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COMPREENDENDO O IMAGINÁRIO NA COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA

Por:   •  27/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.990 Palavras (8 Páginas)  •  172 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

HISTÓRIA

Evandro Márcio Rodrigues de Araújo

Ricardo de Souza Campo

Rosanea Regina Falcão Lourenço

COMPREENDENDO O IMAGINÁRIO NA COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA

SETE LAGOAS

2019

Evandro Márcio Rodrigues de Araújo

Ricardo de Souza Campo

Rosanea Regina Falcão Lourenço

COMPREENDENDO O IMAGINÁRIO NA COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA

Trabalho a ser apresentado ao Curso (HISTORIA) da UNOPAR – Universidade Pitágoras Unopar, para as disciplinas de História da América, História do Brasil Colonial, História Moderna, Metodologia do Ensino de História, Práticas Pedagógicas em Ciências Humanas: Transformações sociais no espaço e no tempo.

Professores: Fabiane Taís Muzardo, Julho Zamariam, Igor Guedes Ramos, Érica Ramos Moimaz, Fábio Luiz da Silva

SETE LAGOAS

2019

Sumário

O Imaginário: Relatos dos Cronistas Portugueses 4

As Grandes Viagens de Theodoro de Bry e sua diferenciação sobre o Tupinambá e o Staden. 5

Documento histórico escrito: 6

Documento histórico imagético: 7

Contemplando a obra de Theodoro De Bry – “O Açougue Humano” 7

REFERÊNCIAS 10

O Imaginário: Relatos dos Cronistas Portugueses

Quando ocorrem as grandes viagens marítimas, nos séculos XV e XVI Gabriel Soares de Sousa e Ambrósio Fernandes Brandão, produziram crônicas ora fantasiosas, ora descritivas, onde destacam a típica cultura Medieval, com sua ansiedade de paraíso terrestre, terras com grandes riquezas e pessoas graciosas pela sua cultura e ao mesmo tempo estranhas.

O paraíso terrestre, considerado a dádiva da graça de Deus, elevava o homem a Deus e Ele a terra evidenciando a exuberante natureza, onde os lembrariam do Éden Bíblico.

Através das crônicas de Gabriel e Ambrósio e dos relatos dos navegantes, incitou a vinda de grandes homens, onde buscavam terra e riquezas. Com os relatos divulgados que os novos territórios eram ótimos para exploração, começam a descobrir novos modos de vida e cultura, formando assim a imagem de estereotipação ao redor dos nativos. Onde eram considerados como animais, sem moral, sem cultura, sem preocupação com o próximo, incivilizados pelo seu modo de vida, e pela sua falta de fé e distanciamento de Deus.

A herança da Idade Média, com forte poder de religiosidade, fixava a “descoberta” das novas terras como destino de Deus. Tornando como principal parâmetro a ação de cristianizar toda aquela gente. Com todas as representações nas obras dos cronistas, onde fazem parte do contexto colonial, sendo disseminadas e criadas as imagens estereotipadas dos índios e da sua cultura.

Evangelização dos índios no Brasil

As Grandes Viagens de Theodoro de Bry e sua diferenciação sobre o Tupinambá e o Staden.

Theodoro de Bry (1528-1598) deu início ás obras conhecidas como: As Grandes Viagens e As Pequenas Viagens desenvolvidas até a 6ª obra, sendo que, após a morte de Bry seus sucessores Johan Theodor e Johan Israel publicaram da 7ª a 9ª obra (1598-1601). Após a morte Johan Theodor, Matthäus Merian publicou as 4 ultimas partes (1619-1634) onde ambas tiveram 13 volumes publicados.

E no contexto das grandes navegações, de guerras religiosas nascem os primeiros volumes da coleção de Theodoro de Bry, surgindo à colonização do Novo Mundo, o estímulo para o comércio, e a propagação do cristianismo. Sensibilizando a rainha Elizabeth I, a retomada do seu projeto interrompido em 1588 de colonização da Virginia.

Para entendermos aos índios nas gravuras de Theodoro de Bry, a descrição a seguir será de grande importância, sendo uma ferramenta de apoio:

“Se quiserdes agora figurar um índio, bastará imaginardes um homem nu, bem conformado e proporcionado de membros, inteiramente depilado, de cabelos tosquiados como já expliquei, com lábios e faces fendidos e enfeitados de ossos e pedras verdes, com orelhas perfuradas e igualmente adornadas, de corpo pintado, coxas e pernas riscadas de preto com o suco de jenipapo, e com colares de fragmentos de conchas pendurados ao pescoço. Colocai-lhe na mão seu arco e suas flechas e o vereis retratado bem garboso ao vosso lado. Em verdade, para completar o quadro, devereis colocar junto a esses tupinambás uma de suas mulheres, com o filho preso a uma cinta de algodão e abraçando-lhe as ilhargas com as pernas... (Léry, 1980, p.118)”

A diferenciação racional se dava através da cor de pele; nas gravuras essas diferenciações não são percebidas, por causa das cores de tinta. Mesmo com a existência de gravuras coloridas artesanalmente e ou pintadas que permitia manter as cores raciais, a maioria das gravuras eram pretas e brancas.

Figura 1. Esquerda: Família de Tupinambás. Jean de Léry. Histoire d´une voyage fait en la terre du

Bresil. Autrement Dite Americque... 4.ed. Genebra, Heritiers D´Eustache Vignon. Xilogravura 14 x 18

cm, 1600. Direita: Detalhe índio tupinambá do Frontispício. Theodoro de Bry. Americae Tertia Pars,

gravura, 1592. Figura 2. Detalhes gravura colorida artesanalmente e gravura monocroma. Theodoro de Bry, Preparo da carne humana no moquém. America Tertia Pars. Gravura em cobre, Frankfurt, 1592.

Quando se faz a comparação da mesma gravura preta e branca, com

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