendo um nível de instrumentalização técnica ( escola de ler e escrever ), pois apenas tem se notícia da criação de mais de “60 cadeiras de primeiras letras”. Tem sua importância aumentada à medida que cresce o número de pessoas que

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