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Aspectos Interculturais Entre Brasil E Itália

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Por:   •  29/5/2014  •  633 Palavras (3 Páginas)  •  302 Visualizações

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Aspectos interculturais entre Brasil e Itália

Nas aulas de língua italiana, a “alta cultura” (ópera, pintura, escultura, museus, história) e a

“cultura popular” (música, futebol, gastronomia) sempre tiveram seu espaço, sempre foram

contempladas, inclusive nas denominações dos cursos: Cursos de língua e cultura italianas.

Alguns aspectos da cultura cotidiana também são abordados nas aulas de língua e nos livros

didáticos, mas grande parte da cultura do dia-a-dia é considerada subentendida. Alguns aspectos

podem acentuar percepções que geram conflito ou estereótipos, como, por exemplo, a questão

da higiene pessoal, o modo de limpar a casa, de lavar a roupa, de cuidar dos mortos. Outros são

aspectos que se tornam aparentes apenas quando colocados em confronto, ou seja, são

entendidos como peculiares apenas quando contrastados com hábitos culturais brasileiros. Por

exemplo, o uso do ralo, do rodo, do tanque de lavar roupas ou ainda a divisão dos cômodos da

casa, a presença ou não de porteiros em edifícios, o pagamento de taxa de condomínio, a

presença da laje e a tipologia das casas italianas em comparação com as casas brasileiras. Como

enfrentar as diferenças culturais implícitas no léxico sem criar ou aumentar conflitos e

propiciando uma melhor comunicação?

Esta pesquisa se insere no âmbito da comunicação intercultural com vistas a obter dados para a

elaboração de um dicionário pedagógico bilíngue visando a competência intercultural do aluno

de língua estrangeira. Para compreender o nosso objeto de estudo, transitamos entre várias

disciplinas e áreas do conhecimento, mas sempre tendo em vista o nosso objetivo – a elaboração

de um dicionário bilíngue – e a nossa área de estudos: a lexicografia pedagógica.

Edward Hall (1976:241) nos recorda que qualquer que seja o ponto de partida, símbolos terão

sempre uma componente compartilhada e uma componente individual. Duas pessoas nunca

usarão a mesma palavra exatamente no mesmo modo. Segundo Scollon et alii (2012) não se

pode prevenir a ambiguidade inerente à linguagem oferecendo melhores dicionários, melhores

gramáticas ou até mesmo melhores concepções da natureza do discurso, mas ensinando o

falante a reconhecer que esta é a natureza da linguagem e que há estratégias para lidar com esta

ambiguidade. Acredito, no entanto, que melhores dicionários e melhores gramáticas podem,

sim, ajudar o aluno a compreender os pontos críticos desta ambiguidade e a desenvolver as

estratégias para lidar com ela. O dicionário e a gramática não

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